Capítulo 24 - Can I open my eyes?

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Dinah passou de cabeça baixa por Veronica que  teve que pedir para que todos seus demônios internos não pulassem para  fora para matar a garota. Ela estava sozinha na escola agora, mas a  parte boa é que logo na faculdade que a possibilitaria seguir em frente  com muitos planos.

Lauren decidiu não implicar com o pai, ela o  deixaria fazer o que pudesse, o tempo era curto e nem sempre as pessoas  faziam tudo o que deviam fazer. Ian decidiu compor a melodia para uma  musica que ele não tinha ideia de como seria a letra.

Lauren  começou a fuçar coisas para fazer na casa e abriu a porta de um quarto  que estava fechado e que ela havia visto há um longo tempo. Ficava no  terceiro andar. Era um escritório velho. Lauren achou os troféus do pai,  os posteres das peças e os do filme. Vários recortes do jornal com  criticas sobre ele, talões de ingressos que foram vendidos no mesmo dia.  Ela mexeu na mesa e achou um bolo de cartas. Cartas que estavam  escritas: Devolver ao remetente que era Ian. Olhou o destinatário era  ela.

Querida Lauren,

Sinto  falta das horas que passamos juntos ao piano. Sinto falta de ser seu  professor. Sei que me vê como tendo abandonado você... Mas quando sua  mãe e eu nos separamos, eu sofri muito.

Eu  só precisava voltar para casa. Mais que tudo, me arrependo de ter  afastado você do seu irmão e me afastado de você. Espero que me perdoem  todos.

Sei que você vai fazer  os exames de admissão (SAT), mas sei que você não vai fazer faculdade, e  para errar todas as questões é preciso ser inteligente... Você é mais  do que isso, é quase um gênio.

Já lhe disse que nada do que ouve entre eu e sua mãe tem haver com você ou Christian.

O  amor é frágil, Lauren. E nem sempre cuidamos dele muito bem. A gente se  vira e faz o melhor que pode. E torcemos para que esta coisa frágil  sobreviva apesar de tudo.

Lauren leu as  cartas selecionando o melhor de cada uma e guardando para si. Os dias  passavam rápidos. Lauren não ia para escola. Veronica pegava as  matérias, Jauregui fazia e estava estudando para as ultimas provas...  Como se ela precisasse.

Ela cuidava do pai, o via viver dia após dia como se fosse o último.

Ian  se sentou na varanda, Danielle fez café e colocou em duas xícaras para  os dois. Lauren dispensou, ela e café e coca cola não estavam em  harmonia. Evitava remédios para dormir e coisas que pudessem a manter  acordada mais do que devia. Levou a xícara para o pai e se sentou ao  lado dele observando o mar.

– Ela já deve ter começado a universidade agora. – Ian disse quebrando o silencio. – Sente falta dela?

– O que ela fez foi errado, papai. – Lauren mudou de assunto e não tirou os olhos do mar.

– É. – Ian assentiu. – Foi. Mas posso garantir uma coisa... Ela deve sentir sua falta.

–  Eu duvido. – Lauren fechou os olhos, suspirou, os abriu focando lá na  frente novamente e aspirou o cheiro do mar era maravilhoso.

– Você nem sabe quem você é, Lauren. – Ele disse rapidamente.

– Quem sou eu? – Ela olhou para o pai sorrindo interessada na resposta.

–  Você é a mais gentil, a mais doce, a mais bela filha do mundo todo. –  Ele sorriu de lado. O sorriso de Lauren estava ali. Na boca de seu  criador.

– Obrigada, mas você é meio que obrigado a dizer isso, papai. – Ela sorriu tímida.

–  É... Tá no manual. – Ele riu e Lauren o acompanhou. – Não tenho mais  tempo pra muitos sermões... Então quero que ouça isso, certo?

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