Talvez Seja O Nosso Destino

Aproveitando o presente

AKA: 22 de dezembro

POV BELLS

  Eu e o Taylor saímos de casa para ir ter com Ness e Mark, mas o que é que se passava para ela estar tão triste... Fico feliz por eles não terem acabado mas deve haver algo por trás disto, eu conheço a Ness melhor do que ninguém e ela não está bem com o quer que se esteja a passar.

  O caminho de carro não parecia ter fim e agora a minha cabeça estava em água, o meu mundo já não soava normal: Daqui a um mês sou a mulher de uma estrela do cinema, embora esteja quase a tornar-me numa; A Mariana e a Kar têm um irmão que só conheceram há 2 meses e agora isto com a Ness.

  Cheguei a casa dela e toquei à campainha. Foi Jaxon que abriu a porta:

  - Também estás aqui Bells? - abraçou-me - Ainda não sabemos o que se passa. - ele compreendeu o que eu estava a pensar - Está aqui toda a gente: A Val, a Kar, a Mary, o Ernest, o Kai e o Braylon.

  - Uau, cheguei um pouco atrasada. - deixei passar o Taylor e Jaxon cumprimentou-o.

  - Por favor, sentem-se todos no sofá. - pediu Ness com a mão dada ao Mark.

  E assim fizemos, todos nos sentamos no sofá e encaramos as expressões de Ness e Mark em busca de respostas àquele dilema. Ness estava cabisbaixa, nem parecia ela com o seu sorriso que me ponha a rir todos os dias e Mark continha a mesma expressão um pouco mais carregada e com olhos vermelhos do que eu penso ter sido choro:

  - Dia 25 de dezembro, o Natal - começou Mark - vai ser o meu último dia cá - começou a lacrimejar e eu pude ouvir o pequeno choro de Ness - a minha mãe descobriu que tem cancro nos pulmões e eu vou para a Suécia com ela para poder ajudá-la na clínica para onde vai, eu só espero não me afastar totalmente de vocês e que o amor que sentimos uns pelos outros não diminua, e eu prometo que venho visitar-vos assim que possível. - nesta altura toda a gente estava ou a chorar ou a conter as lágrimas, eu abraçava-me a Taylor afagando a minha tristeza no seu peito enquanto ele molhava o meu cabelo com as suas lágrimas. Levantei-me e fui ter com Ness:

  - Amiga - abraçei-a - não fiques assim por favor, não te posso ver triste. Vais ver que nada vai mudar o que vocês sentem um com o outro.

  - Eu sei Bells mas saber que ele vai estar a quilómetros de distância e eu não vou poder beijá-lo ou abraçá-lo durante semanas, ou até meses.

  - O amor que vocês sentem vai ser sempre o mesmo, estejam a que distância estiverem. - não podia dizer-lhe a verdade: que tudo seria diferente; eu própria sentira um vazio dentro de mim.

  - Não vai não Bells. - ela continuava a chorar 

  A minha melhor amiga estava a sofrer à minha frente e eu não podia fazer nada que aniquilasse o seu sofrimento sem magoar a pessoa que ela mais ama. Percebia que Taylor estava a passar também pelo mesmo e ainda pior, porque Mark, o seu melhor amigo de infância, já não ia passar os fim de semanas  lá em casa com umas cervejas e pizzas a ver jogos de basketball, como Taylor poderiria substituir isso algum dia? Não podia e nada neste momento iria mudar isso. Não sabemos se Mark poderá sequer vir ao nosso casamento, e ele ia ser o padrinho...

 Ness foi ter com Mark e eu fui com ela, afinal de contas, ele tinha-se tornado o meu maior confidente:

 - Mark, como é que eu vou viver sem ti! - abracei-o e limpei as suas lágrimas.

 - Não vais viver sem mim Bells, eu vou continuar a estar aqui a chatear-te muito e a sujar a tua banca ao máximo nos fim de semanas, desde que penses que isso vai acontecer fico bem. - eu já estava a rir e a chorar ao mesmo tempo.

 - Isso é para ti, urso. Lavar a banca é considerado exercício físico e tu até isso vais tirar de mim seu sacana. - consegui despertar um sorriso na sua face corada.

 - Pois, pois. Vais ver que ainda me agradeces por isso. - aquele rapaz não tinha emenda.

 - E gosto mesmo muito de jelly beans, Mark. Vou começar a comê-los todos os dias se te fores embora. - de repente tive uma indigestão.

 - Que cara foi essa, Bells? - Ness perguntou.

 - Nada, as panquecas caíram-me mal. - sorri.

 - Não te espantes se depois acabares com a cana do nariz intupida - disse Mark chateado - nem te digo porquê.

  - Vamos passar o natal todos juntos - gritou Val junto de Mariana

  - Nem se fala mais no assunto, está combinado! - concordamos todos.

  E ficamos o dia todos juntos sem pensar no futuro, apenas a aproveitar o tempo que temos juntos.

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Obrigada Destinys,

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