Capítulo XXXIV : Quem é esse mamãe? Part. 3; Inimigos de fogo; Olhos de âmbar

92 11 3
                                    

Há 20.000 anos atrás no começo da tarde do incidente em Bayeux

"As galinhas estavam nervosas, saltavam para lá e para cá batendo as asas pois o menino corria atrás delas na intenção de brincar, Ed estava no cercado das galinhas que ficava ao lado de sua cabana, sempre gostava de ir para lá pois gostava da Margarida, Marilu, Zefa, Lilica, Tereza, Filó e o galo Zé. Todos os nome fora ele que colocara e sabia distinguir bem, quem era quem. Fora na intenção de limpar o cercado mas acabou esquecendo e tornou a brincar com elas, cansado da corrida desiste dando uma trégua para as aves e chega próximo a um ninho onde uma das galinhas estava chocando seus ovos.

- Você já tem pintinho Filó? Deixa eu ver. – fala o bruxo tentando pôr a mão por baixo dela mas a galinha brava belisca seu dedo.

- Ai Filó, galinha mau, se continuar assim vai para panela. – fala o bruxinho apontando o dedo para ela dando-lhe uma bronca e a galinha em repreenda tenta beliscar seu dedo de novo mas ele é mais rápido e recolhe a mão.

- Ah! Não conseguiu, eu sou mais rápido. – e zombando da galinha ela voa do ninho para cima dele para belisca-lo e o menino dar um salto na tentativa de escapar e sai correndo com a galinha atrás dele e vai em direção a porta improvisada e sai fechando atrás de si escapando da mortal Filó.

Ele esta arfando por causa da adrenalina e olha do lado de fora do cercado a galinha voltando ao ninho, faz cara feia para ela e se vira para ir para casa mas esbarra na mãe que estava lhe observando o tempo todo e ele não vira.

- Limpou o cercado das galinhas Ed? – pergunta a mãe fazendo cara de brava com os braços cruzados no peito e o pé batendo no chão.

- Na verdade não, mas foi culpa da Filó, eu estava limpando e ela do nada saiu e correu atrás de mim para mim devorar, se eu não saio a tempo da cerca eu tinha virado comida de galinha. – fala ele contando a maior mentira do mundo a mãe rir de sua incrível historia e retruca.

- Ela lhe atacou do nada ou você foi mexer nos ovinhos dela? – pergunta a mãe arqueando uma das sobrancelhas e o menino se vê cercado.

- Bom, na verdade, eu só queria vê se tinha pintinhos. – fala ele docemente.

- Ah Ed, porque não me pediu? Vamos, venha ver. – fala a mãe abrindo a porta improvisada e convidando-o para entrar que entra todo desconfiado e vão em direção da Filó que esta aninhada nos observando.

- Filho quando a galinha estar chocando, ela tende a ficar brava pois esta protegendo seus filhotinhos, para isso tem que ter cautela com ela. – fala Eleonora e começa a cantar uma canção bem baixinho fazendo assim a galinha se acalmar e ela a pega nos braços revelando em baixo dela cinco pintinhos, dois amarelinhos, dois brancos e um pretinho.

- Olha mãe, pintinhos! – fala o menino fascinado com os bichinhos.

- Sim meu filho são umas gracinhas. – fala Eleonora com a Filó na mão lhe fazendo carinho.

- Mamãe como a Filó protegeu os filhinhos dela, a senhora também me protegeria de alguém que se aproximasse de mim? – pergunta o menino e a mãe o olha serenamente e pondo a galinha no lugar, responde.

- Claro meu filho! Nunca permitiria que alguma coisa de ruim chegasse perto de você, nós mães temos instintos selvagens quando se trata de proteger nossa cria, nem que para isso eu tivesse que dar minha vida pela sua. – fala a mãe acariciando as madeixas do cabelo dele e nesse intervalo uma voz chama suas atenções.

- Dona Eleonora, pode vir aqui por gentileza? – era o velho Barney, pai da Melissa, amiga de Ed.

- Sim senhor Barney; filho fique aqui, mamãe tem que falar com o pai de Melissa. – fala Eleonora deixando o filho perto da Filó e se dirigindo até o velho Barney, que a cumprimenta e fala umas coisas que Edward não consegue ouvir e volta sua atenção a Filó que lhe encara.

Chamas da Vingança - Coleção Herdeiro de BayeuxOnde as histórias ganham vida. Descobre agora