CAPÍTULO 40 - Caindo a ficha...

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E não vemos a hora de ver a Mila e o Kiko como a Jessi e o Chace aí em cima, né?

Mas tá difícil por hora...

Vamos conferir com a "Bela Adormecida" despertou do seu sono profundo.

À partir desse instante, vários capítulos da Mila e do Kiko disponíveis para vocês se divertirem no feriadão (quem não for pular o carnaval, é lógico)... 

Aproveitem! Descansem! Divirtam-se! E muito juízo, hein...?! ;-)

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**Camila**

Acordei do nada, tonta, um mal estar... Minhas pálpebras pesavam toneladas.

Que horas devem ser? Nem ideia.

Depois de muito esforço, consegui abrir os olhos.

Meu-Pai-do-Céu!! Onde eu tô???!

Certeza que ainda sonhava.

Esperei mais um pouco, deitada, sem forças. Mas logo me dei conta que tinha acordado mesmo.

Infelizmente, não era sonho...

Escutei barulho vindo de outro ambiente próximo, o que me pôs num pânico ainda maior.

Levantei a cabeça, olhei em volta. Não dava pra enxergar muita coisa. O quarto tava muito escuro. Deduzi ser um quarto por causa da cama, mas nem parecia um quarto normal. Era enorme... Os cantos dele se perdiam no breu, o que me impossibilitava de saber o tamanho exato do espaço.

A cama também era grande. Aliás... Gigantesca. E parecia bonita, porém era impossível saber direito. O que consegui distinguir era o lençol de seda preto que a cobria e cobria também uma parte das minhas pernas. E era macio... Muito macio. E sensual... Eu me sentia deitada sobre uma nuvem daquelas bem fofas de tão confortável.

Eu vestia uma camiseta simples, de algodão. Acho que era um pijama.

Ainda preocupada com os ruídos intermináveis atrás da porta que enxerguei com a ajuda da luminosidade da fresta e por não saber de forma alguma como fui parar ali, corri levantar pra sumir daquele lugar enquanto era tempo.

Por mais que me esforçasse, eu não me lembrava de nada.

O que aconteceu depois do bar... Como cheguei naquele quarto... Que lugar era aquele...

Uma tontura forte me acometeu, quando tentei me por em pé. Escorei na cama, respirei fundo, esperei melhorar e logo voei em direção a cadeira num canto, onde avistei, por cima dela, minha roupa.

Realmente não era um sonho. Era real e a minha roupa do dia anterior tavapra comprovar a realidade.

Me vesti correndo, calcei as sandálias, peguei minha bolsa e, quando abri a porta do quarto, um corredor enorme se estendeu diante de mim. Era iluminado por várias luzes amareladas, bem fracas. Pude perceber também algumas portas. Na real, várias portas. Todas fechadas.

E nem pensei duas vezes... Atravessei correndo a longa passarela, sem olhar pra nada mais além da outra porta fechada, lá na frente, rezando pra que não tivesse trancada.

Girei com cuidado a maçaneta. Um alívio absurdo percorreu meu corpo quando ela destravou. Assim que atravessei a porta, dei de cara com uma sala. Gigantesca... Linda; iluminada. Coisa de revista mesmo. Mas, eu tava tão apavorada que nem consegui prestar atenção em muito detalhe.

Por sorte, na parede esquerda da sala havia uma porta de madeira enorme que deduzi ser a saída daquele "cárcere" de luxo.

Vozes vinham de lugares distintos, além do barulho do que parecia gente trabalhando na cozinha, mas eu bloqueei a atenção em qualquer coisa que não fosse sumir dali.

Eu me sentia presa a um pesadelo fantasiado de sonho, por não saber onde eu tava, o que eu fazia lá. Ao mesmo tempo que o lugar era lindo... Suntuoso... Algo que nunca vi na minha vida.

Por sorte, a chave tava na fechadura e, assim que passei pela porta, avistei ao fundo de outro espaço imponente o que parecia um elevador.

Graças a Deus! Pensei na hora, aliviada, mas abismada por estar dentro de um apartamento. Pelo tamanho do lugar, eu podia apostar que era uma casa. Mas não...

Corri até o elevador e descarreguei toda minha ansiedade no botão. Apertei umas mil vezes.

— Camila?

E lá estava a voz... A pior... Tudo que eu não queria e não precisava ouvi naquele instante.

Eu não virei pra olhá-lo, mas sabia que ele tava perto.

Exorcizei o botão outras dez mil vezes, rezando pra que aquela maldita porta abrisse. Mas o andar devia ser alto, pois o elevador não chegava nunca.

Como previsto, o Kiko chegou antes, grudou no meu braço e me virou pra ele...

— Por favor, Mila. Me dá uma chance... Só uma... Pelo menos pra gente conversar...

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**Cristiano**

Eu implorava, me humilhava, mas meu anjinho não dizia nada. Só me encarava com os olhos amedrontados que nem piscavam.

Eu a segurava firme pelos braços. Ela tremia dos pés a cabeça.

— Linda... Fala comigo...

Ela só negou com a cabeça; o rosto pálido.

— Me dá uma chance... pra eu me explicar... Uma só. — implorei.

— Explicar o quê, Kiko? — finalmente ela disse alguma coisa.

— O que aconteceu... Porque... eu fiz aquilo...

— Você não existe, Cristiano! Nem nunca existiu... Eu me apaixonei por um personagem que você inventou pra me enganar!

— Não é nada disso, Camila! Por favor... Acredita em mim... Eu aqui... Sou real... E te amo de verdade...

Ela respirava sentido, com dificuldade.

— Me dá uma chance.

Ela abaixou a cabeça.

— Deixa eu ir embora.

— Não faz isso, linda.

— Por favor... Deixa eu ir...

E apertou o botão do elevador outra vez. A porta abriu; ela entrou e desapareceu sem olhar mais pra mim.

Era muito foda encarar a realidade, mas a verdade é que a cada dia eu ficava mais distante dela.

Não sabia mais o que fazer...

Soquei a parede com uma força absurda pra descontar a raiva que sentia dela, de mim, da situação, machucando a mão que latejava. Mas eu merecia aquilo. Merecia aquela dor.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde as histórias ganham vida. Descobre agora