Em dois segundos, já tinha uma long neck na minha mão e outra na do Kiko.
— Antes de brindar, vamo fazer um minuto de silêncio pelo Kibe e o Califa que perderam essa balada épica. — e o Bola abaixa a cabeça, sério, com um semblante pesado.
Ficaram cinco segundos silêncio.
— Pronto! E agora... Um brinde ao casal vinte mais maneiro, grudado e cafona dessa cidade enlouquecida... — e o nosso melhor amigo da onça continua sua saudação.
Copos e garrafas foram ao ar.
— Vem aqui comigo, primeira dama... — o Bola me puxa pra me apresentar a uns amigos deles que eu ainda não conhecia. Todos muito simpáticos comigo, a exceção de uma patricinha que entortou o nariz, assim que eu me aproximei e saiu andando pra evitar a todo custo topar comigo. Na rápida troca de olhares que demos, pude notar uma expectativa remota de estar no meu lugar...
Bom... Esquece isso e deixa pra lá, Camila! Que essa noite promete!
Conforme fui me infiltrando no espaço ultra-VIP, avistei ao fundo uma quantidade incalculável de garrafas de todas as bebidas que eu conhecia, mais outras tantas que eu nem fazia ideia que existiam, dispostas sobre o balcão que tinha um barman exclusivo.
Oi??? Barman exclusivo??? Mais uma novidade que eu não tinha o menor conhecimento.
Confesso que não queria me embebedar, por isso, comentei minha decisão com o "nosso" barman, que por acaso se chamava Dilan, e ele me sugeriu uma combinação diferente com menos álcool, preparou e me serviu num copo pequeno. A ideia era me fazer provar todas as suas especialidades em pequenas porções pra eu não me embebedar. Serviço de primeira?! Imagina!! Eu tava o próprio pinto-no-lixo, me divertindo e admirada com aquela mordomia toda.
Certa altura da festa... e cinco mini taças de bebidas depois...
— Vou no banheiro — eu berro no ouvido do Kiko.
Digamos que eu já atravessava a linha tênue entra a sobriedade e a embriaguez leve...
— Vamos... no banheiro. — ele me corrige, já me puxando pela mão.
Entramos no banheiro juntos, já que o privativo do camarote não tinha divisão entre masculino e feminino. À exceção dos dois últimos, reservados exclusivamente às meninas.
Abri a porta do primeiro box desocupado e, quando me dou conta, o Kiko tá atrás de mim... Oi???!
Nos milésimos de segundos que penso em contestar, ele passa o trinco na porta, me empurra contra a parede, desprende o vestido do pescoço, expondo meus peitos e avança contra eles sem piedade.
A barba rala, que agora ele fazia questão de cultivar, eriça a pele inteira, do pescoço até os peitos, fazendo eu me contorcer de prazer.
Nem dois minutos naquele ataque fulminante e ele sobe o vestido pelas coxas, até deixá-lo recolhido na cintura, e entra em mim antes que meu cérebro pudesse assimilar o que se passava.
— Kiko!
Eu berro, assim que sinto os primeiros sinais do prazer mais puro nascendo no centro do corpo e se expandindo gradualmente em todas as direções, a partir daquele ponto mágico.
— Ai!! Que é isso??? — e gritava, enquanto ele me estocava contra a divisória do box com uma vontade ímpar.
— Goza pra mim, linda... Quero ver você escalando essa parede de tesão... — e esfregava a boca na orelha.
Com a perna esquerda levantada, tentando manter o equilíbrio num salto só, de repente, eu sou assolada por um orgasmo maravilhoso e perco as forças, literalmente. Sorte que o Kiko me segurou, senão, tinha me estatelado no chão frio e sujo.
O Kiko gozou com uma vontade também que fazia tempo que não o via tão animando.
— Mila da minha vida... O que você faz comigo, não...? — todo fofo, nossos lábios atados, enquanto alisava meu rosto. Os olhos brilhavam, admirados, como se fosse a primeira vez que me visse.
Nos perdemos num beijo que transcendia qualquer coisa que pudesse existir de perfeito...
***
Assim que nos recompusemos, fiz um xixi tipo equilibrista, aproveitando que banheiros de balada servem pra isso também... (rs). O Kiko também, e logo abandonamos o "box-motel".
Uma passarinha inevitável pelo espelho... E, minha nossa... De quem era aquela cara pós-fornicação que tava ali??? De verdade, custei a me reconhecer.
Tentei dar um jeito, mas não havia como remendar o estrago.
— Vamo voltar lá, linda? — o Kiko me convoca, ansioso, já que eu não abandonava o espelho, com a esperança de conseguir uma mágica pra melhorar o aspecto.
Saímos de lá. Eu com a cara deslavada de quem acabou de ser muito bem comida, um sorriso de orelha a orelha... E adivinha quem é a primeira pessoa que aparece na nossa frente...?
lá— Vocês treparam no banheiro??!!! — o Bola nos intercepta, com os olhos que não cabiam na cara. — Seu puto-do-caralho!!! Não acredito que fez isso com o anjinho! — e ainda vira um tapa medonho na cabeça do Kiko.
— Bola!!! — Eu dou um grito! — Não faz isso com o meu marido!!!
O Kiko só ria.
— Era uma promessa... — e tenta se explicar, com a cara mais safada do mundo.
— Já escutei demais por hoje... Some daqui cês dois!! — e o Bola toca a gente de perto dele, indignado.
Fomos pra pista de dança. Na verdade, pra cima dela. O Kiko me enfiou dentro dos braços, enquanto me enchia de beijinhos.
— Tá curtindo, linda?
— Muito... E você?
— Acho que foi a segunda melhor balada da minha vida.
— Da minha também... — eu concordo com ele.
— A hora que quiser, a gente sai fora.
— Meio cedo ainda...
— Você é quem manda. A noite é sua. — e me deixa aquela piscadela linda, acompanhada do sorriso mais perfeito. Meu Deus... O que é esse homem? Ainda custa me dar conta, mesmo vivendo todos os dias juntos.
De fato, nunca tinha ido a uma balada daquele jeito. O camarote incrível com todos os amigos dentro, curtindo, bebendo, se entrosando... Era a própria festa dentro da festa.
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(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...
RomanceEm meio a um ginásio lotado e duas torcidas adversárias em guerra, surge uma visão inebriante atrás do gol. Algo inexplicável, que mexe com todos os sentidos... Impossível de definir ou... descrever. Sem pensar duas vezes, Cristiano abandona os co...
CAPÍTULO 85 - Balada Épica!
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