16_ Um Ponto na Eternidade

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Bianca viajou para os Estados Unidos e, logo na plataforma de desembarque, jogou-se aos braços de Maruan, morta de saudade. Queria passar os últimos dias dele na Terra ao seu lado. Ficariam juntos ao máximo.

- Está comendo direito? - Perguntou, olhando fundo a face pálida do marido.

Na primeira noite que passaram juntos, fizeram amor. Na verdade, fizeram amor todas as noites. Amavam-se de todas as formas possíveis.

Foram, em um fim de semana, no Estado de Utah. Chegaram à cidade de Lago Salgado e visitaram um Templo cristão, onde se revigora o espírito dos homens; lugar de paz, em que se sussurra baixinho.

Sentiam, alí, a certeza de que, verdadeiramente, eram selados para toda a eternidade.

- Cinco anos é apenas um ponto onde não há princípio, nem fim. - Bianca disse, quase num murmúrio.

Maruan sorriu, denunciando um amor infinito.

- A eternidade é logo alí. - Ele falou baixinho, acariciando a face da mulher.

Ele nem precisava dizer o quanto a achava bonita. Bianca sabia...

Aqueles dias passaram voando. Como tudo que é bom nessa vida dura, dura.
O dia seguinte já seria o lançamento da Nave. Chegou a hora de dizer adeus.

Naquela última noite, fizeram amor, mais uma vez...

O Homem Sentado Sozinho na NaveWhere stories live. Discover now