Wow! Que coincidência!

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O hospital não ficava a uma grande distância de casa pelo que cheguei rapidamente. Marquei uma consulta de genecologia de urgência e a única médica que estava disponível era a Dr. Mariana Alton. Esperei 1 hora para entrar e finalmente a doutora atendeu-me. Pareceu-me jovem talvez com 20 e tal anos como eu. Tinha uns cabelos castanhos chocolate ondulados e uns olhos da mesma tonalidade. As suas feições pareciam-me ser conhecidas mas não disse nada. A médica atendeu-me de seguida pedindo-me para me sentar numa cadeira de couro preta. Estendeu-me a mão em sinal de comprimento e eu retribuí-lhe o gesto:

- Olá, eu sou a dr. Mariana Alton. Isabel Toronto, certo?

- Sim, sou eu. Prazer em conhecê-la.

- O prazer é todo meu.

- Bem, eu vim cá hoje - suspirei, preparando-me para revelar a nova realidade do que eu julgava ser a minha vida - Eu estou grávida do que julgo ser 1 mês e poucos dias. E queria realizar uma ecografia para ver se está tudo bem.

- Ok. Normalmente o pai costuma acompanhar a ecografia, vem acompanhada?

- Não eu acabei de me separar dele, acho que já sabe quem é, certo? - a médica acenou deixando transparecer pena nas suas feições. - Mas ele ainda não sabe e não quero que venha a saber tão cedo, doutora, pedia-lhe que isto ficasse apenas aqui pois não gostava nada que o Taylor viesse a descobrir por uma revista. - disse-lhe com sinceridade.

- Eu entendo e garanto-lhe que nada sairá deste consultório. - Garantiu-me. - Acompanhe-me por favor. - Levantou-se e conduziu-me à mesa onde me deitei para realizar a ecografia.

Eu observei o monitor onde mostrava o meu pequeno embrião. Ainda não se percebia muito bem a sua forma, mas eu já o amava incondicionalmente, a médica dizia-me o quanto ele era saudável e eu ficava ainda mais apaixonada pelo meu bebé só depois percebi que teria de arranjar uma maneira de poder contar a Taylor antes que a minha barriga crescesse, pois, os paparazzi iriam estar atentos a toda a minha vida desde a separação.

Despedi-me da médica e fui para casa. Ness e Karolina já lá não estavam fiquei feliz por entenderem que eu agora precisava de estar sozinha.

Deite-me e comecei a sonhar. O meu sonho era sobre o meu filho e Taylor. Estávamos os três num parque e o meu pequeno embrião era agora um rapaz de 2 anos ao colo do pai. Ouvi Taylor a chamá-lo de Tyler e fui ter com eles, abracei-os e Taylor beijou-me. O sonho tinha acabado acordei ensopada em lágrimas e percebi que não é preciso estarmos acordados para chorar. E depois lembrei-me, tinha-me esquecido de que ontem fora o nosso aniversário. Taylor e eu estávamos ansiosos por termos finalmente completado um ano de amor, mas parece-me que isso já não era verdade. Mas eu sabia, sabia que Taylor se tinha lembrado e fora por isso que cá viera só não percebia uma coisa: Há menos de uma semana ele dizia que me amava e agora tudo tinha mudado.

Levantei-me, hoje era quinta-feira: o penúltimo dia de gravações. Vesti-me rapidamente e bebi apenas um copo de leite. Arrumei a loiça, peguei nas chaves do carro e saí de casa. Estava a abrir a porta do meu carro e ouvi uma buzina. Era Karolina, no seu Volkswagen a oferecer-me boleia a qual aceitei de bom agrado:

- Bom dia, Bells. Como é que correu a consulta? - questionou Karolina.

- Tenho um bebé muito saudável do qual o pai não sabe da existência. -

sorri ironicamente.

- Tens que simplesmente tem calma, já sabes como lhe vais contar?

- Não. Não consigo sequer encará-lo na cara depois do estalo. - disse

relembrando-me do momento embaraçoso.

- Vamos mudar de assunto. - acenei com a cabeça - Conheces o Ernest Colinns?

- Sim, faz parte do elenco. - afirmei, Ernest interpertava o papel de Nick, o melhor amigo de Mike. - Porquê?

- Ele convidou-me para sair! - exclamou Karol entusiasmada - Bem, eu já gostava dele há algum tempo e parece que é correspondido.

- Uau, parabéns! - estava feliz por ela - podias-me ter contado há mais tempo. - ri-me.

- Antes que me envergonhes é melhor falar de outra coisa. - sorriu - Estás ocupada este fim-de-semana? Eu sei que não. - Karol nem me deixou responder, mas eu sentia-me feliz por poder desfrutar da sua companhia - É o casamento da minha irmã mais velha Mariana.

Talvez Seja O Nosso DestinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora