22.

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A primeira coisa que vi quando abri os olhos foi um pano verde... Okay, depois de abrir bem os olhos me dei conta de que era a camiseta de alguém, olhei pra cima e vi a cara do Jason, ele estava dormindo pacificamente, parecia um anjinho... OKAY! É serio? Eu acabei de pensar que ele parecia um "anjinho"? Pois é, eu tenho absoluta certeza que sim.

Bom, fazer o que, ele parecia mesmo um anjinho. Agora, esquecendo sua cara de anjinho, decidi me levantar, eu tentei, de verdade! Acontece que alguém, tipo, JASON, estava me apertando contra ele. Eu me mexi tanto que ele sorriu e ficou em cima de mim.

- Você cheira tão bem. Você sabia que tem uma boca deliciosa... hummmmm hummmmmm....

Isto foi simplesmente muiitooo legal. É serio, me chame de idiota e iludida, mas quem não gostaria de escutar um garoto te elogiando em quanto dorme? Ou seja, sinceramente, até que foi um momento bem legal.

Que hipócrita, acho mesmo é que esse é aquele tipo de sonho que a gente tem. Aquele sonho de escutar aquele cara especial dizer que você é muito linda, ou elogiar você.

E, serio mesmo, eu nunca, jamais, pensei que ele gostasse dos meus lábios, porque tipo assim, ele nunca disse nada disso, eu ....

- Me beija Lia, agora... hummmm

OH MEU DEUS.

OH

MEU

DEUS.

LIA? Serio, Lia? E ele anda faz biquinho?? !!!!!!

Eu odeio esse Filho da Grande Vaca Amarelaaaa!!!

Respirei fundo e contei ate três, empurrei ele devagar, mas com força suficiente pra me liberar. Levantei daquele sofá e observei-o abraçar o travesseiro. Nesse momento nem sua maldita cara de anjo é capaz de conter minha fúria.

Meu Deus. Ele dorme comigo, me abraça e me chama de Lia ... Nossa, olha só como eu tô pulando de alegria! (100% Sarcasmo)...

Bufando de raiva saio daquela maldita casa.

Maldito seja aquele moleque, maldita hora em que o destino quis dar uma de engraçadinho pro meu lado!

MALDITO!

DESGRAÇADO!

Assim que sai me dei conta que era de noite, estava friozinho. Havia uma brisa gelada. Abracei-me e continuei caminhando...

Não prestei atenção aonde ia, só segui caminhando, pensando em 100 formas de matar aquele desgraçado de forma lenta e dolorosa!

Assim que parei me dei conta que estava no lago, aquele lago que eu senti tanta falta. Vi o banco e me sentei nele.

Eu nunca imaginei que Jason tivesse alguém, tipo assim, como é que eu ia saber que ele estava com outra, eu nem notei um cheiro de mulher nele.

Eu pensei que ele ia... Eu... Eu pensei...

Maldito, eu pensei que talvez ele mudasse de ideia.... Eu...

Nem me dou conta e já estou chorando...

Eu nunca, jamais, em hipóteses alguma admitiria, mas eu Gosto dele. Eu sei que ele é um idiota, um babaca, um FDP, mas ele ainda é meu companheiro.

Deus! Eu só queria que ele me quisesse como eu o quero, é pedir de mais? ...

Eu nem deveria chorar, mas me recuso a admitir que choro por ele, apenas direi que o desgaste emocional foi grande, que tudo é culpa da magia e do cansaço.

Eu não suportaria admitir que choro por alguém que sequer se arriscaria por mim.

Jamais.

-.-.-.-.-.

Depois de um bom tempo sentada no banco do lago, decidi voltar a casa dos meus pai, fui caminhando devagar imersa em pensamentos sobre o idiota do Jason e sobre a alcateia.

A noite estava bonita, estrelas no céu, uma brisa gelada, aquele ar puro que só tem no meio de um campo ou floresta.

Assim que entrei em casa subi diretamente ao meu quarto, troquei de roupas e fui dormir.

Notei um cheiro estranho impregnado no quarto.

Espere!

Eu conhecia aquele cheiro, cheiro de lobo com "100% idiota", ah claro, obvio que o babaca esteve aqui. Aposto que pra tentar me sabotar e descobrir algum segredo escuro meu.

Panaca.

Logo acabei me deitando, e o único que queria naquele momento era dormir e esquecer (ou tentar) que o idiota do meu companheiro estava em um relacionamento com alguma vadia chamada Lia...

Mas, cara, quando eu descobrir quem é a vadia, eu mato, ou arranco os cabelos dela.

E agora, mais do que nunca, eu tinha que começar a festa!!

Lobinhos, me aguardem...

-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.

Enquanto isso, na terra sem dono.

- Querida, eu vi o pergaminho, ele esta chegando, nosso salvador!- Disse o senhor já com idade avançada, ele, seguidor fiel dos bons costumes, o que esperava esperançoso o dia em que o resgate viria.

Sua esposa o olhou e sorriu, ah, aquele sorriso que o senhor amava, sua doce mulher e ele compartiam o desejo e esperança.

Ambos estudavam e conheciam os pergaminhos como a palma de suas mãos, parece antiquado, que com tanta modernidade, ainda existissem folhas velhas com escrituras futuristas, mas, aqueles pergaminhos sabiam das coisas, os mesmos que escreverem neles eram leitores do futuro.

Homens e mulheres, que com sua visão, poderiam prever o que aconteceria, obviamente não com precisão, mas previam possibilidades, previam certos passos, diferentes caminho, mas todos eles, por gerações e gerações, viram o mesmo destino, em diferentes passos, mas o mesmo destino.

Uma guerra, um salvador e o seus soldados, guardiões do bem.

A liberdade, eles a previram.

- Amor, pode ser uma menina. Mas o importante mesmo é que esta chegando o momento, vamos ter os Príncipes de volta... - a mulher do senhor respondeu calma e serena, mas com o coração em chamas de tanta ansiedade.

A final, quem não sabia as historias deles, dos Príncipes, naquele pedaço de terra sem dono?

- Eu sei querida, eles vão voltar, os Príncipes devem nos salvar...


*ATUALIZADO.

Lua de sangue: rejeição (Livro Um - Completo)Where stories live. Discover now