Capítulo 22.

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- Não vale, você roubou e descaradamente! - Emily ri e bagunça todas as cartas do baralho - você não tem vergonha?

- Eu não - levanto e me espreguiço.

- Seu feio, menino mau! - começo a rir.

- Eu sou bem mau, você nem imagina - dou uma pescadinha para ela e passo a mão no cabelo, depois de ter dançado para mim, resolvemos jogar baralho no quarto dela e eu trapaceei algumas vezes, só algumas.

- Depois disso preciso de um copo de água, seu trapaceiro! - Emily sai da cama e eu continuo rindo, me aproximo da mesa onde tem as fotos da família e vejo um anel, uma ideia vem na minha cabeça, pego o anel e enfio no bolso, provavelmente ela não vai sentir falta, vou devolver logo.

- Se você jogasse com o meu avô, ele cortaria suas mãos - Emily volta com um copo de água - ele não gosta de trapaça.

- Não? - me aproximo e pego o copo de água, que está na metade.

- Não - ela diz rindo.

- Quando eu jogar com ele, não vou trapacear - bebo um pouco de água.

- E comigo pode né? Seu espertinho! - coloco o copo na mesinha de cabeceira - e você ainda diz isso na minha cara, inacreditável.

- Vamos jogar outra partida, prometo não roubar - Emily cruza os braços, ela está a coisa mais adorável, ainda vestida de bailarina.

- Tá bom - ela diz.

[...]

Joguei duas partidas com Emily e deixei ela ganhar, eu poderia ter ganhado, meu jogo de cartas estava maravilhoso, mas deixei ela ganhar, mas acho que no final eu saí ganhando, um sorriso lindo, enquanto ela organizava as cartas. Saí de lá com o coração apertado, Emily ficaria sozinha e Ryan chegaria logo, comecei a pensar positivo, de que ele não faria nada com ela. Estaciono o carro na frente da joalheria onde já fiz algumas entregas, o dono, um homem alto, todo almofadinha e de cabelo lambido consegue disfarçar bem suas preferências, quando entro, ele está conversando com um casal, que parece já estar de saída, me aproximo do balcão e começo a olhar alguns anéis.

- Posso ajudar? - o cara de cabelo lambido pergunta, assim que o casal sai da joalheria.

- Pode, quero fazer uma encomenda, quero um anel, mas não quero algo simples, quero algo diferente, único, você faz?

- Claro, você fala como quer e eu desenho - o cara de cabelo lambido, do qual esqueci o nome, pega um caderno e um lápis - mas aviso, vai demorar para ficar pronto.

- Se você me entregar na segunda, eu pago o dobro - ele arregala os olhos - preciso desse anel com urgência.

- Bom eu...

- Tenho certeza que você vai dar um jeitinho cara - ele mexe na gravata - trouxe até a medida - tiro o anel que peguei emprestado da Emily e coloco no balcão de vidro - quero um anel de prata, não pode ser muito fino, porque quero que tenha tipo um trançado ao redor dele, com pedrinhas intercalando o trançado e no meio quero um diamante, em formato de coração - conforme vou falando, o cara de cabelo lambido vai rabiscando na folha e está exatamente do jeito que eu quero - quero coisa boa, nada de pedra vagabunda, certo?

- Claro, não se preocupe - ele retoca mais o desenho e me mostra.

- Perfeito - digo e sorrio - do jeitinho que eu quero. ”

Fiquei pensando tanto nesse anel, que até sonhei com ele, só que no meu sonho ele não tinha ficado bonito e não coube no dedo da Emily, fiquei tão nervoso que voltei na joalheria e fiz o cara de cabelo lambido engolir o anel, essa parte foi bem engraçada.

Drag Me Down ( Harry Styles Fanfiction )حيث تعيش القصص. اكتشف الآن