HEITOR BRAVO

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-Coloque um bom preço na empresa do Sr. Miller. Ele esta quase fálido, não vai querer gastar o resto do dinheiro para levantar a empresa da família sem ter sucesso. Há meses ele esta em crise e acredito que não vai se reerguer tão fácil assim.-disse para David, um dos meus sócios.


-Não acho que seja necessário comprar as ações do Sr. Miller.-retrucou Louis, um dos velhos sócios.-Nossas empresas estão lucrando em quatro meses mais do que lucraram em um ano. Qual o interesse de comprar outra empresa nessa altuta do campeonato?



Olhei petulante por cima dos óculos de grau encarando Louise que engolia seco ao ter minha atenção total para ele.



-Sr. Smitch, de onde que vem o dinheiro para investir nessas empresas fálidas?



Ele olhou para os demais na sala que estavam em silêncio observando tudo e depois voltou sua atenção para mim.


-Dos investidores, Sr. Bravo.-respondeu no fio de voz.



-Certo. Acha que dou sua parte do meu dinheito tirado no banco? Não. Eu tenho seis sócios em uma única empresa. Os lucros que recebo aqui são divididos em seis partes, assim você tem sua verba como os outros. Temos treze empresas ao total com mais de quarenta sócios e acionistas. Acha que apenas uma empresa daria conta para pagar cada um, claro, isso por que não incluir os funcionários. Meu trabalho é comprar empresas fálidas e investir do meu jeito nela para lucrar todo o dinheiro ofecrecido na mesma. A cada quinze minutos eu ganho vinte e cinco mil reias. Devia saber disso, já que foi meu primeiro sócio e sabe exatamente como funciona aqui.-juntei minhas mãos tirando todo meu foco dos papéis na minha frente.


-Está certo Sr. Bravo. Desculpe por qualquer incômodo.-respondeu seco.



-Voltando ao assunto...-continuei.-Eu quero aquela empresa. David, coloque no máximo cento e oitenta mil, é o que ela está valendo depois do desfalque que ele fez. Se ele não aceitar, diga que vai dar á ele até vinte e quatro horas. Depois disso procure a empresa de Marylin. Soube que está na decadência e ninguém da família quer saber de assumir a empresa.-disse olhando atentamente para David.



-Mas se o prazo vencer e ele não aceitar?-receou-se em dizer.



-Ele vai. Trabalho nisso há dez anos, pode ser pouco tempo, mas sei como a cabeça desses desesperados funciona. Tente agora e verá o resultado no fim do dia.



-Claro. Se me der linçenca.-levantou-se caminhando até a porta.



O telefone eletrônico ao meu lado tocou e atendi rapidamente para não enlouquecer só de ouvir o barulho irritante.




---Senhor Bravo.-era Angeline, minha secretária desde que abrir a empresa.-Cleveland Wilson ligou novamente procurando por uma resposta. Ele quer que o senhor seja um dos investidores dele. O que eu digo?




---Diga para ligar depois do almoço e quando ele ligar, passe a ligação direto para mim. Por gentileza.



---Claro senhor. Deseja algo?.-pergunta como sempre atenciosa.




Angeline era uma boa pessoa. Nunca deu em cima de mim como algumas dessas mulheres interesseiras fazem, é mãe no auge dos vinte e oito anos e casada com um rapaz boa pinta. Nunca errou um pedido meu e nem se quer chegou a faltar um dia de trabalho. Tirando só o fato de sua linçença para o repouso da gravidez. E até durante isso, ajudou-me bastante trabalhando em casa. Não sei o que seria de mim sem sua organização.




POR VOCÊ - Vol 1Donde viven las historias. Descúbrelo ahora