Capítulo 11.

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" - Nate, cheguei - digo, ao chegar no apartamento e fechar a porta - Nate? - nada de resposta, acendo a luz e vejo roupas espalhadas pelo chão - hmm, ele está com visita, quem será a de hoje? - dou uma olhada nas roupas, uma saia jeans com bolsos de lantejoula - Amanda tem uma saia igual a essa... - começo a reconhecer as roupas - não pode ser - caminho até a porta do quarto e ouço gemidos - não pode ser ela, não pode ser ela - os gemidos continuam, meu coração se aperta, respiro fundo e abro a porta - AMANDA! "

- NÃO! - acordo ofegante, passo a mão na testa, estou suado, meu cabelo está colado na minha testa e nas laterais do meu rosto - de novo não porra, de novo não! - pego meu celular debaixo do travesseiro, são seis horas, me jogo na cama - de novo aquela maldita cena, por que isso voltou? - fecho os olhos - voltou para me assombrar, só pode ser.

Tomei um banho demorado, tentando me livrar do maldito sonho, da sensação ruim que ele provocou, fazia tempo que eu não sonhava com a Amanda, nem sei porquê sonhei com ela, desde que tudo aconteceu, nunca mais nos vimos, muito menos nos falamos, por um tempo a lembrança dela me assombrou, passei noites em claro, dirigindo feito louco pelas ruas, tentando encontrar uma forma de esquecer o que tinha acontecido. Cheguei na escola quase em cima da hora, não tive nem tempo de comer algo na rua. Na sala, sentei no meu lugar e fiquei inquieto, olhando o relógio de minuto em minuto, tudo porque Emily não chegava, passou a primeira aula e seu lugar ficou vazio e foi assim em todas as outras aulas que temos juntos, ela não apareceu. Meus amigos notaram a ausência dela e não deixaram passar a oportunidade de falar alguma besteira.

“ - Por que será que a caipira não veio? Será que voltou para a roça? - Savannah diz, rindo como uma hiena.

- Ela sentiu saudade das galinhas e dos porcos, seus únicos amigos - Julian gargalha, junto com os outros. ”

Eu não disse nada, apenas respirei fundo e continuei ouvindo as coisas absurdas que eles falavam da Emily, coisas idiotas, só estavam rindo feito bobos porque estavam fumando maconha. Consegui aguentá-los nas aulas, mas na saída fugi deles, para não dar carona.

- Posso ajudar? - uma mulher, que parece ter uns trinta anos se aproxima de mim, suas bochechas estão tão rosadas que parece que ela levou uns tapas.

- Pode - estou há quase cinco minutos em uma papelaria, olhando uma prateleira de cadernos de garota - eu, bem, estraguei o caderno de uma amiga - Emily não é minha amiga ainda, ou é? - e quero dar outro para compensar o que estraguei, só que não sei qual comprar - coço a nuca - caderno de garota é cheio dessas frescuras, com laços, corações, bichinhos, essas baboseiras, eu quero dar um caderno diferente.

- Do que ela gosta? - que pergunta fácil.

- De música, vinil, fotografia, livros, piano, balé - falo todo orgulhoso, a mulher dá uma risadinha - acredito que você não tem um caderno com essas coisas, ou tem? - rio.

- Hmm não, mas tenho alguns cadernos novinhos, ainda estão na caixa, quer dar uma olhada?

- Quero sim.

[...]

Aqui estou, parado na frente da casa dela, batendo os dedos no volante, decidindo se saio ou não do carro, pensando se ela vai me atender, se vai bater a porta na minha cara assim que me ver.

- Não custa nada tentar - tiro a gravata e a jaqueta - será que eu tenho uma touca aqui? - abro o porta-luvas, atrás de alguns papéis encontro minha touca preta, dou uma cheirada nela - está beleza - bato ela no volante e coloco na cabeça, dou uma olhada no espelho e ajeito o cabelo - eu, me arrumando para ver uma garota - lembro da Emily falando que fico bonito de touca, abro dois botões da minha camisa, pego a sacola no banco do carona e saio do carro.

Drag Me Down ( Harry Styles Fanfiction )Where stories live. Discover now