CAPÍTULO 41 - Fuga da "prisão"

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Esse Cristiano Nunes perdeu a mão de uma vez...

E tá difícil pra ela tocar a vida em frente, com esse ex. ultrapower que não entrega os pontos de jeito algum... 

Mas... ela precisa conseguir. De uma forma ou de outra, né?

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**Camila**

Desci do elevador arrasada.

O que esse desalmado fez comigo, Meu Deus...? Eu não lembro de nada do bar, dele, desse lugar...

A cada hora eu conhecia menos esse monstro que se apossou do corpo e da alma do meu "finado" gatinho.

Saí do saguão direto pro portão de entrada do prédio.

O lugar era enorme, imponente, intimidante... Parecia que ia me engolir...

Cheguei perto do portão esperando que o porteiro me visse e o destravasse, mas nada aconteceu.

A cabine era afastada e inteira espelhada.

Fiz um sinal... Chamei... Gritei... Até que um senhorzinho abriu o vidro e pôs a cabeça pra fora.

— Abre esse portão, por favor!

— Não posso, senhorita Camila.

Oi? Ele sabe meu nome???!!

— Como não?!! Eu presa aqui!

— Seu Cristiano deu ordens pra...

— Seu Cristiano, é??!!! Eu quero que esse seu Cristiano vá pro meio do inferno!

 Enquanto eu vociferava contra o pobre do porteiro, um carrão parou diante do prédio e dele desceu um homem enorme, de terno preto, que o porteiro deixou entrar sem perguntar absolutamente nada.

— Senhorita Camila? Meu nome é Augusto e estou responsável por levá-la até em casa.

— Oi?

— Queria me acompanhar, por...

E nem o esperei terminar seu convite polido, pra atravessar feito um corisco os dois portões que tinham ficado abertos.

Quando pisei na calçada, outro homem gigante de terno preto já tinha descido do mesmo carro e voou na minha direção, me prendendo entre os braços que mais pareciam uma camisa-de-força e me erguendo como se eu fosse de pluma.

— Me solta! — eu gritei.

— Senhorita... Por favor, acalme-se.

— Me deixa sair!

— Eu tenho ordens de te levar em casa, senhorita Camila. Por favor, me acompanhe até o carro, sim...?

E era a própria gozação aquele brutamontes me pedindo pra "acompanhá-lo", enquanto me detinha como se eu fosse uma bandida.

Sem opção, lá fui eu ser aprisionada dentro do carro. E, sem surpresas, era exatamente o mesmo carro preto que parou atrás daquele desalmado, quando ele me enfiou dentro do Audi, perto da minha escola, na terça-feira.

Eles me deixaram em casa conforme as ordens que receberam e, de novo, só pude chorar.

De verdade, eu já tava de saco na lua de chorar por causa dele, mas era mais forte do que eu.

Só me restava rezar pra que o período das trevas acabasse logo e levasse esse "maldito" amor que eu sinto pelo meu "finado" gatinho pras profundezas do inferno.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde as histórias ganham vida. Descobre agora