Capítulo Doze

1.3K 144 12
                                    

Como vocês quiseram aqui um capítulo novinho ! :D ♥


♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*   


Após Alexander se afastar jurando que nos encontraríamos de novo mais tarde (esse juramento tinha sido feito olhando nos meus olhos e mostrando o que ele não fazia questão, de esconder de meu marido), Alberto se desculpou e seguiu o sobrinho também. Foi impossível não ter soltando um suspiro disfarçado quando os dois não eram mais vistos.

—Meus parabéns! —felicitou Henrique aparecendo ao nosso lado novamente. —Uma prova de fogo para ambos. Que se saíram muito bem, já que ainda continuam respirando.

—Como eu disse eu não estou aqui por mim. —disse Júlio que ainda se encontrava tenso.

   Seja lá o que Alberto tenha feito Júlio lembrar, estava sob sua pele e lutava para sair por sua expressão perfeita....

—Begrüßen Sie alle! (Tradução: Sejam todos bem-vindos!) —ouvi uma voz conhecida se sobressair sobre as demais no salão e assim fazendo todos virarem a cabeça na direção das escadas, onde agora, Alexander se encontrava e olhava para todos como se fosse o rei do mundo. — Nun, ich hoffe, Sie genießen Sie die schönste Teil des Abends! (Tradução: Agora, espero que aproveitem a parte mais prazerosa da noite!)

   Ao ele apontar na direção de duas portas, que eram opostas as da entrada, vi vários dos homens que continham uma taça cristalina nas mãos sorrirem quase que sadicamente. As portas que tinham sido apontadas por Alexander tinham sido imediatamente abertas por dois homens atarracados, que eram bem parecidos com todos os seguranças que eu tinha visto ao decorrer até chegar nesse bendito salão.

   Enquanto as pessoas ao meu redor pensavam em coisas que eu não queira nem imaginar, eu pensava que ao passar aquelas portas eu veria novamente Marisa. Depois de um pouco mais de dois meses eu finalmente a veria!

   Tão absorta em meus pensamentos fui andando mecanicamente enquanto Júlio me conduzia para as portas abertas. Ainda absorta em meus pensamentos me assustei completamente ao sentir alguém tocar e dar um leve puxão em meu braço. No susto me virei de supetão para ver quem havia me tocado. Ao virar dei cara com um homem que eu nunca tinha visto na vida. Ele tinha os cabelos levemente escuros que emolduravam um rosto meio velho, por volta dos 50 e poucos anos talvez, que por um instante me pareceu familiar. Seus olhos me olhavam com um certo espanto, que me deixou confusa.

—Ich kann dir helfen? (Tradução: Eu posso ajudá-lo?) —indagou Júlio em alemão ao notar o homem que me encarava sem a menor discrição. O homem, que era mais alto do que eu, pareceu ouvir a pergunta e sair de algum transe que o prenderá a me olhar. Piscando os olhos ele negou com a cabeça passando os olhos de mim para Júlio e de relance em mim novamente. Por um breve instante aquela familiaridade pareceu coçar o fundo da minha mente, mas foi jogada fora quando Júlio me virou e continuamos a andar em direção as portas que me levariam até Marisa.

   Após termos passado pela porta e descido por uma pequena depressão, deixei de pensar nas coisas a minha volta e foquei nas emoções que eu sentiria ao finalmente ver Marisa. Ao viramos à esquerda começamos a descer a uma escadaria, que eu não tive senso para me preocupar em descer com cuidado por causa daqueles maléficos saltos. Mas antes mesmo de chegar no final dela eu já podia sentir o ar diferente, que entrava pelas minhas narinas e quase se prendia em minha garganta.

   Júlio o tempo todo me dando uma força, que eu recebia de bom grado. Quando chegamos ao patamar plano do lugar vi as coisas a minha volta como se fosse um filme ruim de prostituição. A iluminação baixa junto com as paredes que eram de um vermelho escarlate e o chão plano revestido por um carpete macio escuro, mostravam o quanto ali era cuidado. Notei até um bar com um imenso balcão, que já acomodava alguns homens. Olhei para tudo aquilo, mas somente as jovens garotas vestidas de um jeito depravado me prenderam a atenção. Elas pareciam estar sentadas até um minuto atrás, em um palco que se encontrava ao lado oposto do bar. Agora elas começavam a dar passos suaves em direção aos vários homens e até mesmo casais, que ali se encontravam e olhavam como se aquilo fosse nada mais que prazeroso. Olhei um pouco espantada ao ver que algumas das garotas já se enroscavam em alguns homens...

Perdendo-se pelo CaminhoUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum