Meu plantão estava no fim e eu apenas esperava Luíza chegar. Fiquei sentado no sofá da sua sala esperando pela a mesma. Olhei pela décima vez no meu relógio de pulso para verificar as horas. Meus olhos estavam pesados querendo fechar, mais a demora de Luíza me impedia de ir para casa e dormir. Encosto a cabeça no sofá de couro branco. Quando meus olhos estavam quase se fechando, dispertei rapidamente ao ouvir a porta se abrindo. Luíza estava em pé me encarando surpresa, não era para menos já que eu só ia na sua sala para consultas importantes. Levanto e vou até ela. Colo minhas mãos na sua bochecha e selo nossas bocas em um selinho demorado. Mais Luíza separa e caminha até sua mesa e eu fico na porta com a maior cara de idiota. Viro encarando Luíza sentada com cara de confusa. Vou até ela e sento de frente para ela. Seguro suas mãos mais ela as tira. Decido não ligar para seu desprezo comigo e digo:
-Luíza vim te chamar para jantar comigo. Arrumei um restaurante a luz do luar com velas e música.-sorrio de lado pensando já em como terminaríamos a noite.
-Fernando...-ela engole em seco.
-A reserva é para hoje a noite.-digo sorrindo mais.
-Fernando é...-a corto.
-Como já nos conhecemos a anos e temos essa relação faz um tempão também quero oficializar. Sei que você vinha esperando por isso.
-Fernando me escuta.-ela pedi mais eu continuo falando.
-Quero que você seja minha noiva.-Mostro o anel de compromisso.
-Meu Deus.-ela ponhe as mãos na boca.
-Se quiser eu até ajoelho.-brinco sorrindo.
-Fernando...-coloco meu dedo indicador na sua boca.
-E então Luíza? Aceita ser minha noiva?
Vejo lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Dou a volta na mesa e fico de frente para Luíza. Me ajoelho no chão e limpo suas lágrimas. Beijo seus lábios como um animal, estava louco de desejo.
-Por que está chorando desta forma?
Luíza chora mais. Coloco seu rosto nas minhas mãos e encaro seriamente. Por que tanto arrodeio.
-Eu não sei o que sinto por você Luíza, mais quero fazer tudo certo com você. Quero ser o homem causador da sua felicidade. Eu quero você Luíza.
Sinto uma ardência do lado direto do meu rosto. Espera aí, Luísa deu um tapa em mim ou eu só estou tendo alucinações?!
Luíza apenas faz que não com a cabeça. Não entendendo levanto seu rosto para me encarar mas dessa vez estou enfurecido pelo tapa que tomei. Assim como eu, ela tem raiva nos seus olhos. Hoje Luíza estava estranha, nunca tinha visto ela assim.
-Você consegue disfarçar muito bem.-aplaudiu.-Sabe... fiquei me perguntando todo esse tempo como você conseguiu me enganar tão bem. Olha que fazer Clarisse ficar de boca fechada pode ser um trabalha e tanto não é?! Mas o que realmente me assusta e como pode funcionar sua cabeça ao ponto de acabar com tudo que construímos juntos e desperdiçar todo amor de uma mulher por você. Fiquei com você porque você me prometeu amor e felicidade, mas não sabia que seu pacote completo incluía me trair com a minha prima e na minha casa, em cima da minha cama por tanto tempo.
-Luíza do que você está falando?
-Você não tem caráter. É um pobre homem tão podre por dentro quanto por fora, um mimado bancado pelo pai, que nunca trabalhou ou se quer sabe o que é trabalho árduo.-ela chora copiosamente.-Sabe por um momento eu quis sim casar com você, apesar de toda sua agressividade nas palavras que você usava contra mim quando estava perturbado de ciúmes. Eu perdoava quando você se descontrolava daquele jeito comigo. Eu sempre achei que o problema estava em mim, mas hoje percebo que o problema esta em você e que é você que é infeliz.
