13 - O Despertar do Cosmo e Um Pedido de Desculpas

355 35 4
                                    

Custou muito para tirar a garota de cima do amigo quando ela descobriu que ele tinha feito aquilo com seu cabelo, este que era enorme, assim como o de Ana. A virginiana mais velha veio acompanhada pelo cavaleiro da sexta casa, com os cabelos úmidos e as roupas de treino, o azul estava lá evidente em suas mechas, assim como a indignação estava visível em seu rosto.

— Vocês bateram a cabeça quando nasceram? — Lucas perguntou de forma grosseira, com toda a confusão que havia acontecido ele e Afrodite tiveram tempo de chegar até a casa de leão. — E se elas fossem alérgicas a esse tipo de tinta? Vocês pensaram nisso?

— Claro que não. — Guilherme revidou, estava sentado a mesa da cozinha, o pessoal rodeava a mesa para ouvir e argumentar. — Na realidade, eu fiquei preocupado com a asma da Ly, e foi por isso que vim correndo para cá, para saber se ela estava bem.

— Depois de fazer é fácil dizer isso. — Ana disse balançado a cabeça negativamente. — Nós mal chegamos aqui, imagina se Athena resolve punir a gente?

— Mesmo que ela resolvesse isso, ele não agiu sozinho. — Camus explicou mirando seus olhos sobre o amigo de escorpião. — Como mestre, você deveria instruir seu aluno para o bem.

— Foi apenas uma brincadeira, vocês poderiam levar menos a sério? — o escorpião rebateu o amigo, era para ser engraçado, mas acabou sendo uma coisa muito chata. — O fato é que ninguém se machucou. — continuou. Aiolia e Guilherme lançaram ao azulado olhares de ódio, os dois ainda sentiam as pernas bambas pelos socos e chutes da mais nova.

— Bem… Não vai sair mesmo. — Ly adentrou a cozinha secando os cabelos com uma toalha. Ela estava decepcionada com a atitude do amigo, mas não dava para voltar atrás. — Isso foi ridículo. — afirmou ficando ao lado de Aiolia.

— Está melhor? — o leonino a viu responder com um aceno positivo, ela estava chateada, mas fisicamente estava bem. — Então vamos treinar, antes que a Srtª.Athena venha pessoalmente ver essa bagunça.

— Ana… — Guilherme olhou a amiga como se a pedisse desculpas, mas a morena apenas acenou negativamente e saiu ao lado do cavaleiro de virgem. Ly fez o mesmo, pelo visto, eles ficariam sem se falar um bom tempo.

Cada um seguiu seu devido rumo, como Shaka e Aiolia já haviam feito Ana e Ly expandirem o cosmo, eles agora iriam ajudá-las a escolher um elemento para dominar, apesar do elemento delas já estar mais que explícito. Ambas foram para a arena central para se enfrentarem em batalha, mesmo com a inexperiência que tinham. O objetivo era saber o que elas sabiam sobre uma luta corpo a corpo, e isso foi bem mais fácil para Ana, porque ela possuía um estilo de luta no qual praticava, o Kong Fu.

— Tsc… — Ly tinha os olhos no chão, já era a teceira a vez que tinha encontrado com ele.

— Levante-se. — Aiolia pediu, ele tinha notado que a experiência dela era quase zero nessa situação. — Lembre-se, precisa se concentrar.

Como se ela não estivesse tentando, muitas coisas estavam a impedindo de continuar, e talvez estar ali fosse uma delas. Ambas armaram a guarda para se enfrentarem, o cosmo as rodeava e naquele momento Ly se lembrou de uma das explicações sobre o cosmo. É necessário canalizar a energia cósmica para que ela surta efeito em seus golpes físicos, visto isso, a mais nova começou a se concentrar para realizar tal feito. Ana investiu lhe acertando com um chute na altura da cintura, mas antes que pudesse acertá-la, Ly se moveu flexionando os joelhos e abaixando, aparando o golpe com o braço direito, já que o esquerdo ainda estava enfeixado. Ana pôde sentir a força que a menina havia empregado ali, podia até sentir sua perna doer. A morena mais nova girou o corpo e apoiando-se no braço machucado acertou o queixo de Ana com o pé.

