Capítulo dois

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O despertador tocou às 06:00h, já era segunda, eu só precisava estar lá às 08:20h mas como hoje era o primeiro dia resolvi ir cedo, só pra constar.

Desço, faço algumas panquecas, como-as, subo novamente tomo banho, escovo os dentes frivolamente, estou bastante nervosa, e corro pro quarto.

Coloquei uma calça jeans azul, uma blusa branca leve e solta, um blaser preto e um escarpam nude (foto na multimídia) faço um rabo de cavalo no alto com um topete altinho, meu cabelo é loiro e comprido, achei que ficou legal, fiz uma make de trabalho, peguei minhas coisas olhei no relógio já eram 07:15, o trabalho não era muito longe, então podia ir tranquilamente e ainda teria tempo pra arrumar minhas coisas quando lá chegasse, abri a porta, como quase sempre, estava um clima nublado, fui pra o carro, coloquei minhas caixas no banco do passageiro, esqueci de contar que lá eu teria meu próprio escritório (não era nada muito grande) e uma secretária, mas já dava pro gasto, na verdade já era bom demais pra mim.

Cheguei e estacionei na minha vaga ( é, eu tinha uma vaga) peguei minha bolsa, e minhas duas caixas, tava meio difícil de carregar e ver onde eu pisava, já é difícil pra mim andar em um superfície plana, com todos os meus sentidos livres de tudo, imaginem com algo dificultando minha visão em um local cheio de degraus. E sim, Eu achei algo pra tropeçar, derrubei tudo no chão.

-aaaah Izzie por favor. - disse a mim mesma. As coisas caíram no chão impedindo a passagem e pela minha visão periférica vi um homem se aproximar para passar.

- desculpa senhor, só um estante.
Ele se abaixou pra me ajudar.

-se poder parar de me chamar de senhor em todo lugar eu agradeço.- reconheceria essa voz em qualquer lugar, mesmo tendo escutado-a somente um vez. E acredite ela me fez gelar, olho pro lado e vejo a figura branca, pálida (e linda) do homem do supermercado.

-você?-eu disse, nervosa.

-oi Izzie. - ele lembra meu nome?

-desculpa mais essa vez.

-quer ajuda?- ele perguntou

-por favor-eu respondo

Ele me ajuda a pegar as coisas e pega as duas caixas pra mim.

-vai subir- ele me pergunta.

-sim-respondo pra ele.

-te ajudo então.

Entramos no elevador.

-você trabalha aqui? -pergunto

-também - ele responde, não entendi muito bem mas não indago, apesar de ter ficado curiosa com sua resposta.

Ele me ajudou até certo ponto. Parou e:
- bom, e te ajudaria a chegar onde você quer com maior prazer -ele disse como quem se desculpa - mas eu estou muito atrasado mesmo, e meu caminho acaba aqui.

- oh, tudo bem, já foi uma ótima ajuda, obrigada mesmo.

-não foi nada, até mais Izzie. - gostei do "até mais"

-até mais. - ele se virou - Ei! -o chamo e ele vira- eu não sei seu nome! -digo

-Williams.

- então "até " Williams, e...obrigada-sorri timidamente.

Ele acenou com a cabeça, eu voltei-me para minhas caixas, e consegui às levar para o meu escritório que já estava bem perto, graças à ajuda de Williams. Chegando lá sentei na minha cadeira e por 5 minutos admirei minha pequena sala, depois fui ao batente, primeiro arrumei minhas coisas e depois fui ao que realmente integrava minha lista de trabalho. A manhã passou- se devagar, não tinha muita coisa pra eu fazer por que era o primeiro dia, terminei tudo, deu a hora do almoço, eu saí pra almoçar, marquei com Soph de almoçarmos juntas em um restaurante não muito distante dali.
Nos encontramos lá.

-oiii Soph.

-oiii Izzie. - nos abraçamos. Ela começou a dar pulinhos. - E aí como é o trabalho novo?

-vamos sentar logo - eu disse sorrindo, sentamos e comecei a falar tudo o que ela perguntava sobre o trabalho.

Pedimos a nossa comida e depois de uma longa conversa sobre trabalho...

- Mas aí e a vida? - perguntou

- do mesmo jeito.

- aaah não Izzie , fala sério, você tem que namorar, sair, curtir a vida também.

-no momento certo Soph. - eu disse orando pra ela não falar mais sobre o assunto.

- Você sempre fala isso, desde que eu te conheci. Pelo jeito esse "momento" nunca irá chegar. -disse ela com desdém.

-Ah por favor Soph, estou feliz sozinha, não se preocupe.

-Ham ram, eu mais do que ninguém sei o quanto você está feliz.

-Tá, tá. Agora chega de sermões, vamos indo logo, se não nós iremos nos atrasar - eu disse -e não queremos isso no meu primeiro dia de trabalho não é mesmo?- sorri

- tá certo, vamos então.- ela disse- aaah e por favor prometa-me que vai passar um final de semana lá em casa!!

-Com toda certeza - assenti

-Pois então tá, se cuida minha amiga. Amo você.

-Tá você também. Até mais.

Às vezes Soph era muito chata, mas pra falar a verdade não era muito difícil gostar dela, ela era como uma irmã que eu nunca tive, apesar de ter um jeito durão ela era muito cuidadosa comigo, mataria um por mim, eu sempre fui meio lerdinha, e sempre levava desaforo pra casa, a Soph que reclamava com os outros por mim, mesmo sem eu me importar muito se foram rudes ou não.

  Continuem lendo amores, tem muita coisa pela frente!💙 beijos..

Meu querido chefe (EM PAUSA PARA FINALIZAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora