LUÍZA BECKER

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-Amiga que cara horrível.-Olívia faz uma cara engraçada.-Não pensei que ele tivesse de atraente só o físico. Quando abriu a boca só saiu asneira. Que decepção.

Olívia reclamava de um homem que ela estava paquerando no jantar beneficente. Mas não dei tanto bola assim. Estava ocupada demais pensando em outra coisa, melhor dizendo pensando em um certo alguém.

-O que houve?.-segura minhas mãos.

-Foi o fernando.-aperto os olhos tentando apagar a cena dele na noite em que ocorreu todo aquele escândalo.

-Ele não tem mesmo um pingo de amor próprio né?.-Olívia revira os olhos.-Você fez bem em se livrar dele. Esses homens assim não valem nada. Bancam de santinhos mas no fundo são verdadeiros monstros.

-Sim..-minha voz soa triste.

O único problema do meu relacionamento com o Fernando foi apenas seu temperamento agressivo. Se ele fosse diferente talvez estivéssemos juntos até hoje. Não sei.É complicado.

-Que tal curtimos a noite um pouco mais?.-seu sorriso alarga mais.-Quando acabar aqui podemos sair para aproveitar mais a noite.

-Não. Estou sem ânimo. Ainda mais agora com esse muro atrás de mim o tempo inteiro.

-O que?.-Franzi o cenho.

-Esqueci de falar para você... mas Heitor concedeu um segurança para mim.-sou de ombros.

-Como assim? Quando vocês se falaram?

-Isso não importa. Eu já estou quase sem paciência. Ele me segue até na ida ao banheiro. Mas ele vai me pagar...

Olívia me corta antes que pudesse completar o que eu estava falando.

-Heitor.

-Isso. Ele mesmo que vai me pagar.-concordo.

-Não amiga. É ele. Heitor Bravo.

Olívia aponta para a entrada onde esta todos os fotógrafos e então o vejo. Heitor estava deslumbrante. Mesmo com o terno 3 peças parecia que estava vestido a roupa mais cara no corpo mais charmoso. Completamente vestido de preto apenas uma corrente fina de ouro e o lenço vermelho sangue que estava no bolso da frente do seu lado esquerdo deixavam o contraste nele. O cabelo penteado todo para trás fazia sua aparência ser ainda mais máscula. Os fotógrafos caíram matando quando notaram ele. Cada câmera mantinha o flash direcionado a ele. Que logo se tratou de se retirar de lá e procurar uma mesa. Foi então que percebi que todas as mesas estavam ocupadas e somente a minha estava com mais três cadeiras vazias. Não. Meu pai não deu isso.
Não seja tão esperançosa. Seu pai fez sim. E como eu sei? Eu acho que o fato de ver Heitor Bravo caminhando até mim respondia qualquer dúvida que eu poderia ter ou qualquer pergunta que eu quisesse saber. Olhei para Olívia que tinha os olhos grudados nele com um brilho a mais neles.
Sempre achei Heitor um homem lindo. No começo eu negava minha paixão platônica por ele mas depois eu não conseguir mais enganar a mim mesma. Ainda mais depois do que aconteceu com a gente alguns anos atrás. Não sei se Heitor lembra mas lembro de suas visitas a minha casa quando eu era menor. Ele era um adolescente e eu uma não sabia nem o que era beijar. Mas quando estava com dezoito e Heitor um pouco mais velho também e em uma brincadeira de um grupo de amigos que tínhamos acabamos nos beijando e então eu decidir fazer amor com ele. Eu sei, fui um pouco irresponsável, ainda mais quando mamãe alertava sobre fazer isso só depois do casamento. Mas foi uma coisa momentânea. Acho que nem ele percebeu que ali naquele dia eu havia tirado minha virgindade. Provavelmente não. Homens não percebem muita das vezes. Mas tudo bem isso aconteceu alguns anos atrás, não tem mais importância agora.

POR VOCÊ - Vol 1Where stories live. Discover now