— Eu sei... Eu sei... —ele acaricia minhas costas e beija minha testa, é como estar em casa, protegida e segura. —Não suporto pensar uma coisa dessas... —ele sussurra, mas para si mesmo.
Durante muito tempo fiquei olhando para o nada e imaginando mil coisas na minha cabeça, os pensamentos de que algo de ruim poderia acontecer com meu filho me assustava e me deixava sem chão. Sebastian tinha os braços ao meu redor e aquela foi a única vez depois de semanas que o deixei me tocar enquanto dormíamos. Eu estava segura, podia sentir. Mas aquilo não afastava os pensamentos perturbadores.
Eu tinha minha cabeça em seu peito e uma das pernas jogada em cima das suas. Era bom e assustador, saber que eu estava me sentindo tão confortável com ele.
Mas não fiquei muito tempo ali.
Levantei me recusando à imaginar algo mais do que a fachada de casamento que tínhamos.
Tomei um banho rápido e me vesti com a primeira roupa que vi, assim que terminei desci para tomar o café da manhã. Preparei uma panqueca que me deixou com água na boca só de sentir o cheiro.
Quando me dei conta eram sete da manhã e minha ligação não podia esperar mais. Eu iria ligar até que atendessem.
— Doutor Jings, quem fala? —eu suspiro aliviada.
— Ah, olá Doutor Jings, quem fala é Alexssandra Carde... Harris. —reviro os olhos. — Ahm... Doutora Raiven me deu o seu número faz algum tempo.
— Sim... Sim Sra. Harris, ela comentou isso comigo.
— Bem, eu deveria ter ligado à algumas semanas atrás mas... Estava trabalhando muito e não tive tempo. Então estou ligando para agendar uma consulta para hoje, se possível...
— Hoje é domingo...
— Eu sei! Eu sei!
— Poderia ficar para amanhã?
— Não! —eu sou rápida. — Quer dizer... Teria que ser hoje, preciso fazer mais alguns exames e a ultrassom... E amanhã eu trabalho, não terei tempo.
— Eu não trabalho dia de domingo Sra. Harris, desculpe.
— Como não? Eu não posso esperar!
E então alguém bastante educado puxa o celular de mim.
Precisa citar nome?
Ele revira os olhos para mim como se estivesse bravo.
Coloca o celular no ouvido e some.
Mas eu ainda consigo escutar um pouco.
— ... Sebastian Tyler Harris... Sim... Precisamos para hoje... Está... Não... Três... —então ele bate a porta do escritório e não escuto mais nada.
Não faço ideia do que ele fala com o Doutor, mas depois bastante tempo sai do escritório sem mostrar feição alguma. Me entrega o celular de um modo frio e diz:
— Às três e meia.
Ergo as sobrancelhas. — O que?
Ele me olha como se fosse obvio. — A consulta.
— Ah... —coloco o celular em cima do balcão. — Você conseguiu?
Ele balança a cabeça afirmando.
— Como? Ameaçou ele? —ele me olha sério. — Sebastian... Você não fez isso!
— Eu não ameacei ninguém! Porque eu faria isso? —não seria a primeira vez... olho ao redor. — Não fiz isso.
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A Conveniência do Casamento
RomancePLÁGIO É CRIME COM A FORÇA DA LEI N° . 9.610/98 Alexssandra como todo mundo, sempre teve suas expectativas e suas metas, nada poderia pará-la, era esforçada e havia dedicado cinco anos de sua vida para fazer o curso que amava, para assim, conseguir...