Benjamin Edwards: O que está acontecendo?

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     Deitei na grama e fechei os olhos, senti o vento quente no meu rosto, qual era o problema comigo? Ela se deitou ao meu lado, eu podia ouvir sua respiração e sentir seu cheiro, nunca tinha me sentido assim, era uma sensação nova, não sei bem o que é mas, era bom.
- Sabe Ben, você é diferente dos outros meninos que eu conheço - eu abri os olhos e ela estava me encarando, sua pele branca reluzia ao sol, sua boca mais vermelha do que antes, o que é isso? Droga!
- O que você quer dizer com isso?
- Quero dizer...bom...que você...não sei só é diferente, não sei o que é. - ela voltou a encarar o céu. Fechei meus olhos novamente e acabei dormindo.

     Tinha sangue na minha mão, uma sensação de prazer me tomou, eu comecei a rir desesperadamente, aquilo era divertido, acabei caindo no chão e me vi chorando mas... Por que? Não estava entendendo. Escuridão. Silêncio. Uma silhueta caminhava em minha direção, parou e logo em seguida caiu no chão, me levantei e corri para ver quem era; Não! Clara! O que estava acontecendo, alguém riu por trás de mim, fui tomado por um ódio fulminante, quem teria feito isso com ela? Não! Comecei a gritar para o escuro, em vão, as vozes continuavam, eu teria feito aquilo? Eu? Mas jamais machucaria Clara, ela não, sem dor.
- Ben... - sussurrou
- Clara - meus olhos cheios - o que houve? Quem fez isso com você?
- E...el..eles...todos eles...- ela se foi. O que era aquilo? Eles quem?
      
    Acordei com Clara me chamando para sairmos dali, o que quer que tenha sido aquele sonho, queria me mostrar alguma coisa. Enquanto andavamos minha mente voava, não conheço ela a muito tempo, mas meu coração martela rápido quando esta por perto, não tenho a menor ideia do que seja isso, é algo que jamais senti.
- Vamos virar aqui, logo a esquerda - disse apontando o caminho. Paramos em frente a uma casa branca com duas janelas na frente e uma varanda, não gosto desse tipo de casa, são os tipicos lares de pessoas que saem a tarde pra conversa sobre a vida dos outros, repugnantes.
- Obrigado Ben e... - ela ficou parada esperando alguma coisa, não sei o que - até mais. Saiu e eu a olhei entrar em casa, sim algo estava acontecendo, esse sentimento me dominava, decidi me desligar disso, seja o que for não é bom.
    Cheguei em casa as 16:20, Lucy estava na cozinha cozinhando algo, subi para meu quarto e tranquei a porta, se ela batesse eu a ignoraria, precisava pensar, coloquei os fones e me joguei na cama, varias imagens começavam a se formar, e Clara, ela ainda estava ali, quero que ela saia, mas insiste em ficar na minha cabeça, o que eu tenho que fazer?
- Ben? - uma, duas, três...batidas - querido venha aqui - as batidas cotinuam - Ben? - mais batidas. Meus olhos se abriram de súbito, eu a mataria agora, maldita! Ela não entende que quero ficar só? Eu poderia a matar estrangulada, seria divertido.
- Benjamin abra essa porta!
Abri a droga da porta e lá estava ela, a mulher que eu mais odeio.
- O que você quer?
- Quero saber onde você estava? Me ligaram da escola dizendo que você saiu sem dizer nada, só participou das primeiras aulas antes do almoço. - intrometidos, qual a necessidade de falarem isso pra ela, já me artomenta o suficiente, não precisa de ajuda.
- Eu sai pra uma dá uma volta.
- E por que não voltou logo em seguida?
- Por que eu não quis voltar, eles não me querem lá. E dependendo de mim, não voltarei.
- Ben, você não pode largar a escola no último ano querido, aguente mais um pouco. - ela passou a mão no meu cabelo, eu a olhei no fundo dos olhos, queria sugar sua alma desesperadamente, eu odeio ser tocado, tirei sua mão de mim e entrei no quarto.
- Eu só quero o seu bem. Por favor filho.
- Para de me chamar assim! Sai daqui antes que eu mate você! - empurrei a para fora do quarto e tranqueira a porta. Ah! Por que ela insiste nisso! Amanha sairei para comprar uma arma, e vou acabar com essa desgraçada! Não! Não posso fazer isso! Não agora! Ela que me sustenta isso seria burrice! Esperarei mais um pouco. Dor. Muita dor.

BloodWhere stories live. Discover now