Capítulo XXI: A bravura de um anjo; Café amargo

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      O senhor Regis era amável e bem sorridente, parecia que nada o abalava, após o Like perguntar onde ficava o outro lado da cidade, observamos a resposta do velho, só com aquele sorriso dava vontade de nunca mais sair dali e foi em pró de meus pensamentos que o velho falou, cortando meu devaneio e fazendo voltar minha atenção totalmente para ele.

- Para que a pressa meus jovens, isso é coisa da idade, quando eu tinha a idade de vocês também tinha pressa para tudo. – falou Regis sorrindo de sua piada, nos entreolhamos e imaginamos se ele descobrisse que nós já tínhamos passado da idade dele, e dermos um sorriso meio sem graça.

- É não senhor, é que de fato precisamos muito chegar ao outro lado, temos pressa em chegar há uma aldeia. – fala Kyle com seu tom meigo.

- Certo minha flor, posso dizer sim, mas não posso permitir que vocês saiam sem conhecer a cidade e tomar um café comigo. – fala o velho todo entusiasta, fico animado mas o Like corta o barato.

- Seria uma maravilha, mas, de fato precisamos ir e... – antes que o Like terminasse o Regis se adiantou o cortando.

- Não demorará tanto assim, vamos, não custa nada fazer companhia a um velho. – se adianta Regis já passando o braço pelo da Kyle e a puxando para caminhada, olho para o Like que esta vermelho de raiva e sorrio para ele e caminhamos em seguida.

- Como se chamam? – pergunta ele e a Kyle responde.

- Bom me chamo Kyle Sibil, o de olhos verdes se chama Edward Bayeux e o loiro é o asas de gali... ...quer dizer Like Chanyheol. – fala Kyle e olhando sem graça para trás em nossa direção e o Like bufando de raiva enquanto eu não contive a graça.

- Lindo seu nome, minha princesa, você é tão divina que parece que veio dos céus. – fala o velho elogiando a Kyle que fica vermelha pela graça, ela se adianta a responder mas o Like interrompe ríspido.

- Porque você mantem tantos guardas aqui na cidade? – fala Like com tamanha ignorância que todos paramos e olhamos para ele, como nada parecia tirar a felicidade do velho, e inclusive de todos da cidade, ele ignorou o tom e respondeu com doçura na voz.

- Temos que estar sempre prontos para tudo meu jovem, Solares é o que é hoje, graças ao meu governo, pois a cidade mais próxima do sol já foi grande arena de guerra. – fala ele e nos impressionamos.

- Sério! Como isso? – pergunto finalmente tendo uma oportunidade para falar.

- Bom enquanto caminhamos pela cidade, vou lhes contar uma pequena historia...

Há 60 anos atrás na cidade de Solares...

"Solares não era uma cidade tão iluminada, apesar de ser a mais alta cidade dos registros geográficos, uma montanha ficava além dela impedindo que o sol banhasse sua claridade na cidade, portanto vivia mórbida, sem vida, e a população triste, com o governo de Ronald Solares, ele já estava velho e passara o posto para seu filho primogênito, Regis Solares, era como era, de geração em geração, e Regis prometera que em seu governo tudo ia mudar, a cidade alegre e iluminada como devia, era questão de tempo. Com Solares escura, era alvo de inimigos vindo por terra e pelos céus, inimigos que queriam se apossar da cidade e destruí-la para sempre, mas seus inimigos não eram humanos, e sim, criaturas magicas, obscuras e feras aterrorizantes, criaturas do submundo.

Um certo dia uma horda de demônios estavam subindo pela montanha para atacar Solares, tomar posse dela, para poder seguir com seu destino, o reino alado, a cidade dos anjos. Para isso eles pensavam que Solares era uma ponte para a cidade alada, e eles subiam, os demônios que voavam, já chegara a cidade e fizeram a devastação, porem Solares não ficava para trás e tinha soldados preparados e era uma guerra que durara dia e noite, soldados morriam, demônios morriam, e a batalha não parara, Solares era um verdadeiro arsenal de batalha, o dourado que não reluzia das edificações estava em carmesim de tanto sangue que se espalhara, mas a cidade não desistia, o governador Regis não sabia mas o que fazer, era novo e estava perdendo muitos homens em batalha, olhou para os céus e clamou uma ajuda, ajuda essa que ele não sabia de onde vinha e se viria e lagrimas de desespero brotaram de seus olhos molhando as maçãs de seu rosto.

Chamas da Vingança - Coleção Herdeiro de BayeuxOnde as histórias ganham vida. Descobre agora