Capítulo Dezoito

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   Uma semana depois...

   Quando alguém diz que não tem melhor que a nossa casa, quis também dizer que não tem lugar melhor do que seu próprio país. Seu próprio país onde você entende exatamente o que as pessoas estão dizendo ao seu redor e o frio não é extremo. Depois desse episódio na Alemanha vi que amo o Brasil e é claro, o seu clima!

   Nessa última semana com a chegada da Alemanha as coisas estavam calmas e tranquilas ao máximo! Marisa que havia sido trazida pelo da Alemanha ainda inconsciente já se encontrava lúcida. Assim que havíamos chegado no Brasil eu tinha feito Júlio me levar direto para o hospital em que Marisa estava. Ela havia acordado no segundo dia que estávamos no Brasil e é era evidente, que estivera e seu quarto no exato momento. Foi a três dias atrás que Marisa tinha se deparado com a sua nova e bem melhor realidade. Ela tinha olhando em volta até prender os olhos em mim, que mal podia segurar as lágrimas e manter o sorriso mais aberto em meu rosto.

Bem-vinda de volta irmã!

   Eu havia dito assim que tinha pulado praticamente em cima dela, que tinha rido e chorado comigo. Tinha sido um dia maravilhoso, pois eu tinha ouvido a sua doce voz novamente!

   Esses três dias em que eu me mantinha sem sair de seu quarto em que ela ainda estava sendo mantida, já que ela iria começar a passar pelo processo de intoxicação junto com mais três garotas que tinham sido trazidas da Alemanha também. Todas tinham sido injetadas substâncias que eram um novo tipo de drogas usadas pelo o mundo das drogas. A abstinência dela não era muito fácil de se superar, então lá estava mais uma prova para Marisa passar. Mas agora ela não estaria sozinha, pois eu estaria ao seu lado para ajudá-la!

   Tínhamos conversado em seus momentos mais lúcidos sobre qualquer coisa. Tínhamos falado do passado das coisas boas que fazíamos e até mesmo com eu havia conhecido todos os que vinham para ver como estávamos e se precisávamos de alguma coisa; tirei é claro, as coisas ruins e disse só as boas em nossas conversas. Tanto ela quanto eu não tocamos no nome de Sabrina e nem chegamos a falar o que ela evidentemente havia sofrido em Berlim. Ele não parecia pronta para reviver e eu não queria força-la a nada que ela não estivesse confortável.

   Hoje quando eu acordei mais uma vez na poltrona que tinha se tornado minha cama improvisada, Marisa sendo como eu me lembrava: protetora e cuidadosa comigo, falou que eu precisava de um descanso. Que não era bom para mim ficar tanto tempo em um hospital. Eu tinha insistindo que eu estava bem e que não estava pronta para sair do seu lado.

   Tudo bem, admito que eu parecia uma criança que tinha medo de que se eu fosse embora não a encontraria quando voltasse.

   Mas depois dela ter cedido pela manhã quando Júlio veio ver como eu estava a uma hora atrás, Marisa que começava a se familiarizar com as novas pessoas que nos rodeava, disse para ele me levar e me fazer descansar. Eu tinha insistindo mais um pouco que estava muito bem e que podia ficar, mas Marisa com o apoio total de Júlio, me fizeram (ainda que a contragosto) ir e só voltar amanhã a partir do meio-dia, como Marisa havia falado. Ela havia dito que se eu aparecesse antes do meio-dia ela não me deixaria entrar, então assenti e segui para fora do quarto com Júlio. Tinha visto antes de sair do quarto os olhos de Marisa, que ás vezes entravam em uma escuridão. Eu sabia que toda as vezes que sua expressão do nada murchava ou se tornava sombria, era as lembranças que se serpenteavam em sua cabeça. Ela parecia esconder de mim para não me preocupar, mas ainda assim, eu conseguia ver pequenos fleches. Mas ela mais uma vez tinha escondido qualquer que fosse o assombro que ela pensou atrás de um sorriso para mim. E com o sorriso que quase não chegou em seus olhos ela me repeliu do quarto.

Perdendo-se pelo CaminhoWhere stories live. Discover now