Capítulo 22 - Sweetie, I love u too

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Bom dia killerzada.

Mamãe tá com pressa, mas ama vocês muito.

só vim atualizar e sai correndo.

Beijos.


*


Ian falou por aproximadamente trinta minutos e Lauren ouviu tudo atentamente, enquanto algumas peças que faltavam em seu quebra-cabeça se encaixavam rapidamente.

– Você mentiu pra mim pai. Você sabe que eu odeio mentiras. – Ela disse brava.

– Não eu não menti. – Ele franziu.

– MENTIU SIM! Você disse que estava bem. Você não esta bem! Era mentira. – Ela se alterou.

– Eu tinha esperança...

– E você não tem mais?!

– Tenho de que vou sofrer pouco. Não menti. Não é a mesma coisa... É normal ter raiva.

– Então foi para isso que me trouxe para cá? Pra não ficar sozinho enquanto... – Ela já chorava de forma compulsiva novamente. – Porque não nos contou?

– Eu queria ver você. E não era para ser assim... Era para nos acertarmos... – Ele disse de forma calma. – Não era pra ser assim.

– Agora é pai.

– Não, não é. É só mais uma parte do que aconteceu durante seu último maravilhoso ano na escola morando com seu pai, não é uma das melhores partes, eu admito.

– Eu te amo. – Lauren disse passando o pulso no nariz.

– Querida, eu também te amo. – Ele disse e bateu com a mão no colchão. – Vem cá.

Lauren foi, se deitou ao lado do pai enquanto chorava, e mais uma vez se arrependia de suas palavras aquele dia. Ela se culpava. Ian tinha câncer no pulmão, estava avançado, já o impedindo de respirar regularmente e de fazer esforços como caminhar por muito tempo. As dosagens de medicamentos seriam aumentadas, ele não saíria do hospital.

As dores pelo corpo se intensificaram e isso causou o desmaio.

Do lado de fora após o choque da noticia Vero que ultimamente andava mais emotiva do que nunca foi amparada por Harry enquanto Camila levava Lucy à lanchonete para comprar biscoitos para a amiga.

Era nesses momentos que a inocência de Lucy era notada como uma coisa positiva. O silêncio não era bom, mas era necessário. Parisa e Betsy  apareceram depois da mensagem de Camila, não gostaram do clima e quando ficaram sabendo da noticia se sentiram tão mal quanto todos os outros que estavam no hospital.

Lauren continuou deitada ao lado do pai, ela não queria sair dali. Gostaria que fosse apenas um pesadelo cujo qual abriria os olhos a qualquer segundo e sorriria por ser apenas aquilo, mas não era... Era tão real quanto ela. E doía, a ponto de desejar estar no lugar do pai.

A doutora disse que Lauren precisava sair apenas para aplicar os remédios e depois a morena poderia voltar. E que também avisar que Ian não poderia receber visitas agora. Lauren recebeu um beijo terno do pai na testa e saiu com o nariz vermelho e o rosto inchado de dentro do quarto.

Camila estava andando de um lado para o outro, viu quando a porta foi aberta e caminhou rapidamente até Lauren a abraçando no meio do caminho. Elas não precisavam de palavras, infelizmente as duas sabiam que não seria regressivo e não teria cura, não do jeito como o câncer se encontrava.

Camila sentia a dor de Lauren e sabia que a morena havia perdoado o pai por tê-la abandonado. Lauren terminava de encaixar as peças que faltavam no quebra cabeça e entendia agora todos os motivos de seu pai, o da separação e todos os outros. E se sentia cada vez mais um lixo ao lembrar que desejou a morte de seu pai.

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