— Nossa… — Aiolia se moveu rápido para aparar Ana, que havia voado para cima e se bateria contra o chão quando caísse. — Quem te ensinou isso, Ly? — o loiro pousou deixando Ana no chão.

— Ninguém. — a pequena se sentou, podia sentir seu braço latejar de dor. — Eu só pensei que fosse possível.

— Foi tão rápido, eu nem consegui acompanhar. — Ana disse, escorria gotas simples de sangue pela lateral de seus lábios. — Acho que por hoje chega...

— Tem razão. — o cavaleiro de virgem pronunciou. Ele sabia que com o tempo Ly representaria o maior perigo que eles poderiam enfrentar, mas isso deveria ser deixado para o tempo resolver. 

….

Não tão longe dali, Lucas treinava com Afrodite. Ele ainda não havia despertado o cosmo, o pisciano havia optado pelo treino físico para preparar o corpo do pupilo, esse que deveria ser forte o suficiente para manipular bem o cosmo e sem dificuldades dominar os golpes. Lucas treinava com outros aspirantes, era algo interessante, mas completamente chato, afinal, tudo se resumia em chutes e socos, ele próprio não achava que ia conseguir se superar dessa forma.

— Confesso que o cosmo de suas amigas é poderoso. — o pisciano disse olhando o mais novo, que já havia acabado toda a tarefa do dia. — O da Ly chega a se igualar uma pureza divina…

— Isso é ruim? — Lucas questionou olhando o mestre, estava cansado e suado.

— Não… Mas é estranho. — e ele tinha razão, nunca tinham encontrado alguém que fosse possuidor de um cosmo tão suave, nem mesmo Shun chegava a tal nível. — Agora vamos, não temos a perder.

— Afrodite! — ambos escutaram uma voz familiar, ao lado de ambos uma ruiva alta pousou. Usava as típicas vestimentas femininas de treino, os cabelos estavam no meio das costas e uma máscara lhe cobria o rosto, escondendo uma feição delicada e belos olhos azuis. — Já está indo embora?

— Olá Marim! — o pisciano cumprimentou. — Meu treino acabou, estava me preparando para retornar a casa de peixes.

— Eu estava pensando em te convidar… — os olhos da mulher pousaram sobre Lucas. — Ah… Olá. — ela sorriu sem jeito por baixo da máscara, havia esquecido de cumprimentar o pupilo do amigo.

— Oi… — Lucas passou a mão pelo cabelo embargado pela vergonha.

— Pensando em me convidar pra que? — Afrodite cruzou os braços sentindo-se chateado pela desatenção da amiga. — Marim…

— Ah… Podíamos fazer uma daquelas festinhas que fazíamos, lembra? — a ruiva perguntou retornando o olhar para o cavaleiro.

— Pra isso eu sirvo, ne? — o azulado suspirou, pelo que parecia a menina havia se encantado com seu pupilo e esquecido dele. — Mas eu aceito, passa nas casas convidando o pessoal, eu e o Lucas vamos preparar as coisas.

— Eu??? — Lucas colocou a mão no peito. — Mas eu… — Afrodite o segurou pelo braço arrastando escadaria acima. — Ai ai calma, calma!

— Faz silêncio, faz? — Afrodite o soltou enquanto caminhava, ainda irritado pelo que havia acontecido no início da semana. — E fique longe das bebidas, ouviu?

— Você ainda está magoado com aquilo? — o moreno questionou meio abismado, era muito rancor pra um Afrodite só. — Olha, desculpa, eu falei da boca pra fora.

— Cala a boca, eu não quero saber. — esbravejou o pisciano. — Você vai me ajudar e ponto final… Espera, você me pediu desculpas? — o azulado outro bem para o aluno.

— Sim. — Lucas confessou. Parecia que o mestre estava tão focado em puni-lo que só percebeu isso depois.

— Tudo bem, eu te desculpo. — o cavaleiro passou a mão pelos cabelos. — Mas só porque eu sou muito legal, o mais belo e elegante cavaleiro do zodíaco.

Enlouquecendo seus Ídolos - O Começo (Cavaleiros Do Zodíaco) Kde žijí příběhy. Začni objevovat