Capítulo 3 - Nem Sempre Se Compare a Mim!

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– Não... Brian disse pra deixar ele lá que vai morrer sozinho. – os homens riram. – Depois que você jogou ácido pela garganta dele não comeu e nem bebeu mais nada. – me assustei com os requintes de crueldades. Não gostava nem um pouco desse lado diabólico do Justin.

– Vem. – Justin saiu andando na frente e eu o segui. O lugar que entramos não era nem um pouco agradável; estava escuro, o lugar era úmido e eu sentia um cheiro forte de mofo, meu nariz se irritou facilmente. Ele acendeu as luzes e eu tive a visão de um homem sentado em uma cadeira com a boca amordaçada, os olhos vendados e os pés e o reto do corpo amarrados. Meus olhos recriminaram aquela cena de imediato.

– Que isso? – disse fazendo o cara notar que não estava mais sozinho e começar a gritar sendo atrapalhado pela mordaça em sua boca. Justin se aproximou dele e livrou a venda dos olhos do cara, que tinha uma expressão de piedade em seus olhos. O que quer que ele tenha feito, aquele olhar de piedade já me comovia e muito.

– Cadê sua arma? – ele olhou pra mim. Poderia o mandar ir à merda e sair daquele lugar nojento, mas fiquei em silêncio o olhando. – Não disse que sente vontade de matar? Então... Cadê a arma?

– Pra que quer minha arma?

– Vamos apagar o amigo. – ele deu um chute no cara que murmurou de dor.

– Vamos? – arqueie a sobrancelha o encarando.

– Não disse que é nem a mim? Que sente vontade de matar... Aqui está sua chance.

– Acha mesmo que faria isso sem motivos?

– Precisa de motivos pra matar alguém que trabalha pro Marconny?

– Ele nunca me fez nada. – dei de ombros.

– Vou listar pra você. Estupro três mulheres inocentes, assassino de aluguel... E já matou mais de vários bebes para pagar a divida dos pais e depois os vendeu para qualquer um que queria explorá-las em futuro próximo... Quer mais alguma coisa amor?

– Não posso fazer nada ele já está condenado. – relaxei a tensão que estava em meu corpo.

Ele riu pelo nariz. – Está vendo porque não pode se comparar a mim e porque é diferente?

– Só porque não quero meter bala nesse otário? Só não gosto de me sujar com tão pouco.

– Não isso quer dizer que você sempre está querendo provar algo que não é. – ele disse me olhando.

– Ok, é isso que acha de mim? – não esperei que ele me respondesse. – Foda-se... Agora dá pra se apressar tenho o noivado da minha melhor amiga pra ir. – ele riu sem vida e se aproximou de mim.

De inicio achei que ele iria só me beijar até tentei desviar, mas não ele me abraçou, e me virou de costas para ele suas mãos encontraram a minha que estavam segurando o revolver, deixei que ele me guiasse e quando vi minha arma estava apontada pra aquele homem. Minhas mãos estavam tremendo e eu já não tinha mais controle sobre mim, ele segurou firme e seus dedos manusearam o meu até o gatilho, não dava mais para fugir, escutei o eco e senti o impacto em minha mãos, foram dois disparos que fizeram meu coração acelerar. Pressionei meus olhos os fechando não querendo ver o que havia acontecido.

– É disso que estou falando meu amor. – ele sussurrou no meu ouvido e eu senti meu estomago revirar assim que abri os olhos e vi aquele cadáver em minha frente.

– Vamos embora. – disse me controlando. Não poderia mostrar o quanto aquilo me abalou e me afetou, ele havia matado um cara ou eu matei um cara? Minha cabeça rodava estava em uma confusão tremenda, sentia meu corpo inteiro em repulsa.

Soul Rebel-segunda temporadaWhere stories live. Discover now