Capítulo XI - Parte 1

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- Santo amor! Queria ter só você comigo e não esse desgraçado! - Exclama Edgar, enquanto Fernando não chega à mesa do café da manhã.

- Lamento meu bem... - o consolo acariciando sua mão.

Fernando adentra o local um tempo depois.

- Bom dia Celine! Bom dia Edgar! Estava um tanto agitado, e me revirei na cama buscando dormir. Então, graças a esse período de insônia, tive uma ótima ideia. Poderíamos fazer um baile! O planejamos hoje, e ele será amanhã à noite. Na manhã do outro dia, viajaremos a Dipertionis, para o baile de apresentação. O que acham?!

- É uma ótima ideia! Vossa mercê concorda? - Ed indaga, se dirigindo a mim, após refletir sobre alguns segundos.

- Concordo Edgar! - Respondo sorrindo.

Realmente é uma boa ideia. Ao menos algo bom veio da chegada de Fernando. Nos divertiremos um pouco, acredito eu.

- Rapazes, mas há outro ponto; é um único dia para planejar um baile inteiro!

- Nós conseguimos, Celine. Todos servirão a família real prontamente e será algo pequeno, pois essa não é uma cidade populosa. Serão cinquenta pessoas provavelmente - afirma Edgar e fico alegre pela nova ideia distraí-lo de seu ciúme irracional.

Logo à tarde, começamos o planejamento do baile. Convocamos uma orquestra da cidade, um empregado é enviado com uma carta polida, e eles aceitam o convite, usando o repertório treinado no último baile. A limpeza do salão é feita aceleradamente pelos empregados, e quanto a decoração, peço que ponham cortinas e toalhas violetas, que estavam no depósito segundo uma criada. Junto com muitas flores violetas. É um salão bonito, com paredes e mesas de uma madeira clara, colunas douradas com muitos enfeites e adornados. Não se compara a qualquer cômodo de Dipertionis, obviamente. A lista de convidados compõem todos da nobreza, e como Ed previu, gira em torno de cinquenta pessoas. A comida é composta por muitos peixes e frutos do mar, e a sobremesa por vários pratos com chocolate. Todos os pequenos pormenores estão definidos. Adorei organizar, com a ajuda de Edgar. Era um convite de última hora a nobreza, entretanto, era um convite real e todos compareceriam. Teríamos de marcar alguma festividade, como Henrique pediu, de qualquer forma. Eu gosto de Parasent, por seus rios e flores em todo lugar, um ambiente calmo, sem muitos habitantes. Eles, cotidianamente, ficam na frente de suas casas. Sentados, comendo e papeando. Pode observar quando andávamos pelas ruas. Leonlce é tumultuada e suas ruas nunca estão vazias. Fatigados pelas tarefas, eu e Ed dormimos logo após o jantar.

- Podemos passear pelo jardim, Edgar? - Digo na manhã do dia do baile, após o desjejum.

- Vamos, antes que Fernando apareça e tenhamos que convidá-lo.

Caminhamos pelo jardim, tagarelando sobre qualquer coisa.

- E você, por acaso, possui um vestido adequado para essa noite? - Questiona Ed.

- France, por ordem de Mary e por precaução, pôs um vestido novo em minha bagagem. Eu não o vi, espero que ele seja deslumbrante, desejo estar bela esta noite.

- Bela para quem? - A questão de Edgar é acompanhada da cinismo no seu olhar.

Fito minhas unhas, e brinco com meus dedos. Não sei lidar com esse Edgar ciumento e raivoso. Então entrelaço nossos dedos. Meu intento é acalmá-lo, e a tática parece ter êxito.

- Para você, Ed.

Ed beija minha mão e balbucia:

O Céu de CelineWhere stories live. Discover now