1.2 Starring

7.1K 906 842
                                    

CAPÍTULO CORRIGIDO, graças a deus.

Crush Culture é a música, podem colocar já.

Beijos boa morte. Digo, leitura.

-X-

Depois de ficar aproximadamente uma hora deitado em sua cama, apenas com a toalha felpuda ao redor de seu corpo, Louis foi até o quarto de Stanley. Ele sabia de tudo. Do início até o final, porém provavelmente mataria Louis quando soubesse que ele se deitou com Harry.

Mesmo sabendo disso, o menor foi até o quarto do amigo batendo na porta fracamente. Estava frágil, ainda só com a toalha apoiada em seus dois ombros o cobrindo. Uma cueca e pijamas amontoados em sua mão pequena.

A porta foi aberta depois de alguns segundos.

— Louis? — Stanley o fitou de cima a baixo, com os olhos arregalados e puxando o menor para dentro rapidamente. — Oh meu deus, o que houve com você Lou?!

Louis respirou fundo e preparou-se para responder, mas o maior foi mais rápido, balançando sua cabeça como se afastasse pensamentos.

— Quer saber? Esqueça. Vista-se, eu vou estar no banheiro esperando você terminar. Me chame.

Com passos leves Stanley adentrou o banheiro e sentou na privada, se perguntando o que havia acontecido para encontrar Louis tão quebrado novamente. Do outro lado da porta, Louis se vestia sem pressa nenhuma. Sentia-se como se finalmente tivesse descoberto quem era, mas ainda sim doía e tinha um longo caminho pela frente.

Tomlinson tinha certeza que estava louco. Pois, apesar de tudo isso, estava se sentindo muito melhor ao lado de seu inimigo do que do lado de Stanley, que sempre estava ali para ajudá-lo, ou até mesmo sozinho.

Depois de vestir-se todo, ele chamou o nome de Stan, o mesmo saindo perturbado do banheiro.

— Você está bem? — Perguntou apenas, se sentando ao lado do amigo em uma poltrona pequena. Os dois ficando esmagados. Louis não respondeu. — Louis, o que houve?

Louis virou a cabeça em direção ao seu amigo, piscando ambos os olhinhos azuis. Ele apertou as mãos e se aconchegou no ombro do mesmo. Ele teria que contar o que houve.

— Eu me deitei com Harry.

O menor jogou sem enrolações. A essa altura do campeonato, não havia mais tempo para joguinhos. No entanto, Stan não estava preparado para tal informação, arregalando seus olhos e se afastando minimamente de Louis. Ele definitivamente estava incrédulo.

— Não posso acreditar que você fez isso consigo mesmo. Só não posso. — Ele estava com as duas sobrancelhas arqueadas e uma feição séria.

Louis não aparentava estar envergonhado. Era uma das poucas vezes em que ele deixava transparecer o que sentia. Extremamente raro. Deixando esse fato de lado, Stanley continuava insano com o que acabara de ouvir, sua testa estava avermelhada e suas mãos tremiam.

— Eu também não acredito. — Confessou baixinho, tocando em seu próprio lábio, deixando um sorriso fraco aparecer.

Depois de pouco tempo, Louis explicou como foi. Explicou que havia ido no antigo pier, falou tudo nos mínimos detalhes. Estava feito. E, como se não bastasse a tensão no quarto, três batidas na porta foram ouvidas. Louis e Stanley trocaram olhares.

Antes que o menor pudesse dizer algo, seu amigo já estava marchando até a porta, seus pulsos marcados pelas veias saltadas pela raiva que sentia de Harry. De nada havia adiantado Louis ter o dito que havia gostado, porque francamente, a queda que tinha por ele era maior que qualquer coisa. E o ciúmes que estava sentindo também. Ele colocou sua mão no trinco, abrindo-o e dando de cara com um Harry de cabelos molhados e pijamas.

Louis sentiu muito por ele. Stanley não era boa pessoa quando estava com raiva.

Mas Harry não foi embora, ele continuou parado ali. O mesmo levantou sua cabeça para cima do ombro de Stanley, visualizando a figura de Louis encolhida em seu sofá.

