LUIZA BECKER

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Já passava das oito e meia da manhã, hoje é segunda-feira. Estávamos voltando para casa e diferente da forma que eu pensei que fosse ficar, eu e Heitor não ficamos estranhos. A conversa estava fluindo bem dentro do carro. Ele pediu para passarmos rapidinho na sua casa e logo me levaria para minha casa também.
Assim que chegamos na mansão dos Bravos, sim, dos Bravos, isso porque ele construiu uma mansão enorme dentro de um terreno gigantesco com seus irmãos. Segundo Heitor, casa um construiu sua própria mansão dentro de um só terreno.
Meu coração acelera quando ele para o carro e vejo homens se aproximarem da gente armados. Minhas mãos começam a soar. Vejo vários Snipers por cima do muro. Isso mesmo. Sniper. Sempre quis ter aulas de armas como essas com esses caras, mas agora não sinto aquela emoção e sim o desespero de ver uma não, várias armas apontadas para o carro.. O portão se abre e três seguranças altos aparecem com armas no ombro e roupa toda preta. Me encolho no banco um pouco assustada com tantos caras armados. Olho de relance para Heitor. Sua postura estava ereta e seus olhos encaravam a paisagem depois do vidro do carro. O carro adentra a mansão e fico boqueaberta. Toda a frente da casa era rodiada de seguranças. De onde saiu tanto homem bonito assim? Por Deus... O carro para na garagem e saimos. Meus olhos brilham ao ver várias Mercedes, Ferraris, BMW, Lamborgini e Land Rover e vários clássicos. Desde pequena papai me ensinava tudo sobre carros, o que resultou uma garotinha apaixonada por motores. Mais deixando esse assunto de lado.
Heitor e eu caminhamos para dentro de um elevador espelhado. Quando ele abre as portas saímos bem de frente para a sala, que por sinal é linda demais. Havia flores por todos os lados, bem coloridas. Tudo tinha uma cor neutra, paredes no branco gelo, sofá sofisticado em couro branco. Uma lareira linda. O lustre era o que tinha de mais sofisticado. Parecia cristal puro. Uma escada oval levava aos andares de cima que por sinal havia dois andares.
Estava tudo silencioso. Heitor se vira para mim e segura minhas mãos deixando um beijo molhado nelas.

-Querida espere um pouco. Fique a vontade.-Heitor sorriu amável.

-Obrigada.-retribuo o sorriso.

Heitor some e passa um tempinho sem aparecer. Fiquei mais ou menos meia hora esperando. Estava perto de levantar e ir embora quando um homem na faixa etária da terceira idade aparece. Ele era um pouco velho mas bem conservado. Seus cabelos grisalhos combinavam perfeitamente com seu rosto. Seus olhos eram castanhos esverdeados. Seu corpo na medida certa. Dava para notar que ele praticava atividades físicas pelos músculos que se ajustava no terno três peças. Ele provavelmente trabalha para Heitor.

-Bom dia srta. Becker.-Ele diz com uma voz amigável.

Pera ai... como ele me conhece?

-O senhor já me conhece?.-pergunto surpresa e com medo de Heitor ter falado algo.

-Sou muito amigo de seu pai. Somos parceiros em um de meus négocios.-ele sorri. Heitor que me perdoe, mais que sorriso. Agora eu sei de onde os quarteto puxou em matéria de sorriso. Esse homem deve ter ensinado muita coisa para esses irmãos libertinos.

-Oh claro.-sinto minhas bochechas queimarem.

-Srta.Becker veio atrás do menino Heitor?.-ele pergunta vendo as horas no relógio.

-Não...quer dizer...eu estou com ele.

-Olá família. Chegamos.-Uma voz divertida  tira nossa atenção.

Viramos para ver quem era o dono da bela voz. E a visão do quarteto Bravo se fez presente. Mariano, Hector, Juliano estavam de terno e com as mãos dentro do bolso.
Meus olhos vão direto para o homem ao meu lado para que me ajudasse a sair de lá o mais rápido possível. Então ouvimos Heitor limpar a garganta para chamar nossa atenção. Quando olhamos, ele estava parado na escada vendo tudo e agora com outra roupa e cabelo penteado para trás. Ele ficava muito bem de terno nem parecia o homem que passou o final de semana comigo.
Seu cabelo loiro caindo no ombro com ondas perfeitas brilhavam exageradamente. Seu terno cinza com uma blusa na cor preto marcavam seus músculos. Seu sorriso malicioso fez minhas pernas tremerem.
Minha calcinha se úmidece e aperto minhas pernas discretamente.

POR VOCÊ - Vol 1Where stories live. Discover now