Capítulo 19

13.7K 1K 76
                                    

It's gonna be a night (Can't wait)
To remember (oh, man)
C'mon now (Big fun, alright)
It's gonna be the night (I guess)
To last forever
We'll never, ever, ever Forget!

A Night To Remember – High School Musical: Senior Year

Nos sentamos no banco de trás do táxi com cuidado para não amassar a roupa. Como já pedimos pelo táxi avisando o endereço da Universidade, só precisamos dar boa noite para o motorista e torcer para chegarmos sem nenhum contratempo.

Não estávamos atrasadas, mas chegar em cima da hora não seria nada legal.

Verifiquei meu celular no meio do caminho e não tinha nenhuma mensagem ou ligação de Matheus. Eu sabia que nos veríamos em breve – já que dissemos 'até mais' no celular –, porém não sabia quanto tempo exatamente isso levaria.

Talvez com a proximidade da sua viagem para a França, eu tenha adquirido uma fobia de ficar muito tempo sem falar com ele. Passei a me sentir angustiada e desconfortável, contudo não queria parecer desesperada e ficar perguntando onde ele estava ou o que estava fazendo a cada hora do dia.

Poderia estar assistindo a um jogo de basquete com Christopher ou resolvendo algumas pendências da viagem com os pais. Passaporte, visto, passagens, malas e tudo mais.

Ele me mandaria mensagem quando pudesse.

Em menos de dez minutos o táxi parou na frente da Universidade. Alunos com a mesma beca que as nossas estavam entrando com seus familiares e amigos, rindo, tirando fotos e apreciando de longe o espaço da cerimônia. Professores e coordenadores estavam dando aos outros alunos as últimas boas-vindas e até reclamando com alguns fuxiqueiros de plantão que tentavam ver a organização do lado direito do espaço, o lado onde a festa rolaria.

Festa esta com direito a DJ, buffet, barman – este que não o Christopher – telão com fotos dos anos letivos, garçons bem-humorados e outro monte de coisa.

Será uma noite impossível de esquecer.

— Acho que meu coração vai explodir — Carol sussurrou para mim.

Tive que rir, porém foi um riso angustiado. Meu coração também estava acelerado.

Descemos do táxi e minha mãe pagou ao motorista o valor da corrida.

— Conseguiu falar com os seus pais? — perguntei para a Carol.

Diferentemente da minha mãe, eles não foram liberados do trabalho. Aconteceu ainda pior. Por estarem numa convenção com o diretor geral da empresa que exigia contatar os empregados por vídeo, eles passaram a semana inteira entrando cedo e saindo tarde do trabalho.

Nem mesmo fizeram o jantar em família como de costume.

— Eles disseram que estão arrumando as coisas para sair do trabalho faz uns dois minutos. Ainda vão passar em casa para se trocarem antes de virem para cá — ela balançou a cabeça, ajeitando sua beca quando passávamos pelo portão. — Vão demorar.

— Não se preocupe — pedi, entrelaçando nossos braços. — Eles virão para te ver.

Seria triste nos formarmos sem nossos pais na cerimônia, acho que é importante para todo mundo ter a família por perto, seja com pais, avós, tios ou tias. É um momento importante demais para se ter unicamente dos alunos.

— Eu sei — ela sorriu. — Agora vamos.

Caminhamos em direção ao local da cerimônia que era antes uma quadra esportiva. Oito fileiras extensas de cadeiras estavam no centro, de frente para um palanque que os diretores usariam junto de uma parte específica para o microfone e os dizeres formais de congratulações deles.

Consequências de Uma Noite - Série Consequências Irreparáveis 1.5Onde as histórias ganham vida. Descobre agora