Capítulo XI - Parte 1

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- Vamos voltar... Eu quero te beijar.

Sorrio abertamente, mostrando meus dentes. E andamos apressados até o castelo, para nos trancar em qualquer biblioteca. Almoço e descanso no meu quarto, cochilando. Ao despertar, requisito que uma empregada traga o vestido. E ao o admirá-lo, fico assustada.

É vermelho escuro, volumoso, de um tecido macio, com uma cauda longa e grossa. O espartilho rendado é preto e a renda nas mangas também, que vão até o cotovelo. As luvas curtas são puramente pretas, aveludadas. Ponho o vestido escarlate, porém não olho o espelho. Somente quando tudo estiver pronto. A mulher que penteia meu cabelo, faz um coque firme sem fios soltos e um topete.

As joias que que complementam os vestidos são pretas. Um colar preto, com pedras pretas e corrente grossa. É justo no pescoço. Brincos, anéis seguem o mesmo padrão. Ponho-me a frente do espelho e me contemplo atentamente. Jamais me vesti dessa forma e não é algo que elegeria para um baile. Comumente, me visto com cores claras, colares leves. Sinto-me como outra pessoa, uma pessoa menos tímida e mais confiante. Meus seios parecerem maiores e minha cintura menor. Espero que Edgar me ache bonita.

Temos de adentrar unidos o salão de festas, representando a família real. Eu chego a porta reservada para nossa entrada. Edgar não está presente, porém minutos depois surgi. Ao examinar sua reação, vejo que primeiramente ao se deparar comigo, sorri alegremente. E ao reparar em minhas vestimentas e no meu corpo, seu sorriso fecha para lentamente aparecer de novo.

- Eu estou horrorosa, não estou?

Edgar levanta o olhar e me alcança. Desliza a mão pela minha cintura e me beija de modo apaixonado.

- Você poderia fazer com que todos os homens desse salão caíssem aos seus pés, com essa roupa de uma mulher poderosa e esse olhar ingênuo de menina.

Um criado é chamado e abre a porta, e eu ainda penso sobre a frase de Ed. O salão está repleto de rostos desconhecidos, mas todos eles nos analisam entusiasmados, fazendo a reverência. Antes que os cumprimentos se inicializem, Ed sopra em meu ouvido.

- Você está perigosamente linda, minha amada.

Suspiro e o fito, tudo o que eu queria era estar com ele, e somente com ele. Desviando minha atenção, quem me cumprimenta por primeiro é Fernando.

- Você está muito encantadora, Celine. Seu futuro marido terá uma sorte inconcebível e invejável.

Edgar está se afastando, nos dividiremos enquanto saudamos todos os convidados, mas seus olhos negros estão cravados em mim, e ele ouve o que Fernando fala.

- Obrigada, Fernando - gaguejo e me retiro.

Conheço inúmeros nobres, que são muito educados e jorram elogios a mim, falando do desejo de visitar Leonlce e de conhecer a realeza. Evito o olhar de Edgar. Talvez Fernando realmente tenha me cortejado...

Anunciam a comida, e estou aliviada por não ter de cumprimentar mais ninguém. Procuro Ed, temos de sentar juntos. Está a conversar com uma jovem moça. De cabelos castanhos e longos, não tanto como os meus. Seus olhos também são castanhos e sua pele é morena clara. É uma jovem formosa. Todas as damas a olham com inveja. Ela está a falar excessivamente próxima da pessoa que mais aprecio. Edgar sorrindo por algo que ela diz, acha meu olhar raivoso. E seu sorriso cresce! Posso jurar que seu sorriso aumentou! Enlaça seu braço ao de sua companheira, e se dirige a mesa central. Não antes de direcionar a mim um olhar maldoso.

Não há como definir o tamanho de minha ira com aquela provocação infantil. Tenho vontade de xingá-lo e acusá-lo das piores coisas, contudo, tenho que interpretar meu papel de irmã.

Fernando está na mesma mesa de Edgar, com a dama de cabelo castanho. O criado afasta minha cadeira e sento-me ao lado dele.

- Olá, Fernando - digo com meu maior sorriso.

- Olá, Celine! Sente-se bem?

