Capitulo 4

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Acordo e vejo aquele corpo escultural deitado sobre o meu peito.
Que mulher incrível.
Dormimos exaustos quase de manhã depois de uma noite inteira de sexo cheio de luxúria e tesao.
Já é quase meio dia mas confesso que não sinto a menor vontade de sair desse quarto.
Ela então se mexe e abre os olhos.
- Bom dia
- Bom dia - ela diz tampando a boca com o lençol.
Rimos disso.
Tomamos um banho e mais uma vez fizemos sexo no chuveiro.
Essa mulher é insaciável. É tudo que sempre quis na minha vida, penso.

- vc nunca sorri? - ela me pergunta - vc devia sorrir mais. Fica lindo sorrindo.

- Meus amigos me chamam de zangado. Realmente tenho dificuldades para sorrir.

- Mas como pode, vc é um ator!!!! Devia estar sempre sorrindo.

- Alba, minha profissão é como outra qualquer. Apenas utilizo das artes cênicas para incorporar um personagem e ser quem eu preciso ser a cada novo trabalho. A única diferença dos demais, é que tenho minha vida exposta a todo momento. E isso me irrita profundamente. Entendo que é o trabalho deles, mas muitos extrapolam. A todo momento inventam fofocas para vender suas revistas. Eles não se importam se sou um bom ator, isso não vende revistas. A única coisa que importa para eles é vender !

 A única coisa que importa para eles é vender !

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Pedimos o café da manhã e o jornal.

Quando o café chega, sentamos e enquanto estamos comendo ela decide abrir o jornal pra ver alguns números. Dou um pulo com seu grito.

- Olha isso! Estamos estampados aqui. E De folha inteira ! - ela grita

- Calma, deixa eu ver.

Olho e droga, eles tiraram várias fotos nossas nos beijando, eu acariciando seus cabelos, com as mãos no seu corpo. E na manchete: "Burak Aksal em Positano com mulher misteriosa"

- Droga Burak, eu sou uma executiva seria, não posso estar estampada no caderno de fofocas de um jornal, ainda mais em fotos indiscretas. Eu simplesmente não posso!

- Calma. Eles nem sabem quem é você! - tento acalma-lá mas sei que é apenas questão de tempo até chegarem a ela.

- Será que você não entende. Sou Diretora de um dos bancos mais respeitados do País. Não posso me dar ao desfrute de aparecer assim. O que os acionistas vão dizer? - ela diz se levantando quase que de forma desesperada e andando de um lado para o outro passando as mãos nos cabelos - A essa atura já devem saber em que hotel estamos. Eu vou sair daqui. Vou mudar de hotel. O que eu vou fazer agora?

- Alba, quer se acalmar - falo de forma rígida para que ela me ouça - sente aqui e termine seu café. Depois descemos e vamos ver como estão as coisas aqui no Hotel. Se descobriram onde estamos, vamos saber, pois estarão acampados aqui na porta. Se não estiverem, podemos passar o dia na piscina, almoçamos e depois voltamos pra cá e passamos a tarde naquela cama ali, que aliás nem deveríamos ter saído de lá. Como eu disse a você, eles apenas querem vender suas revistas. Farei de tudo para que você seja preservada.

Ela volta pra mesa, com um sorriso leve no rosto e parece estar mais calma.
- Ok. De tudo o que você disse, a parte que mais me interessou, foi passarmos a tarde naquela cama ali - ela diz apontando para o outro lado do quarto.

A puxei para meu colo, enchendo ela de beijos.

Os dias subsequentes foram de total desespero para Alba sempre que via fotos nossas estampando capas de revistas de fofocas. Nenhuma delas mostrava seu rosto com nitidez o que a tranquilizava. Parecia terem sido tiradas de longe, sempre em áreas de seu hotel.

Esta é nossa última noite juntos. Amanhã ela volta para Madri e eu para Istambul. Sinto uma angustia em meu peito quase me sufocando. É como se estivesse perdendo algo que não me pertence. Ela também permanece quieta. Estamos deitados após mais uma maratona de sexo, até que ela se levanta e começa a colocar suas roupas dentro de uma mala.

Me preparo, respiro fundo e limpo a garganta antes de começar a falar.

- Alba, como vai ser?

Ela me olha como sem entender a pergunta e eu reforço:

- como vai ser entre a gente a partir de amanhã? - Digo com a voz quase falhando.

Ela sorri e diz:

- eu vou voltar para atrás de uma mesa com um computador e vou passar meus dias mergulhando em números e reuniões e você, vai voltar para Istambul, fazer muitas novelas e séries que vão deixar sua legião de fãs ainda mais apaixonada por você.

Mantenho a feição séria e o maxilar mais contraído que o normal, até que ela senta na beirada da cama.

- Olha Burak, o que aconteceu entre a gente foi maravilhoso. Sério. Mas eu não tenho a pretensão de que esse nosso romance chegue a algum lugar, portanto cada um vai retomar sua vida e teremos sempre as melhores lembranças de nossa semana em Positano. É isso - ela diz retomando o fôlego depois de despejar aquele monte de palavras em mim.

- Mas não foi só isso! Não foi só um romance! Não É só isso. Eu quero mais.

- falo tentando manter o controle das palavras.

- o que mais podemos ter Burak?
Vivemos em Países diferentes, somos de mundos diferentes. Não podemos nos dar ao luxo de jogar tudo pro alto por um romance de verão.

- COMO É QUE É? ROMANCE DE VERÃO? Então pra você foi só isso? - perdi o controle nesse momento.

- não me entenda mal, lindo, mas o que mais podemos querer?

- Eu quero você. Eu quero ficar com você - digo quase em tom de súplica.

- E como vamos fazer isso dar certo? - ela me pergunta.

- Só me diga que quer tanto quanto eu e te prometo que daremos um jeito.

- sim, eu quero ! - ela diz enquanto se joga em meus braços para mais uma noite de sexo desesperado.

UM ATOR EM MINHA VIDAWhere stories live. Discover now