Capítulo Quatorze

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—Vocês me fazem ver que morar sozinho é uma merda! —riu Henrique fitando Júlio com a mesma diversão que se encontrava nos olhos verdes de Hugo. E também recebendo o mesmo olhar que Hugo recebeu há míseros segundo atrás. —Bom, deixa eu ligar para os meus velhos amigos e mandar ele se prepararem....

   Henrique continuou rindo quando se levantou e já foi tirando o celular do bolso discando algum número.

—Vêm comigo Hugo... —disse Julia mandado um sorriso doce antes de se levantar. —Agora!

—Vai lá cãozinho amestrado. —escarniou Júlio quando Hugo se pôs de pé sem pestanejar.

—HAHA! —riu Hugo abertamente mostrando que sua risada era no mínimos contagiante. —É melhor prestar bastante atenção nessas suas palavras, meu amigo.

   Antes de sair andando confiantemente atrás de Julia ele fez questão de mandar uma piscadela junto com um sorriso conspiratório para mim. Que eu até tinha entendido o significado, mas decidi que não queria raciocinar totalmente o significado por trás deles na minha cabeça. Não queria pensar que tinha algum tipo de poder sobre Júlio...

—Eu vou subir...

   Me levantei pronta para ir quando Júlio ao meu lado se levantou também e antes de eu dar um passo ele já segurava meu pulso. E mais uma vez foi impossível não sentir o pequeno choque que surgiu com o contato de sua pele na minha.

—Vêm comigo. —ele pediu me encarando e eu sem o meu próprio consentimento assenti.

   Qual era o meu problema em pensar quando Júlio estava me tocando ou me encarando como agora?

   Não sabia qual era o problema e agora não seria o momento para descobrir, já que caminhando calmamente atrás dele eu tentava acalmar meus nervos. As milhões células no meu corpo tinham no mínimo uma dose de ansiedade! Eu não conseguia parar de pensar em amanhã e de como a minha parte seria essencial! Se eu fizesse algo errado, além de Marisa continuar lá presa, eu também ficaria e não poderia mais ajuda-la...

—Aí! —praguejei quando bati nas costas de Júlio, que havia parado e eu tão perdia nos meus pensamentos ou nervos que nem tinha percebido.

—Você parece prestes a ter um ataque de nervos em... —ele começou assim que virou para mim e analisou meu rosto por alguns segundos. —3...2...1.... Agora!

—Ah, pelo amor né?! Você realmente vai ficar aí contando quando eu vou um colapso nervoso?! —me revoltei por sua contagem. —Olha aqui seu...seu....

—Seu...? —ele incentivou abrindo aqueles olhos esperando pela a minha resposta... 

   Que não venho!

—Arhg! Eu estou uma pilha de nervos! —lamentei. —E você não está ajudando!

—E como eu poderia te ajudar?

—Não sei. —eu disse derrotada. Não sabia o que fazer para parar os pensamentos de que tudo poderia dar errado amanhã. —Você tem algum calmante que me ajude dormir hoje?

   Duvidava que conseguisse dormir está noite pensando que o dia que tanto eu tinha esperando, tinha finalmente chegado.

—Não. É mesmo se tivesse não daria um para você. —ele retrucou e levantou a mão quando eu iria replicar indignada. —É por isso que eu quero que você venha comigo.

   Ele abriu uma porta da qual eu nunca nem tinha visto ou talvez tenha?

   Mesmo sem entender passei por ele é comecei a descer as escadas que se seguiram assim que atravessei a porta.

Perdendo-se pelo CaminhoWhere stories live. Discover now