Capítulo I: Andarilho solitário; Diabrete chato!

330 34 19
                                    

Há vários mil anos depois do incidente na Vila de Bayeux!

      Andando pela vasta estrada de terra em um lugar que nem eu mesmo sei, estou disperso com meus pensamentos, imaginando como a vida é injusta e ao mesmo tempo surpreendente, após o incidente da minha aldeia, onde fui o único que sobreviveu imagino todos esses anos, porque eu? E por qual motivo? até que me deparo em uma placa que me chama atenção no meu caminho e diz "BEM-VINDOS HÁ DARKVILLE". Olho intrigado para placa e sigo meu caminho, sempre só, nunca quis companhia, um andarilho solitário sempre fui já faz 20.000 anos, isso mesmo, sou um bruxo de vinte mil anos com aparência de um ser humano de trinta anos. Não consigo passar despercebido por ser alto, corpo forte, pele morena clara, cabelos pretos caído nos olhos de tom verde esmeralda. Vestido em uma calça comprida marrom e uma camisa de manga comprida de tom areia, bota de cano longo e um capuz seguido de uma capa do mesmo tom da calça.

      Continuo andando até que meus olhos enxergam de longe a tal dita Darkville. Uma cidade de áurea sombria e estranha porem nada mais me amedrontava, após presenciar a morte de minha mãe de forma triste e cruel não temia a mais nada, só temia aquele do qual queria minha vingança.

      Após uma bela caminhada chego as ruelas da cidade de pouco iluminação e podre de áurea e limpeza. Pessoas estranhas andavam tranquilamente pelo local sempre me olhando de lado, você poderia esperar tudo de ruim daquele lugar mas não me importo e continuo andando, até que vejo um rapaz correr em minha direção, loiro de olhos azuis corpo magro e expressão de desespero, mas vejo podridão em sua energia, era um demônio, saio da frente para que passe por mim e ele ao invés disso vai para minhas costas e diz.

- Por favor me ajude, eles querem me matar! - diz o demônio se encolhendo atrás de mim. Saio para o lado e digo.

- Sai pra lá. Não lhe conheço, resolva seus problemas sozinho! – falo o empurrando para longe de mim. De repente olho de soslaio e vejo um grupo de 5 homens carrancudos se aproximando, e de repente, vejo as pessoas fechando suas portas e a rua ficando deserta e mais sombria. Observo a áurea deles e vejo que são também demônios. "AGORA SEI PORQUE O NOME DESSA CIDADE!" – penso comigo mesmo. Eles param, nos encara e um dos carrancudos que parece ser o líder diz:

- Ei Like de merda! Arranjou um amiguinho para resolver seus problemas. Você é uma vergonha para a espécie! – diz o demônio apontando para o loiro medroso atrás de mim e vejo que o amiguinho que ele mencionou refere-se a mim e retruco de volta.

- Ele não é meu amigo, não o conheço portanto não tenho conta com isso. Se o querem pode pegar. – digo finalmente e quando dou um passo para o lado algo agarra meu braço, vejo que é o loiro medroso e diz finalmente.

- Por favor não me deixe, eles vão me matar me ajude?! – suplica o demônio em clemencia. Tento me livrar dele e digo.

- Eu não tenho nada haver com isso, pouco me importa se eles vão te matar, agora me solta! – solto meu braço de suas mãos e quando me viro para sair sou surpreendido com um murro na boca dado por um dos demônios da gangue que diz.

- Muita conversa fiada. Se está com ele morrera também! – diz finalmente com o punho fechado pronto para outra investida. Uma ira me sobe para a cabeça e num movimento rápido giro meu corpo e lhe dou um chute certeiro em seu queixo fazendo-o voar para trás, e me posiciono ereto novamente.

- Mexeram com a pessoa errada demônios imundos agora vão ter o que é bom. – Digo com os olhos em fúria enquanto um arfava de dor no chão os outros quatro vem em minha direção para uma investida grupal. Corro em direção a eles e salto, caindo no meio do grupo, puxo um demônio pelas costas para trás, dou um chute para trás acertando o estomago do demônio que vinha pela retaguarda e ele desaba no chão com dor. Ainda com o demônio em minhas mãos o jogo para o outro que caem, um outro para em minha frente e cospe fogo em minha direção. Com agilidade ergo minha mão em sua direção e recito minhas palavras magicas.

Chamas da Vingança - Coleção Herdeiro de BayeuxOnde as histórias ganham vida. Descobre agora