Capítulo 41

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Alba

Fico andando durante muito tempo pelas ruas de Paris, tentando espairecer. Às vezes ficar sozinha é .
a melhor forma de encontrar respostas. Chego à conclusão que tudo o que essa mulher está tentando, ela está conseguindo. Não posso permitir. Tenho uma relação ótima com Burak e nada ou ninguém vai estragar isso. No que depender de mim, não vai.

Muitas horas depois, volto para o hotel e encontro Burak já dormindo. Ele deve estar possesso comigo. Amanhã darei um jeito de consertar tudo.

Acordo mais cedo que ele e vou para a antessala do Hotel. Pego o celular com a finalidade de resolver tudo de uma vez por todas.

- Feride, quem fala é Alba. Poderia me encontrar no Bistrô Chatellê dentro de meia hora por favor?

- Bom dia para você também, Alba. Ainda é muito cedo para discussões sem sentido não acha? - ela diz em forma de deboche.

- Te espero lá dentro de 30 minutos e seria bom que você viesse. Até já!

Desligo sem esperar resposta e mudo de roupa, saindo em seguida em direção ao bistrô.

Ainda é muito cedo e as ruas de Paris estão vazias. Tudo aqui é tão lindo. Sinto como se em alguma outra vida eu tivesse sido francesa tamanho é o entrosamento que tenho com a cultura e os costumes franceses.

Chego ao bistrô antes dela e peço um croissant e um café com leite. Estou faminta pois ontem após a aparição dela no cocktail não comi absolutamente nada.

Enquanto como o pão leve e quentinho, perfeito que chega a derreter na boca, fico pensando em tudo o que vou dizer aquela mulher.

Não demora muito e a vejo entrando como se estivesse no quintal de sua casa. Essa mulher me irrita profundamente.

- Bom dia Alba

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- Bom dia Alba. A que devo a honra de uma ligação tão cedo?

- Bom dia Feride. Não vou tomar muito do seu tempo. - começo sem rodeios para terminar logo com essa palhaçada - Bem, em primeiro lugar quero te agradecer imensamente por tudo o que tem feito pelo Burak. De verdade, te agradeço muito. Mas está na hora disso terminar.

Encaro ela de igual para igual. Meu olhar é ameaçador e ela percebe que não estou brincando, porém sustenta meu olhar.

- Nossa, direta e reta. Gosto disso em você Alba, mas meu cliente é Burak e acho que só ele pode decidir isso.

- Quero você longe de nossas vidas ou vou denunciar você ao seu conselho de classe por conduta anti-profissional.

Ela então quebra nosso contato visual ao perceber que não estou para brincadeiras.

- Entendo. Você acha que sou uma ameaça para seu relacionamento com Burak?

Dou um sorrisinho e debochado e volto a encara-lá - Feride, não dê a você uma importância que você não tem. Você não oferece qualquer ameaça a nós, você é apenas um pequeno aborrecimento.

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