Tudo Certo. Eu Te Amo

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- Simples, eu tenho tudo o que preciso. Amigos, um irmão que amo muitíssimo, um namorado incrível e quero ver o rostinho delas. É um momento lindo e único, não podemos deixar o medo atrapalhar isso.

- Coberta de razão. - suspirei cansado.

Me abraçou e beijou meu pescoço. Aquilo me confortava, ela que devia estar precisando de força, mas ao invés disto, eu estava. Beijei seus lábios que já me eram tão familiares.

Maria tirou o pequeno vestido que usava e sorriu voltando a me beijar.
- Respira... - sussurrou se deitando.

- Me desculpe... - subitamente senti uma culpa me preencher, prestes a novamente tê-la me recordei do quão insensível fui quando ela se entregou a mim, a um homem, pela primeira vez.

- Pelo que, Joseph? - perguntou séria.

- A sua primeira vez... - esclareci e ela mordeu o lábio. - Foi horrível...

- Se tivesse sido horrível eu acho que odiaria você... ou a mim por ter procurado por aquilo... foi... bom...

- Não foi, Maria. Não para você.

- Joseph, você foi a melhor coisa que me aconteceu em anos e agora nossas bebês que só temos graças a aquela noite. - segurou em meu rosto. - Gosto muito de você... e aquela foi uma das noites mais marcantes e especiais. Pode me chamar de louca... - riu. - Podemos ter muitas primeiras vezes em dias diferentes... Vai, não fica assim. - beijou minha bochecha.

Levei muito tempo para me desculpar mas ao menos foi na hora que tinha de ser. Maria tirou um peso grande de minhas costas.

(...)

No meio da madrugada em que não conseguíamos dormir, Antônia via em seu celular fotografias antigas de quando Kaique era um bebê, em praticamente todas ela estava com ele, apenas pelas imagens nota-se o quanto Cassia era ausente.

- Dá para entender sua ligação com ele... - falei roçando meus lábios em sua bochecha.

Ela sorriu arrepiada e disse:

- Tem muito por trás disso. - Me afastei para fitar seus olhos marejados. - Acho que estou pronta para contar...

- Sempre estive pronto para te ouvir.

Ela sorriu levemente e se sentou.

- Não sei por onde começar... - suspirou. - Então... vou falar um pouco da minha mãe...

E então Antônia começou a abrir-se falando sobre Cassia, esta era jovem quando se apaixonou por seu pai, segundo ela, eles tiveram um relacionamento de poucas semanas, ela se entregou e depois ele desapareceu. Cassia teve Maria mesmo assim, mas não demonstrou grande amor pela filha. Então sua avó entrou na história e cuidou dela até falecer, Maria já tinha oito anos.
Quando tinha onze, Cassia conheceu um homem e Maria não gostava dele, mas a mãe não deu importância, ela engravidou novamente e teve o companheiro a seu lado até a hora do parto, depois ele também não deu mais as caras e novamente Cassia teve uma desilusão amoroso, desenvolveu depressão pós parto e sobrou para Antônia com 12 anos cuidar do irmão bebê, ela mesma que escolheu o nome dele.

A mãe da Tória já tinha sido uma grande amiga de Cassia, mas se afastou por causa dos rumos de suas vidas, no entanto ela se tornou como uma tia para Kaique e Maria, a ajudava com praticamente tudo. Maria foi reprovada na escola um ano por muitas faltas e logo depois expulsa por encontrar muitas brigas. O problema era que seus colegas diziam que ela com doze anos já era mãe.

Quando mais velha foi para o Guarujá com o irmão, entretanto voltou porque ele sentia falta da mãe. Depois de formada na escola, foi morar em Santos sozinha, mas a saudade e a falta que sentia de Kaique e Victória, a fez voltar. Passou um ano e ela resolveu fazer aula de música na escola com a Tória para ficar o menor tempo possível em sua casa.

Duas VidasOn viuen les histories. Descobreix ara