Prólogo

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     Eu não fazia ideia de onde eu estava, era um lugar escuro e vazio. Minha cabeça latejava de dor, estava com frio e com a boca seca. Me levantei daquele chão sujo, mal pude ficar de pé, olhei em volta um medo me dominava. Onde estou? Que lugar era aquele? Um silêncio absurdo tomava de conta, só conseguia ouvir minha própria respiração, pensei em gritar, mas não conseguia reproduzir som nenhum.
     Caminhei por todo aquele espaço, procurando uma saída, uma porta pela qual eu pudesse escapar, mas não havia, então comecei a ouvir vozes muito familiares. Espere, eu conheço essa voz, é minha mãe. "Sua inútil, maldito o dia em que você nasceu". Um estrondo e outras vozes começaram a surgir. "Nossa você é ridícula,deveria poupar o mundo de ter que olhar para essa sua cara" "Olha como ela é estranha" "Essa garota me assusta"
      Cai no chão em prantos, eu já sabia onde eu estava, aquele lugar era minha mente, era o meu mundo vazio, sem escapatória, sem portas por onde eu pudesse fugir, o mundo no qual eu vivia aprisionada a tanto tempo. Eu já não aguentava mais aquela tortura, queria sair daquele lugar, mas ele era eu, estava dentro de mim, fazia parte do meu eu. Enquanto chorava, começou a tocar uma música clássica, sem voz, só melodia, um som agradável e melancólico, olhei para a escuridão  gélida daquele lugar, uma luz forte o invadiu, o som aumentou, uma silhueta se fez no meio daquele brilho, não consegui ver quem era, mas se aproximou de mim e me segurou em seus braços, e a luz tomou conta daquele lugar.

BloodWhere stories live. Discover now