– Eu estou impressionada, pela primeira vez não tive que ensinar como amentar. Você fez tudo perfeitamente certo.
– Não sou marinheira de primeira viagem.
– Mas sua mãe disse que ele é o seu primeiro filho. – ela disse confusa.
– Vivo. – Marta tentou concertar. – Esse é primeiro filho vivo. – eu estava abismada com tanta mentira inventada.
– Sinto muito. – a mulher parecia abalada. – Sinto muito mesmo, espero que o menino traga muitas felicidades a família.
– E irá. – Marta me reprimiu com o olhar para que ficasse quieta, só pensava em uma coisa, eu tinha que ficar sozinha com aquela mulher, ela sim poderia me ajudar a sair dali.
– Vou deixar vocês à vontade e mais tarde eu volto para ver como estão. – sorri agradecida e ela saiu fechando a porta.
– Mas o que está acontecendo aqui? De onde tirou que é minha mãe? E porque fica me chamando de Elizabeth?
– Isso não é culpa minha. – Marta se defendeu. – Você deu entrada no hospital e esses foram os documentos que eles apresentaram. Ai meu deus porque fui me envolver com isso? – ela se martirizou.
– Onde eles estão? – ela começou a chorar.
– Não sei... Não sei. O loiro me mandou não sair daqui e não deixar você sair. Só isso que me disseram.
– Há quanto tempo estou aqui? – não tinha janelas no quarto era tudo fechado, estranhei aquilo, mas deve ter sido proposital.
– Marta. – procurei as palavras certas. – Me ajude a sair daqui... Ajude-me a fugir, você não precisa ter medo eu juro que nada de mais vai acontecer com você! Eu garanto a sua segurança, você só precisa me tirar daqui.
– Está ficando louca menina? – ela disse nervosa. – Eu vi armas de todos os tipos na mão desse pessoal se eu te ajudar eles me matam.
– Eles não vão te matar, Marta. Eu só preciso sair daqui e tudo vai ficar bem...
– Você não me engana. Não me engana com esse rostinho bonito. – ela disse falando baixo. – Você só vai me comprar e sei que vou ser castigada. – desisti, era impossível tentar fugir com ajuda daquela idiota, há semanas eu tentava a convencer, mas Marta era do tipo que respeitava quem manda mais e eu estava em desvantagem naquela situação.
Depois de esvaziar um de meus peitos Jason mamou mais um pouco e pegou no sono, não o coloquei no berço fiquei com ele em meu colo o admirando e tentando me lembrar do que tinha acontecido na noite anterior.
– Menina me diz uma coisa. Porque tanto ódio com o senhor Marconny e a dona Alexia? – Marta quebrou o silêncio chamando minha atenção. – Eles são tão bons com você. Sabe eu fico pensando se tivesse pessoas assim me ajudando eu seria muito grata, eu agradeceria muito ao meu bom Deus não é todo dia que encontramos pessoas boas dispostas a nos ajudar.
– Eles não me ajudam Marta. – eu poderia me irritar com aquele jeito dela, mas aquela mulher era uma pobre inocente. – Eu tenho família, tenho uma filha de quatro anos, tenho marido, amigos que se preocupam comigo. Eu fui sequestrada Marta eles estão me mantendo em cárcere privado.
– Nunca vi sequestro melhor que esse! Você é mal agradecida! Seu Marconny deve estar gastando uma nota para te manter aqui nesse hospital, ele se preocupa com você. – ela pegou uns papeis que estavam perto da estante com a TV. – Não sei ler, mas sei que esses papeis é coisa boa.
– Que papeis são esses?
– É passaporte ué. – senti meu peito gelar. – Seu Marconny disse que hoje mesmo vocês viajam pra Europa e você ainda diz que ele é um homem mal, menina mal agradecida. – ela esbravejou sentada no sofá.
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Capítulo 42 - I Wont Give Up
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