Lua de sangue: rejeição (Livro Um - Completo)

38.

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Algumas horas depois de haver relatado o que havia acontecido à Alex enquanto os outros arruamavam os lugares onde iriam dormir, eu e Jason estávamos sentado no que restou da parede de uma antiga casa.
Ele olhava o sol que já não brilhava com tanta força mas que ainda assim aquecia a terra.

- Então, o que a gente vai fazer? - ele perguntou com o senho franzido.

- Ah, agora a gente vai ter que achar o meu Castelo. - falei enquanto mexia os pés que estavam pendendo já que o muro que um dia foi uma parede era alto, e eu não era a garota mais alta do mundo.

- Castelo? - Ele virou o rosto e seus olhos foram em direção aos meus. - Você tem um Castelo? - e até mesmo suas sobrancelhas subiram. Pois é, acho que por essa ele não esperava.

- Tenho, bem, supostamente né. - Suspirei pensando no mapa que havia encontrado no livro. - Olha só, no livro que eu tenho à um mapa que mostra um Castelo.

- E onde fica exatamente esse Castelo? Porque eu sinceramente não vejo nada além de ruínas neste lugar. - Ele até mesmo fez um sinal com o dedo para simbolizar o lugar.

- Sim sim, aqui à ruínas, mas, nos estamos apenas no início desta terra, você por acaso já ouviu falar de alguém que tenha passado além desta aldeia abandonada? - Perguntei levantando as sobrancelhas apenas para tentar provar meu ponto.

- Tem razão. - Ele assentiu com a cabeça em concordância. - Nunca ouvi falar de alguém que tenha ido mais além. Você está achando que no Centro deste lugar à um Castelo. - Ele constatou e eu apenas assenti, mesmo sabendo que não era uma pergunta. - Eles vão nos deixar passar, não é?

- Vão, bem, estou contado que sim. - Encolhi os ombros.

- E se não deixarem?

- Bem, eu ainda não tinha pensado nessa possibilidade. - Encolhi os ombros.

Depois que disse isto, ambos ficamos em silêncio observando a paisagem e imersos em pensamentos.

- Eu acho que está na hora de ir lá e elaborar algum plano, não podemos perder mais tempo. - Jason bagunçou seus cabelos.

- Vamos, vamos lá. - Dei um pulinho para descer do murinho e quase cai, enquanto me endireitava escutei Jason rir. Ah! Só eu mesma para bancar a palhaça na frente dele. Bufei e me dirigi à aldeia, sem nem sequer olhar para trás para ver se ele me seguia.

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Estávamos eu, Lucas, Aline, Lua, Jason, Alex, Sara (de quem eu sentia uma enorme saudade), Josi, Iago, Estéfan e Miguel, discutindo qual seria o próximo passo e como encontrariamos os outros principes.

- Eu acho que deveríamos ir diretamente ao centro deste território. - Falou Estéfan sentado em um pedaço de tronco, com uma das mãos no queixo. - Você Lesa, - ele apontou pra mim - você sabe que devemos ir ao centro do território.

- Sim sim, mas e quem vai ficar aqui cuidando das coisas? - Perguntei suspirando e pensando de que maneira faríamos às coisas.

- Além do mais, eles vão atacar de novo. Ao menos eu acho isso. - E dessa vez foi Iago que falou, ele estava recostado numa parede de braços cruzados e com Josi sentada ao seus pés, em cima de outro pedaço de tronco.

- Você tem razão cara, mas alguém tem que ficar aqui. - Jason falou, concordando com Iago.

- Eles precisam de um alfa. - Constatei.

- Que tal se você assumir de uma vez Alessandra? Deixe de bobagem e assuma seu lugar. - Estéfan falou, totalmente irritado.

- Bem, que tal se você se tornar alfa deles, enh! - Gritei já ficando brava. Bati com ambas as mão na mesa que havia na minha frente e que nela estavam os livros dos lobos.