CAPÍTULO 93 - Ataque no restaurante

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E alguém achou que a maluca da Samara já tinha desistido? Se a resposta for sim, dá só uma olhada nesse capítulo...

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**Cristiano**

Quarta-feira, dois dias depois do desentendimento com meu velho, tô eu almoçando com clientes, num restaurante perto da Performer, quando olho pra porta e o próprio demônio-de-saias, em pessoa, vinha em direção à mesa.

Cheguei a pensar que ela pudesse não ter me visto. Cristiano inocente... O alvo dela era exatamente eu.

Eu não queria falar com ela. Se pudesse, mandava implodir essa desgraça. Mas ela já tava perto demais pra eu escapar pro banheiro ou qualquer coisa...

— Cris? — eu tô dentro de um pesadelo? — Cris? Tudo bem? — a resposta é óbvia... É um pesadelo.

— Oi, Samara. — e me levanto da cadeira pra cumprimentá-la com educação. Depois, apresentei pros dois que me acompanhavam. Não podia destratar uma mulher na frente deles. Apesar de vontade não faltar.

— Você pode ir um instante ali, comigo? — e me mostra uma mesa no fundo.

— Eu tô num almoço com clientes. — e aponto pra mesa, caso ela não tenha percebido que eles são clientes.

— Só cinco minutos! — e sobe a voz estridente, típico de garota mimada e intransigente que ela sempre foi.

É lógico que se eu não atendesse o chamado, desequilibrada do jeito que é, era capaz de armar um escândalo ali mesmo. Por bem, não me restou alternativa.

— Me dêem alguns minutos, sim? — eu peço pros meus convidados.

Acompanhei a Samara até a outra mesa, num canto, afastada do salão principal.

Ela fingia um comportamento polido que acho que não convence nem a mãe dela. Tão menos a roupa que vestia. Sempre foi escrachada, de dar baixaria na menor oportunidade. Não é possível que ela achava que eu ia cair na pose de mulher de família que ela tentava bancar.

Ajeitei-me na cadeira. Ela também. O garçom nos serviu água.

— Diz, Samara... — e já abri diálogo pra não perder mais que um segundo além do necessário.

— Hum... Mas que estressadinho... — e balançou a cabeça pra fazer tipo. A perna cruzada, a roupa recatada, bancando a moça comportada, bem distante do demônio-de-saias que devorava homem atrás de homem, tempos atrás.

— Eu tenho cinco minutos. Lembra?

— Claro. — e sorriu forçado.

Só de olhar pra ela, a indigestão já mandava lembranças.

— Pode falar...

— Pode falar...

— Queria conversar sobre o impasse em relação a gente.

Essa menina tá em que planeta?

— Samara... Não existe impasse entre a gente. Aliás, não existe nada entre a gente...

— Você não pode negar o nosso passado, Cris! — e descompensou, subindo a voz ardida, quase estourando meu tímpano. — Além disso, eu sou sua prometida, lembra?!

Só o que me faltava, essa psiquiátrica aqui tendo um surto, e eu sem saber o que fazer... Porque doido é imprevisível. Se der uma derrapada, ela perde o controle.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Where stories live. Discover now