EXTRA 3: Weird Ways

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Harry estava jogado no sofá com o celular em mãos. 

Louis se jogou por cima dele no sofá, com sua cabeça inclinada e enxerida tentando dar uma conferida no que o maior fazia. 

E foi exatamente aí que o problema começou. Quando Louis leu "LOVERS" como o nome de um grupo no whatsapp. Harry estava concentrado demais em seu celular nos últimos dias, ele havia feito diversos novos amigos.  "Eve, Amandha, Arty" dizia claramente as pequenas letrinhas na parte verde do grupo. Bom, o pequeno focou somente no primeiro nome. Além disso, Louis não era muito bom em disfarçar seu ciúmes.

  — Que porra você está fazendo conversando com essa vagabunda da Eve? 

Não hesitou em demonstrar a irritação de sua voz. O maior levantou sua cabeça de lado, olhando para o menor rapidamente e logo após, retornando sua atenção para o aparelho.

Oh não.

Oh, não. Ele definitivamente não havia ignorado Louis.

O limite foi quando a grisalha enviou um áudio para o grupo, e Harry diminuiu o volume, colocando o celular próximo a orelha, como se escondesse algo de Louis. Ainda por cima, ouviu a menina o chamar de amor, de forma falha pela distância. Sua raiva só aumentou quando viu o sorriso safado de Harry.

A próxima coisa que Harry sentiu, foram diversos tapas desferidos diretamente em seu braço. Ele tentava se desviar das mãos fortes do menor, sem sucesso.

  — Me solte! Por Deus, Louis! — Harry grita.

Conseguiu segurar os pulsos do menor, depois do que pareceu uma década.

  — Safado, cafajeste, traíra! 

O cacheado suspira, cansado dos ataques bipolares de Louis. Sua testa toda enrugada, seus lábios formando uma linha finíssima.

  — Você vai dormir no sofá hoje. Não consigo mais suportar suas mudanças de humor bruscas.

Com isso, ele se levanta em direção ao quarto, com Louis atrás de si gritando e esperneando como nunca. Eles entram no quarto, Harry caminhando diretamente até o travesseiro do pequeno. Ele puxa a coberta começada com raiva, andando com força de volta até o sofá e jogando as coisas em cima do mesmo.

  — Que merda você está fazendo? — Louis pira. — Não!

Harry ignora o menor durante todo o processo, realmente exausto de lidar com as explosões do garoto por motivos tão infantis. Em um impulso de raiva, Louis pega o copo em cima da mesa e o estilhaça no chão, acidentalmente cortando os pés de Harry, o fazendo grunhir de dor. Louis leva ambas as mãos para a boca, que está aberta em descrença.

Quando o mais alto levanta o olhar para o seu, Louis deseja morrer.

— Eu não quero olhar pra você agora.— Harry diz, suas palavras cortantes como nunca, as mãos alisando seu próprio pé. 

Mancando, Harry parte para o quarto, se trancando lá e deixando um Louis arrependido para trás no meio da sala. O pequeno olha fixamente para a porta, desolado. Ele puxa o cobertor até perto dos cacos, se ajeitando no chão, não se achando merecedor de nem mesmo um sofá. E então, ele se senta, enrolado no cobertor e com as orbes azuis manchadas por lágrimas evidentes.

Harry nunca havia o tratado daquela forma, nem mesmo quando se odiavam.

Louis se apertou ainda mais dentro da manta, agora as lágrimas escorrendo livremente pelo seu rosto avermelhado. 

Ele só esperava que pudesse consertar as coisas.

-X-

O esverdeado não conseguia dormir. Ele se assombrava pela forma como havia falado com Louis horas atrás. Não havia pregado o olho uma vez sequer naquela noite. 

Harry virou a cabeça para o relógio. Quatro horas da manhã.

Se sentindo pior do que nunca em sua vida, ele levanta vagarosamente e vai até a porta. Seus dedos pesam quando tocam o trinco gelado. Ele arrepia dos pés a cabeça. Harry achou que nunca tinha andado tão devagar em toda a sua vida.

E, quando ele chega na sala, ele agradece por isso.

Louis está lá, deitado com seu pequeno corpo encolhido enrolado na coberta como um casulo, do lado dos cacos de vidro. Ele havia adormecido ali. O coração de Harry se quebra de imediato.

Quase correndo ele vai até o menor, que acorda abruptamente. 

  — Ah, o que? — O mais baixo pergunta ainda meio grogue pelo sono, seus olhos quase fechados.

  — Vem, vamos para a cama... — Harry responde quase tão baixo quanto Louis.

O azulado assente confuso, deixando que Harry o pegue no colo com cuidado, quase como se tivesse o acolhendo para si. O aperto entre os dois corpos é considerável. Styles deixa-o na cama de leve, o cobrindo e beijando seus lábios diversas vezes.

— O que significa isso?

Louis murmura olhando nas íris do mais novo, e segurando em seus ombros.

— Um pedido de desculpas? — Sugere, colando mais uma vez a boca na de Louis. 

Louis aceita o beijo quente e terno, retribuindo o quanto o seu sono deixava. Enroscou seus dedos pequenos no cabelo cacheado de Harry.

— Está desculpado. 

— Você ainda está apaixonado por mim? — Harry pergunta inseguro, aspirando o cheiro do menor de seu pescoço com toda a paixão.

  — Olha para mim. — Ele manda, encarando o encaracolado. — Eu, Louis Tomlinson sou completamente, perdidamente, loucamente apaixonado por você. E se você não colocar isso na sua mente de uma vez por todas, nós vamos ter um problema.  

Um sorriso brinca nos lábios de Harry, que puxa o menor pela cintura para perto de seu grande corpo.

  — O maior problemão que eu arranjei foi você. Mas eu sempre gostei de problemas, sabia disso? — Ele bajula o menor, que cora e bate no peitoral dele. — Me perdoa, eu amo você... É difícil para mim com tudo isso, ainda. Eu vou melhorar.

Louis nega com a cabeça, beijando sua mão.

— Acho que também te devo um pedido de desculpas. Eu exagerei. 

Harry balança a cabeça positivamente, apertando o menor em seus braços.

— Ai! Você está me sufocando! — Louis diz entre risos. Harry o aperta mais.

— Quero fazer a questão que você não fuja de mim nunca. Tenho que te manter protegido, e como você não cabe dentro de um pote, os meus braços são um ótimo refúgio, certo?

O menor revira os olhos, passando sua perna para cima da perna de Harry e esfregando seus pés em um carinho gostoso. Louis olha para Harry e para seus braços, e pensa que realmente, o seu melhor refúgio sempre será o seu namorado.

Ele sorri, e completa:

— Certo.



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