- Sim Fernando, eu estou bem. Aliás, nunca estive melhor.

- Já conheceu minha mais nova amiga, Celine? Seu nome é Blair, é uma adorável dama! - Edgar exclama.

Somente sorrio para ela falsamente, embora minha vontade seja pular em seu pescoço.

- Não, eu ainda não a conheci! É um prazer conhecê-la Blair - eu digo friamente, com superioridade.

- O prazer é todo meu, Vossa Alteza.

O primeiro prato é servido. A comida está muito satisfatória, e fico satisfeita em termos optados por esses pratos.

- Se não se incomodarem com minha curiosidade, que dia irão embora?

- Não me incomodo minimamente, Blair. Hoje é o nosso dia final em Parasent infelizmente, seria uma honra lhe conhecer melhor - diz Edgar.

Um silêncio se segue até que eu tenha coragem de falar:

- Fernando, eu poderia retornar a Dipertionis na sua carruagem amanhã de manhã? Creio que devemos nos conhecer melhor.

- Eu me sentiria completamente honrado se tivesse a sua companhia na viagem de volta! - Ele solta um sorriso paquerador.

Posso ter a valentia para falar com Fernando, mas não para fitar Edgar. Suas mãos se fecham, e os nós dos dedos dele estão brancos. Enquanto ele e Blair papeiam sobre as curiosidades sobre a família real e Leonlce, ela indaga sobre o tempo da cidade ou sobre o tamanho do castelo, eu indago Fernando sobre como é a natureza em sua terra.

- As flores tem corem menos vívidas que as daqui, Celine. De fato, Amagiqué inteira parece esbanjar uma vivacidade extrema. E há menor preservação da natureza. Aqui ela é posta em todos os lugares, lá não... Tenho vergonha de admitir que jamais fui um observador atencioso com a natureza. Da próxima vez que viajar pra casa, gravarei cada detalhe e lhe descreverei - é a resposta sincera a minha indagação.

- Fico feliz que tenhamos despertado esse interesse em sua alma, Fernando.

Continuamos a conversar sobre a comida ou sobre seu reino, os outros pratos são servidos e a dança finalmente é enunciada. Eu sou convidada por Fernando, assim como Blair por Edgar.

A primeira dança é, usualmente, a valsa. Ao se posicionar para o início da música da orquestra, miro Edgar e Blair, também a dançar, e a aproximação deles me dá náuseas. Ele me enxerga, e desvio o olhar de seu rancor. O violino majestosamente inicia a melodia e a movimentação também. Meu companheiro põem suas mãos em minha cintura e eu minhas mãos em seus ombros.

Fernando, diferentemente de Edgar que normalmente permanece inexpressivo para os outros, está sempre com um sorriso no rosto para todos. Fernando é gentil e Edgar é rude. Fernando é claro e Edgar é complexo. Fernando me guia na dança de forma elegante, gentil e amorosa. Edgar me guia pela batida de seu coração e com o amor e paixão que ele expressa por mim, Ed guia toda a minha vida.

- Está ansiosa para o seu baile, Celine? - Fernando sussurra no meu ouvido, quase no final da dança

- Sim, eu estou, extremamente. E nervosa também.

- Não há o porquê de estar.

Seu sorriso é encantador e seus olhos brilhos quando questiona:

- É errado dizer que sou um dos seus pretendentes antes do seu baile de apresentação?

Atrapalho-me em meus passos. Fito seu rosto, assustada e solto gaguejos, frases desconexas. A mão de Fernando, em minha cintura, me segura, antes de dizer:

- Não sei dizer se está enojada ou extremamente alegre.

Dançamos os últimos segundos e me desgrudo dele rapidamente. Eu saio do salão e Edgar logo aparece, e agarra meu braço, todavia eu continuo andando.

***

Oi, gente!! Como prometido, tá aqui, na sexta de volta. Semana que vem vocês vêem como foi essa discussão, parei na melhor parte de volta, né?! Enfim, estamos em 7,7K! Está crescendo rápido e espero mesmo que estejam gostando e acompanhem até o final. NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR E VOTAR. Beijinhos e bom dia ♥

O Céu de CelineKde žijí příběhy. Začni objevovat