CAPÍTULO 85 - Balada Épica!

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Em dois segundos, já tinha uma long neck na minha mão e outra na do Kiko.

— Antes de brindar, vamo fazer um minuto de silêncio pelo Kibe e o Califa que perderam essa balada épica. — e o Bola abaixa a cabeça, sério, com um semblante pesado.

Ficaram cinco segundos silêncio.

— Pronto! E agora... Um brinde ao casal vinte mais maneiro, grudado e cafona dessa cidade enlouquecida... — e o nosso melhor amigo da onça continua sua saudação.

Copos e garrafas foram ao ar.

— Vem aqui comigo, primeira dama... — o Bola me puxa pra me apresentar a uns amigos deles que eu ainda não conhecia. Todos muito simpáticos comigo, a exceção de uma patricinha que entortou o nariz, assim que eu me aproximei e saiu andando pra evitar a todo custo topar comigo. Na rápida troca de olhares que demos, pude notar uma expectativa remota de estar no meu lugar...

Bom... Esquece isso e deixa pra lá, Camila! Que essa noite promete!

Conforme fui me infiltrando no espaço ultra-VIP, avistei ao fundo uma quantidade incalculável de garrafas de todas as bebidas que eu conhecia, mais outras tantas que eu nem fazia ideia que existiam, dispostas sobre o balcão que tinha um barman exclusivo.

Oi??? Barman exclusivo??? Mais uma novidade que eu não tinha o menor conhecimento.

Confesso que não queria me embebedar, por isso, comentei minha decisão com o "nosso" barman, que por acaso se chamava Dilan, e ele me sugeriu uma combinação diferente com menos álcool, preparou e me serviu num copo pequeno. A ideia era me fazer provar todas as suas especialidades em pequenas porções pra eu não me embebedar. Serviço de primeira?! Imagina!! Eu tava o próprio pinto-no-lixo, me divertindo e admirada com aquela mordomia toda.

Certa altura da festa... e cinco mini taças de bebidas depois...

— Vou no banheiro — eu berro no ouvido do Kiko.

Digamos que eu já atravessava a linha tênue entra a sobriedade e a embriaguez leve...

— Vamos... no banheiro. — ele me corrige, já me puxando pela mão.

Entramos no banheiro juntos, já que o privativo do camarote não tinha divisão entre masculino e feminino. À exceção dos dois últimos, reservados exclusivamente às meninas.

Abri a porta do primeiro box desocupado e, quando me dou conta, o Kiko tá atrás de mim... Oi???!

Nos milésimos de segundos que penso em contestar, ele passa o trinco na porta, me empurra contra a parede, desprende o vestido do pescoço, expondo meus peitos e avança contra eles sem piedade.

A barba rala, que agora ele fazia questão de cultivar, eriça a pele inteira, do pescoço até os peitos, fazendo eu me contorcer de prazer.

Nem dois minutos naquele ataque fulminante e ele sobe o vestido pelas coxas, até deixá-lo recolhido na cintura, e entra em mim antes que meu cérebro pudesse assimilar o que se passava.

— Kiko!

Eu berro, assim que sinto os primeiros sinais do prazer mais puro nascendo no centro do corpo e se expandindo gradualmente em todas as direções, a partir daquele ponto mágico.

— Ai!! Que é isso??? — e gritava, enquanto ele me estocava contra a divisória do box com uma vontade ímpar.

— Goza pra mim, linda... Quero ver você escalando essa parede de tesão... — e esfregava a boca na orelha.

Com a perna esquerda levantada, tentando manter o equilíbrio num salto só, de repente, eu sou assolada por um orgasmo maravilhoso e perco as forças, literalmente. Sorte que o Kiko me segurou, senão, tinha me estatelado no chão frio e sujo.

O Kiko gozou com uma vontade também que fazia tempo que não o via tão animando. 

— Mila da minha vida... O que você faz comigo, não...? — todo fofo, nossos lábios atados, enquanto alisava meu rosto. Os olhos brilhavam, admirados, como se fosse a primeira vez que me visse.

Nos perdemos num beijo que transcendia qualquer coisa que pudesse existir de perfeito...

***

Assim que nos recompusemos, fiz um xixi tipo equilibrista, aproveitando que banheiros de balada servem pra isso também... (rs). O Kiko também, e logo abandonamos o "box-motel".

Uma passarinha inevitável pelo espelho... E, minha nossa... De quem era aquela cara pós-fornicação que tava ali??? De verdade, custei a me reconhecer.

Tentei dar um jeito, mas não havia como remendar o estrago.

— Vamo voltar lá, linda? — o Kiko me convoca, ansioso, já que eu não abandonava o espelho, com a esperança de conseguir uma mágica pra melhorar o aspecto.

Saímos de lá. Eu com a cara deslavada de quem acabou de ser muito bem comida, um sorriso de orelha a orelha... E adivinha quem é a primeira pessoa que aparece na nossa frente...? 

 lá— Vocês treparam no banheiro??!!! — o Bola nos intercepta, com os olhos que não cabiam na cara. — Seu puto-do-caralho!!! Não acredito que fez isso com o anjinho! — e ainda vira um tapa medonho na cabeça do Kiko.

— Bola!!! — Eu dou um grito! — Não faz isso com o meu marido!!!

O Kiko só ria.

— Era uma promessa... — e tenta se explicar, com a cara mais safada do mundo.

— Já escutei demais por hoje... Some daqui cês dois!! — e o Bola toca a gente de perto dele, indignado.

Fomos pra pista de dança. Na verdade, pra cima dela. O Kiko me enfiou dentro dos braços, enquanto me enchia de beijinhos.

— Tá curtindo, linda?

— Muito... E você?

— Acho que foi a segunda melhor balada da minha vida.

— Da minha também... — eu concordo com ele.

— A hora que quiser, a gente sai fora.

— Meio cedo ainda... 

— Você é quem manda. A noite é sua. — e me deixa aquela piscadela linda, acompanhada do sorriso mais perfeito. Meu Deus... O que é esse homem? Ainda custa me dar conta, mesmo vivendo todos os dias juntos.

De fato, nunca tinha ido a uma balada daquele jeito. O camarote incrível com todos os amigos dentro, curtindo, bebendo, se entrosando... Era a própria festa dentro da festa.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Where stories live. Discover now