HEITOR BRAVO

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A reunião das 14hrs já havia sido encerrada a vinte minutos e não havia se quer sinal da Srta.Becker. Se soubesse ela do ódio que sinto quando alguém atrasa horário comigo. Mas isso deve ser apenas um jogo dela
Sou confiante o bastante para saber que ela estar a vir. Não importava o horário.
Na verdade tinha alta convicção de que ela poderia até estar dentro do seu carro em alguma vaga da minha empresa, relutante em aparecer ou não. Luíza Becker era totalmente previsível. Claro que o fato de querer ajudá-la consistia em estar ainda mais perto dela. Luíza era diferente de qualquer outra mulher. Ela fazia o pacote completo para mim, esperta, tímida, libertina, independente, determinada e linda. De fato era uma das belas mulheres que já tive o prazer de conhecer. Algo em sua beleza me ofuscava. Deixa-me atraído, perturbado, louco e até desconsertado. Mas sempre soube esconder bem qualquer emoção. Eu poderia estar morrendo de amor por essa libertina mas se eu não demonstrasse, ela jamais saberia. Mas não era o caso. No momento o único sentimento que sentia por ela era esse desejo enlouquecedor que parecia crescer cada vez mais. É apenas algo carnal. Conheço meu eu bem para dizer que não estava apaixonado. Não corria esse risco e se algum dia alguma mulher despertasse esse tal amor, não poderia me entregar facilmente
Afinal sou um Bravo e minha conta bancária pode atrair qualquer pessoa. Não posso simplesmente confiar em qualquer uma. Não novamente.
Não estava disposto a passar por tudo que passei com Isabella novamente com outra pessoa. Não. Mas também não sou um sem coração, ou desacreditado no amor. Acredito. Mas não é algo que quero para mim. No momento.
Estava tão perdidos em meus pensamentos que nem ouvir quando a porta da minha sala foi aberta. Despertei dos meus devaneios quando a voz de Clarisse ecoou pela sala.


-Senhor Bravo, não impedir que ela entrasse, pois estava na sua agenda como reunião das 14hrs.-Clarisse sorria carinhosamente


Clarisse trabalhava comigo desde o dia que levantei essa empresa, há oito anos. Hoje com seus 28 anos era mãe, esposa e uma ótima amiga. Não acho estranho ter alguma amiga. Afinal, nunca misturei trabalho com vida pessoal.
Sempre impus respeito com meus contratados.

-Obrigada Clarisse. Como está o garanhão Henry?.-sorrio olhando sua barriga de 6 meses.

-Senhor Bravo, sabemos que é uma menina.-ela sorriu envergonha.-Só não vou tirar sua dúvida, pois decidir com meu esposo não saber o sexo. Mas se for menino, como padrinho vou querer apenas que dê carinho e atenção, agora se for uma linda menina você terá que comprar perucas novas.-retrucou no tom divertido

Quando iria responder seu comentário, ouvimos a risada gostosa de Luíza, que prestava atenção em nossa conversa

-Acho que vou voltar para meu trabalho.-disse Clarisse saindo

-Não pegue muito pesado. Precisa de descanso.-repreendir Clarisse, já sabendo que sua gravidez era de risco

Clarisse acenou com a mão e saiu fechando a porta. Só então pude ter total liberdade para analisar a grande deusa na minha frente. Continuava ainda mais linda, principalmente depois de ter trocado a roupa desde o café da manhã. O vestido de um vermelho escuro marcava bem suas curvas. Uma cor bastante sensual ao meu ver
Tudo se encaixava naquele corpo, Luíza era de fato a mulher mais linda que conheci. Olhei bem no fundo dos seus olhos para ter a certeza de que eu não estava errado e que estávamos sentindo o mesmo clima e a mesma tensão. Sentir minha ereção dar sinal de vida pela primeira vez no dia e sem precisar ser tocado, como? Como era possível que parte do meu corpo reagisse dessa forma somente em ver ela logo à frente. Preciso ter uma certa concentração para conseguir seguir com nossa reunião.

-Então senhorita Becker, quer começar a falar ou preferi ficar como estar? Estou aqui apenas para lhe ajudar.-disse olhando bem no fundo dos seus olhos

POR VOCÊ - Vol 1Where stories live. Discover now