EXTRA 2: What A Feeling

4.1K 585 352
                                    

  — Vamos lá! Sorria. Só um sorrisinho, só! 

Louis insistia enquanto segurava a câmera focada em um namorado consideravelmente vermelho devido ao frio.

Louis e Harry estavam na França. A viagem tinha sido organizada e ansiada durante meses pelo casal. Quando finalmente viajaram, foi um verdadeiro sonho. O único quesito que os atrapalhava, era que Harry não era realmente um modelo disposto a tirar diversas fotos. 

— Harry fodido Styles, nós estamos na França na frente da merda da torre Eiffel. Sorria, filho de uma puta!

Harry revirou os olhos pelo tanto de palavras ofensivas que o parceiro havia utilizado. Obrigou-se a dar um sorriso mínimo, afinal de uma forma ou outra Louis tinha razão. Mas, ainda frustrado o pequeno abaixou a mão com a câmera e foi até o namorado.

  — Poxa. Eu estou sendo uma companhia ruim, Harry? 

  — Não, nunca. — O cacheado puxa o menor em cima de todas as camadas de roupas que ele usa e o beija nos lábios.

  — Então porque diabos você está sendo um saco? — Perguntou sério, os braços cruzados.

  — Você sabe que não gosto de tirar fotos... — Tentou justificar.

— Nós estamos em Paris, Harry! Dá um tempo. 

Com isso, o pequeno saiu marchando sem rumo no meio dos franceses. Minutos depois, ele volta.

  — Eu não sei onde é o hotel. 

Harry revirou os olhos, pegando o menor pela mão e entrelaçando seus dedos.

  — É claro que não sabe.

Louis direcionou seu olhar para ele, cerrando seus cílios em ameaça. Mas, não durou muito. Eles não brigavam por muito tempo. Porém, brigavam em grande quantidade.

As férias estavam sendo merecidas. Após terminarem a faculdade, estavam exaustos e com saudades de seus amigos. Assim que terminassem sua estadia na França, o destino seria a antiga casa da fraternidade. Mal podiam esperar. Louis estava ansioso para mostrar para seus amigos o quanto havia mudado.

Andando pela cidade junto de alguns turistas, as luzes iluminavam toda a rua por onde passavam. De mãos dadas, observavam os locais e faziam comentários muitas vezes idiotas sobre as placas nem um pouco entendíveis dos locais.

  — Harry, nós somos idiotas pra caralho. Viemos para cá, e ao menos sabemos se aquela placa, — Apontou. — é de uma pizzaria, ou de um hotel.

  — Ainda bem que alguém...— Ele tossiu, indicando a si próprio. — Tem o número da rua que é o hotel. Se não fosse por mim estaríamos perdidos em Paris.

  — Bom, ainda é Paris. Não ligaria tanto de ficar perdido por aqui. — Deu de ombros.

  — É, foi por isso que você voltou correndo assim que percebeu que ia se perder.  

Harry riu, apertando a mão do homem ao seu lado. Ele indicou com a cabeça um prédio de esquina. Eles andaram até ele e adentraram o mesmo. 

A chuva começava a cair, já era audível mesmo de dentro do hotel. Subiram para o quarto que haviam pagado. O cansaço os dominava, haviam passado o dia inteiro vagando pela cidade.

— Eu vou tomar um banho. — Anunciou Louis, jogando seus casacos por cima da cama de qualquer jeito.

Mas, antes que ele pudesse entrar no banheiro, um grande ser humano de cabelos cacheados correu até ele, o puxando com seus braços e o agarrando pelo pescoço. Os dois cambalearam abraçados desajeitados pelo quarto, enquanto Harry ria.  

  — Ai! Por que fez isso?— Louis pergunta, mal humorado.

  — Porque eu estava afim. 

Harry responde, dando de ombros. Ele ainda não havia deixado o pescoço do namorado de lado, ainda agarrado no menor.

  — O infantil da relação sou eu, Harry. Isso está errado. — O azulado nega com a cabeça.

Louis se vira de frente, abraçando o maior, seus braços ao redor dos ombros do mesmo, e as mãos de Harry rodeando sua cintura em um abraço sem espaços entre si. Harry soltou uma risada baixa. Ele sussurra contra o pescoço de Louis:

  — Que sensação de estar aqui do seu lado você, te segurando nos meus braços... 

  — Pare de citar músicas para mim. Você acha que eu sou idiota?— Louis brinca, apertando ainda mais Harry contra seus braços.

E ali, ambos soltam uma risada uníssona. O quarto fica em silêncio durante alguns segundos. Louis se afasta somente o suficiente para poder encarar nos olhos verdes do maior.

  — Eu amo você, sabia? — Conta, como se fosse um segredo.

Harry se faz de desentendido.

— Eu? — Ele pergunta e Louis confirma com a cabeça. — Hum, isso é bom. Porque eu também amo você.

Dessa vez, Louis franze o cenho.

  — Eu? — Imita, vendo o maior revirar os olhos e murmurar um "Cala a boca." 

Continuam abraçados durante minutos, talvez horas.



Habits Of My HeartOnde as histórias ganham vida. Descobre agora