— Eu sugiro que você não mexa muito a sua cabeça. Seu rosto está parecendo muito tentador para o meu punho nesse momento.

O amigo cerrou seus dentes. Louis não aguentava mais tanta explosão. Será que não era permitido se ter paz para ele? Era algum tipo de maldição?

— E eu sugiro que você não se intrometa. — Retrucou Harry, se aproximando mais de Stanley com sua postura ameaçadora. — Me deixe entrar.

O outro gargalhou, revirando seus olhos logo em seguida. Era patético. Sua expressão foi de deboche para ódio em milésimos de segundos.

— Vá se foder.

— Olhe cara... — O de olhos verdes se aproximou, pegando Stanley pela camisa. — Isso não cabe a você. Se você acha que pode se intrometer sem saber metade da história, está muito enganado.

Novamente ele gargalhou, empurrando o cacheado para longe e arregaçando suas mangas.

— O único que não está a par das coisas aqui, é você Styles.

Louis já sabia onde isso iria acabar. Ambos iriam terminar se socando, ou coisa pior. Ele precisava impedir, porém já estava sobrecarregado de tantas emoções. Mesmo estando esgotado, ele levantou da poltrona. Na hora que o fez, Harry e Stanley voltaram seus olhares para ele, de forma ameaçadora. Louis entendeu o recado, colocando ambas as mão para cima em rendição e sentando-se novamente.

— Eu não estou entendendo onde você quer chegar. — Harry respondeu o homem á sua frente, suas veias saltadas.

— Você nunca vai entender nada, porque é um idiota que vive em seu próprio mundo! — Respondeu.

Os tons de voz estavam muito mais elevados do que seria considerado alto. Nesse momento, os outros garotos, e as irmãs de Tomlinson já haviam saído de seus quartos, se aproximando para ver o que acontecia.

— Então me explique. — Ele responde, revirando os olhos com os braços cruzados.

— Você ao menos se preocupou em saber do motivo de Louis não falar com você, durante todos esses anos, antes de fodê-lo no jardim em plena madrugada?! — Stanley berrou.

Agora, todos se encontravam paralisados, menos Harry e Stan que continuavam em suas bolhas de ódio. Louis não queria estar ali, como sempre. Aquilo era uma confissão para seu amigo, e um momento íntimo entre o mais alto e ele.

 Um pressentimento ruim tomava conta de si, mais forte do que nunca.

— Ele é sensível, Stanley. Se magoa com tudo, e muitas vezes eu mesmo fiz por merecer. É exatamente sobre isso que eu vim conversar com ele. Qual seu ponto?!— Harry vociferou de volta para o moreno, esquecendo que o menor estava ali.

Oh sim. Se houvesse um Deus, ele com certeza odiava Louis com todas as suas forças.

O menor ainda estava na poltrona, incrédulo com as novas palavras que saíam a cada momento da boca dos homens na porta.

— Vai se ferrar! — Um soco impulsivo foi desferido da parte de Stanley, diretamente no estômago de Styles. Ele gemeu em desgosto sentindo a pancada. — Eles iam mandá-lo para um colégio interno em outro país, sabia?! E como castigo por ter fugido o pai dele jogou ele da porra da escada!

Assim que percebeu o que havia feito e dito, Stanley parou no lugar estático.

Ele analisou as faces de todos presentes. Cada um deles chocado, sem exceção. Harry sentiu suas mãos suarem e seus batimentos ultrapassaram o limite do saudável, com toda certeza.

Louis sentia seu coração se afundar em seu peito. Como se estivesse sendo esmagado e ele não conseguisse controlar. Como seu melhor amigo havia tido a coragem de falar algo assim? Ele não se movia, seus olhos brilhantes e arregalados. Todos temendo por sua reação. Subitamente, seu peito começou a mover-se rapidamente, como se tentasse controlar-se

— Foda-se essa porra.

Tomlinson jogou a manta que o cobria no chão, e então correu porta á fora, não ousando olhar para ninguém enquanto o fazia. Seus pés afundando na madeira com força, fazendo altos ruídos.

Ele desapareceu de vista.

Habits Of My HeartOnde as histórias ganham vida. Descobre agora