HEITOR BRAVO

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Fazia uma hora que estava naquela boate e quase ficando louco. Nunca fui muito de baladas, festas em família ou outra coisa do tipo. A única coisa que confortava minha situação era minha bebida. Sempre gostei muito de bebidas fortes e quentes e devo confessar que era isso que eles tinham bastante aqui e esse fato não deixava tudo aqui entendiante para mim.
Eu olhava toda aquela multidão no andar debaixo dançando e se esfregando uns nos outros. Eu estava com meus irmãos em uma area feita somente para nós, separado de todos, feito especialmente para não deixar ninguém se aproximar. Gostava assim, sem aproximação de ninguém. Não gostava de me aproximar. Sempre fui um homem quieto e centrado, nunca me descontrolei.
Já não podia dizer a mesma coisa dos bastardos. Meus irmãos são bem diferentes, cada um como se fosse a mudança da lua. Fico feliz em poder perceber que conseguir cuidar de cada um. Isso foi uma coisa bastante difícil, mas cumprir com maestria.
Nosso pai, apesar de rico, nunca deixou de se portar como um. Sempre bebia e quando nossa mãe faleceu, isso só piorou. Fomos mandados para França para morar como nossos tios paternos, pois nosso pai nunca se importou realmente conosco. Mas o desgraçado não reconhece que tem um lugar para morar e comida por minha boa vontade. Ainda assim nos ver como indesejavéis. Mas não me importo. Não devo me importar com alguém que nunca nutriu carinho pelos filhos.
Estava tão perdido nos meus pensamentos que fui acordado do desvaneio por uma pessoa que gargalhava bastante enquanto outra gritava pela música que tocava alta. Meus olhos correram automaticamente até a entrada para ver as donas Atenção. O trio eu já conseguia bastante. Jamais esqueceria a mulher que socou um dos meus irmãos. Sua ousadia naquele dia me surpreendeu. Estava até pensando em colocar a ordinária em uma ilha sozinha com Juliano, só para ver quem se matava primeiro. Seu atrevimento de vir aqui mesmo com sua permissão liberada agora, era bastante provocante. Pelo visto minha noite vai ser resumida em Juliano e sua fiel inimiga.

Voltei minha atenção para meus irmãos que conversava sobre alguma coisa aleatória e levantei da poltrona, vermelho sangue, indo até o vidro que nos protegia de alguma bala. Devemos sempre nos proteger de qualquer coisa. Somos homens importantes e sem amigos intimos.

-Irmão, acho que sua admiradora veio ver como você está.-disse bebendo um pouco da bebida que estava no copo em minha mão.

-Não me diga que...-Mariano levantou indo até mim, ficando ao meu lado e eu apontei para onde o quarteto estava.-Ora, ora, irmão acho que você está precisando de algumas aulas com Heitor de como afastar bem as mulheres.-sorriu perverso.

-Pelo visto a bela mulher não teme nem a um Bravo.-Hector sorriu ao ver o quarteto de amigas.-Venha ver. Ela é um espetáculo de mulher.

-Que impertinente.-Juliano esbravejou irritado ao vê-la.

Como um verdadeiro íma, a bela e destemida Sta. Planko olhou na nossa direção procurando um certo Bravo que a olhava com desprezo. Conhecia meus irmãos o suficiente para saber quando uma mulher os deixam loucos. O desprezo fazia parte da negação de cada um de não aceitar muito bem quando estão fodidos por alguém. Lembro-me da briga que ela causou quando machucou meu irmão por provocar a tal impertinente. Ele contratou o melhor detetive para investigar tudo sobre Elza Planko. Diria até que adorei a ousadia da ordinária por se meter com um Bravo. Olhando por um lado, a Sta. Planko é uma bela mulher, isso é fato. Aquele quartero esbanja beleza exótica de tirar o foco de qualquer homem. Não ficaria surpreso se meu irmão afirmasse que estava caidinho por ela.
O que eu já suspeitava.

-Ela ousou mesmo aparecer aqui?.-Juliano olhava para ela com muita raiva mas ao mesmo tempo notavasse a luxúria no seu olhar.

-Claro que ela ousou. Acho que você como um Bravo não assustou ninguém. Isso é uma vergonha para nossa família. Deveria se trancar no quarto como quando fazia na adolescência.-Hector sorriu malicioso.-Você deveria aproveitar esse corpinho delicioso. Isso sem roupa deve ser um pecado irmão.

POR VOCÊ - Vol 1Where stories live. Discover now