Capítulo 13.

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" - Você me dispensou para ficar com aquela criatura? Qual é a sua? Você e eu temos uma lance, você sabe, você só pode estar brincando com a minha cara! - Savannah berra, a música está alta, vários corpos balançam no ritmo da batida barulhenta da boate - você só pode estar brincando, isso é alguma aposta? Alguma pegadinha? - bebo o resto da minha tequila - me diz!

- Não Savannah, isso não é uma aposta e nem uma pegadinha, eu gosto da Emily - berro também - já disse, você não pode se meter na minha vida, nem você e nem os outros, com quem eu fico é problema meu! - olho as horas no celular, são duas e dez da madrugada, já estou caindo de sono, vendi todos os pacotinhos que trouxe.

- Aquela criatura é sem sal, aposto que nunca viu um pênis! - Savannah gargalha, meu Deus, como nunca percebi que ela ri como as bruxas desses filmes patetas?! - é virgem e ninguém vai querer transar com ela, porque ela é muito feia! - é a gota d'água, levanto, esbarro em algumas pessoas e saio da boate, respiro o ar fresco da madrugada, atravesso a rua e tiro a chave do bolso - HARRY! - eu nem me dou trabalho de olhar para trás, sei que é Savannah - HARRY! - ela berra, entro rápido no carro e coloco o cinto.

- Maluca - acelero e viro a rua, diminuo um pouco a velocidade - que sono - bocejo - pior que nem vou poder dormir muito, daqui a pouco tenho que ir para a escola, eu poderia faltar aula, mas aí eu não veria Emily, que porra, estou começando a ficar dependente dela - viro a esquina - eu posso dormir nas aulas! Isso! Vou tirar uma soneca nas aulas chatas. "

[...]

Dormir bem eu não dormi, consegui pegar no sono as três e as seis acordei, cheio de sono. Tomei um banho frio para despertar, mas nem a água fria levou meu sono embora, comi uma maçã e saí meio apressado, na portaria não tinha ninguém, esse porteiro não tem jeito, nem mesmo depois da bronca que levou, ele continua largando a portaria sozinha. Passei em um posto, abasteci o carro e comprei balas e chicletes de hortelã, dei uma olhada no celular, várias mensagens e ligações da Savannah, não respondi nenhuma delas e agora estou aqui na sala, sentado na mesa do professor, olhando as horas no celular, ansioso para ver Emily. Deixei ela em casa ontem com o coração apertado, por causa do padrasto, mas com certeza ele nos viu juntos e não deve ter feito nada e se fez...

- Eu mato ele! - levanto num pulo da mesa, ouço passos e segundos depois Emily aparece na porta.

- Ai que susto! - ela coloca mão no peito, espera, ela está diferente, o uniforme está adequado para o tamanho dela e a saia parece um pouco menor, parece não, está menor.

- Eu estou tão assustador assim? - a olho caminhar até sua mesa, ela está diferente mesmo, até o cabelo.

- Não, é que eu não esperava te ver agora, porque está cedo - ela diz, colocando a mochila em cima da mesa - você não chega cedo - ela me olha e sorri - o que foi?

- Você, você está diferente, mais bonita, não que antes não fosse, mas está mais bonita - ela se aproxima - o uniforme não está largo, seu cabelo não está escorrido, está mais cheio, você está até mostrando as pernas - a olho de cima a baixo - e que pernas... A saia não está muito curta, não como a da Savannah.

- Você já viu minhas pernas, quer dizer, você me viu de short, quando foi na minha casa - suas bochechas ficam vermelhas.

- De saia é diferente - mexo na gravata - você está muito bonita.

- Obrigada.

- Posso saber o motivo de toda essa mudança? - cruzo os braços, encostando na mesa.

- Eu sempre gostei de me arrumar, de estar bem vestida, mas, depois do que aconteceu eu decidi me esconder, criar meu mundo, minha bolha, só que não adiantou me esconder - ela chega mais perto de mim, meio sem jeito - você... Você acabou me achando, acho que não preciso mais me esconder.

Drag Me Down ( Harry Styles Fanfiction )Where stories live. Discover now