Perfeito.
Eu, Matheus e as gêmeas pegamos um avião na madrugada. Não estava cheio, fizemos conexão e passamos, no máximo, cinco horas voando com Chloé e Zoé capotadas de sono.
Além de toda a família vir, Daisy veio com a sua filha linda de pele negra e cabelos cacheados junto do seu atual namorado. Eu sabia que ela tinha demorado a se entregar a um homem por medo da rejeição, mas ela encontrou seu príncipe encantado e eu sabia que ele tinha planos de pedi-la em casamento em breve.
Sarah veio com o meu vestido desenhado e costurado por ela junto do seu namorado Adrian. Na verdade eu não entendia direito a relação que os dois tinham, porque eles possuíam uma enorme diferença de idade entre si e ele havia se divorciado alguns anos antes, mas eu sabia que eles estavam felizes um com o outro, então eu não precisava abrir meu bico sobre nada.
Nos hospedamos todos na mesma pousada constituída por um lindo e enorme jardim a céu aberto com uma mesa cumprida e luzes maravilhosas.
O nosso casamento não seria grandioso e nem teria uma festa de arromba, mas nos divertiríamos no jardim com o que dava. Sem contar que a dona da pousada havia nos ajudado a contratar um buffet que faria o nosso jantar e sobremesa, uma confeiteira da região que montaria uma mesa de doces com chocolates e bolo, um barman para as bebidas e um aparelho de som para colocarmos nosso pendrive com música.
Era engraçado pensar que os pais de Matheus tinham um puta dinheiro em suas contas bancárias e nós dois festejaríamos com coisas simples e casaríamos numa igrejinha de rua no fim da tarde.
Era o nosso jeito e eu sabia que não precisaríamos de uma coisa grandiosa. Afinal de contas, estávamos de férias e passaríamos uma semana em Belize. Poderíamos mergulhar todos os dias se quiséssemos e nadar com as nossas filhas numa mar de água limpa e cristalina.
Eu mal conseguia segurar a vontade de deixá-las escolherem qual biquíni vestir e ainda ouvir Matheus as convencendo de que precisavam passar o protetor solar no corpo inteiro.
Matheus teve que se vestir no quarto do pai junto do Chris enquanto eu preparava a mim e às meninas. Foi uma luta, mas elas ficaram prontas em seus vestidos rodados e floridos em poucas horas.
— Mamãe, quero essa — ouvi Chloé dizer, batendo seus olhos meio azuis e meio verdes enquanto mostrava-me a flor que ela queria colocar nos cabelos escuros.
Deixei que elas colocassem uma flor atrás da orelha como enfeite, só me deixava frustrada que elas haviam decidido a cor muito antes de virmos para Caye e agora uma delas queria trocar.
— Essa é da Zoé, meu amor — avisei, vendo-a projetar um bico fofo com os lábios.
— Mas eu não quero a rosa. Eu quero a amarela.
Suspirei, sentando-me na cama de casal. Eu só havia conseguido tomar banho e colocar o conjunto de roupas íntimas. Carol estaria batendo na porta do meu quarto em poucos minutos para levar as afilhadas para o quarto da avó que garantiu que as netas não se sujariam enquanto minha amiga fazia meu cabelo.
Eu tinha a leve suspeita de que Carol estava... Fisicamente diferente. Depois que começamos a trabalhar juntas, quase dois anos atrás, eu decorei todas as suas manias e a constante ida ao banheiro não era comum. Principalmente voltar pálida de lá.
— Por que não pergunta para a Zoé se ela concorda em trocar de flor com você?
Zoé tinha a bondade do Matheus. Eu sabia que ela trocaria de flor com a irmã mesmo querendo muito ficar com a amarela.
E, como eu havia previsto, ela trocou.
Eu e Matheus nos casamos com tranquilidade. Senhor Remy me levou ao altar da pequena igreja e a cerimônia fora simples, porém graciosa. O meu vestido era extremamente detalhado, com mangas em renda, o tecido colado ao meu corpo e uma saia de tule que só se abria um palmo depois do meu joelho. Sarah me contou o quanto de cristais – todos falsos – haviam no vestido, mas eu não me lembro o número exatamente, porém sei que são muitos.
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Consequências de Uma Noite - Série Consequências Irreparáveis 1.5
RomanceA vida de Raíssa Davis é marcada pela monotonia desde que ela se entende por gente. Com apenas a mãe como família e uma casa de tamanho suficiente para abrigá-las, a mulher nunca foi o suprassumo da faculdade e da sociedade, porém sua amiga Carol nu...
Epílogo
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