0.5 Vulnerable

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CAPÍTULO CORRIGIDO.

Hoje o capítulo vai ser diferente, ele vai ser todo no ponto de vista do Louis. Boa leitura. Ah, a música do capítulo e também a que fica tocando no celular do Harry é Bad Habit - The Kooks, 

Xx.

  👿

— Droga. Essa merda não pega aqui.

Eu havia insistentemente passado os últimos quarenta minutos tentando fazer meu celular pegar sinal, o que não estava funcionando. Eu praguejava e batia minha mão na parte de trás do aparelho, implorando por algum milagre. Passar a noite com Harry em um celeiro definitivamente não fazia parte de meus planos.

— Cara, dá pra você parar por um segundo? Você já deve ter percebido que o sinal não pega, pare de insistir. — Harry murmurou entre dentes.

Ele estava sentado em um canto, com as pernas uma em cima da outra e os braços cruzados. Resumindo, ele não fazia esforço nenhum para conseguir falar com alguém. Era noite, provavelmente não haveria nenhuma alma penada vagando pelo sítio, não adiantaria gritar. Mas, ficar sentado também não era a melhor forma de se resolver a situação.

— Você realmente acha que ficando aí parado nós vamos magicamente sair daqui? Não sei sobre você, mas não gosto de dormir com aranhas. — Ultrajei, colocando ambas minhas mãos na cintura.

— Então eu espero que você tenha feito um ótimo trabalho em limpar as teias.

— Eu vou arranjar um jeito de sair enquanto você estiver dormindo, e irei te deixar mofando aqui pela eternidade. — Falei baixo esperando que a frase convencesse o maior a se levantar e agir.

— Isso não funciona comigo, Louis. — Seu tom era sarcástico, o meio sorriso demonstrava uma falta de interesse imensa.

— Não era para funcionar.

Senti minha cabeça pulsar, o estresse me consumindo outra vez. Sentei em um pedaço de madeira, me escorando na parede. Harry fingia prestar atenção em seus pés, como se tivessem algo de realmente interessante. Bufei, levando minha mão até o meu bolso pegando o maço de cigarros conhecido. Ah, a minha velha amiga nicotina. A única que me entende. Peguei um isqueiro preparando-me para acender o motivo de minha euforia, quando a voz de Harry interrompe minhas ações. Frustrado, o olho.

— Não sabia que você tinha apelado para os cigarros, Tomlinson. — Seu tom era repreensivo, porém o sorriso ainda malicioso.

— Ele é o que presta em minha vida. O cigarro é a única coisa que não me fode ultimamente. — Falei sorrateiro contra minha vontade, voltando minha atenção para o cigarro, acendendo-o.

Não entendia o motivo de suas provocações, tudo o que eu mais gostaria naquele momento era ficar quieto em meu canto. Mas, não. Sempre quando eu decidia não implicar, como se fosse lendo meus pensamentos, ele tomava a iniciativa.

— O cigarro não te fode, e muito menos alguém... Julgando pelo seu estresse, é claro. — Ele sorria falso, vi algum brilho estranho refletir em seus olhos.

— É, muito menos alguém. — Concordei, cansado de discutir. Levei o cigarro até meus lábios, o fazendo grudar durante milésimos de segundos, devido ao papel seco, e minha boca úmida. Passei a língua por ela, suspirando e olhando para o teto.

Me sentia entendiado e irritadiço. Não queria ficar no mesmo ambiente que Harry, pois estava cansado emocionalmente e psicológicamente, e estar com ele era sempre um comando para o meu corpo entrar no cansativo modo defensivo. Mas, se Deus existe ele me escutou neste momento. Harry desistiu de tentar me desafiar, acabando por ficar quieto em seu canto. Era melhor assim, de qualquer forma. É óbvio que não gostava de ter rixas, nunca fui esse tipo de cara, porém quando sou magoado ou afrontado é difícil para voltar atrás. Sou rancoroso ao extremo, e isso me fez aprender que, quem não se importa, sofre menos com decepções. 

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