12 - Ly 2, Países Baixos 0

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Assim que Guilherme saiu da casa de leão Ly pôde se sentir desconfortável, aquele cheiro horrível de tinta a sufocava. Mexeu-se na cama cutucando Aiolia, este que acordou imediatamente e arrancou o lençol que os dividia num ato sem pensar.

— Ly? — ele se aproximou. — Acorda menina! — chamava enquanto a balançava.

— O que… — a morena abriu os olhos sentindo-se sufocada, tossiu por alguns instantes tendo o olhar do mais velho sobre si, respirava com dificuldade enquanto tinha o olhar baixo. — Que cheiro é esse?

— Não sei… — e não sabia mesmo, como iam adivinhar que havia tinta ali. — Vem cá. — o leonino passou os braços por ela a pegando no colo. — Tome um banho para ver se melhora.

Foi ai que ela pôde ter um vislumbre de manchas vermelhas espalhadas pelo lençol, provavelmente foram deixadas ali quando ela se moveu pela cama. Aiolia adentrou o banheiro e a colocou sentada na beirada da banheira.

— Seu cabelo… — ele olhou a mudança nas cores da ponta e quase congelou.

— O que?! — ela esbravejou querendo saber o que era, mas antes que pudesse continuar o mais velho o acertou com um balde de água fria, que já estava cheio ao pé da banheira. — AHHH... TA FRIO DEMAIS SUA ANTA

— CALA A BOCA E DEIXA QUE EU COMANDO. — ele gritou revidando, a água avermelhada escorria pelo chão indo ao encontro do ralo.

— AI MEU DEUS EU TO SANGRANDO NA CABEÇA? — a menina entrou em desespero passando a mão pela nuca e procurando um machucado, mas não encontrou nada, porém, seus dedos ficaram completamente vermelhos ao esbarrarem nas pontas. — Ah… Tinta de cabelo? — ela olhou com raiva para o mais velho e naquele instante parecia que havia virado outra pessoa?

— O que foi? — Aiolia olhou a menina de forma assustada.

— VOCÊ PINTOU MEU CABELO? — esbravejou socando-o os países baixos, Aiolia estava em pé a sua frente e isso facilitou muito. — FALA! — a garota subiu sobre o cavaleiro e começou a enchê-lo de tapas, Aiolia nem se mexia, a dor em outro lugar era tanta que ele sequer sentia os tapas.

Quando Ana acordou, também sentiu o cheiro da tinta, mas sequer quis notar se era nela, estava tão nervosa com a conversa que havia tido com Shaka, queria saber a opinião do virginiano outra vez, só para ter certeza que não estava fazendo a coisa errada. Quando adentrou a cozinha o viu sentado a mesa, os olhos fechados e os cabelos perfeitamente alinhados com a franja sobre os olhos, nem parecia real.

— Bom dia, Ana. — o loiro cumprimentou e ela não pôde deixar de mostrar um sorriso. — O que houve com seu cabelo?

— Como? — ela sequer tinha arrumado o cabelo, fruto da ansiedade.

— Ele está um pouco… Azul…

— AZUL? — a garota gritou passando a mão pelos cabelos, notou que as pontas e suas mãos haviam ganhado um tom azulado. — Nossa…

Não pensou duas vezes, correu para o banheiro e rapidamente ligou a ttorneira da banheira na esperança de tentar tirar a tinta de seu cabelo, mas por mais que lavasse, a tinta não saía de jeito nenhum. Shaka observava da porta do banheiro, estava em silêncio, ele não achava que a mudança de cor a deixava menos bonita, mas era a opinião dela que importava naquele momento.

— Conseguiu? — perguntou retoricamente.

— Não… — ela suspirou cansada, agarrou a toalha e sem demora foi secando o cabelo. — Sabe quem fez isso?

— Mora na oitava casa. — afirmou o mais velho.

Lucas acordou como sempre, morrendo de fome, e não demorou muito para correr para a cozinha, sobre a mesa havia um lindo bolo de chocolate, o seu favorito. Afrodite estava sentado a cabeceira tomando seu café sem nenhuma preocupação, mas quando viu o pupilo lembrou-se do rancor que estava guardado.

— Bom dia. — o moreno cumprimentou se sentando pegando a faca para cortar o bolo, mas antes que pudesse fazer isso, recebeu um tapa sobre a mão. — O que?

— Não toque no meu bolo, você não tem esse direito. — explicou o pisciano. — Faça sua própria comida.

— O que? — Lucas olhou incrédulo, além de fazê-lo ir treinar sem tomar café no dia anterior e obrigá-lo a fazer mil flexões ele ainda ia proibi-lo de comer? — Mas eu não sei cozinhar… — choramingou.

— É realmente uma pena, ne? — ironizou o azulado enquanto levava a xícara elegantemente a boca. — Estou te esperando lá fora para treinarmos, não demore ou vou sem você.

Agora Lucas tinha certeza que ele estava chateado com o que havia acontecido no baile, mas o que ele podia fazer? Não dava para voltar atrás. O virginiano apenas ficou apreciando o bolo enquanto comia os biscoitos de polvilho e tomava o café, era triste a situação, mas sentia que se não pedisse desculpas logo, ele morreria de fome em breve, ou teria que descer para aquário para filar a bóia, o que não deixaria o Camus muito contente.

Na casa de aquário tudo ia bem, Marcus e Camus tinham decidido que hoje treinariam no coliseu e por isso acordaram mais cedo, tomaram café e desceram. Quando estavam quase na casa de leão puderam escutar os gritos de Ly, isso preocupou seu melhor amigo, que sem ao menos lembrar que Camus estava ali, saiu correndo para ver o que tinha acontecido. Quando chegou até o foco da confusão, viu sua melhor amiga completamente molhada em cima de Aiolia o enchendo de tapas enquanto ele tinha ambas as mãos entre as pernas tentando proteger seu precioso.

— Ly! — Marcus não pensou duas vezes, partiu para cima da amiga a segurando pela cintura e a tirando de cima do cavaleiro.

— Obrigado… — Aiolia gemeu de dor enquanto tentava sentar, mas a dor não permitia. — Ela socou meu amigo…

— Por que fez isso, Ly? — Marcus segurava a raivosa que a todo momento fazia menção em atacar o leonino.

— Ele pintou meu cabelo de vermelho!

— Eu não fiz isso, eu te acordei porque te vi sufocar, lunática! — explicou o leão.

— E então quem pintou meu cabelo? — a virgianiana perguntou olhando em volta, agora que tinha parado para raciocinar, não poderia ter sido ele já que ele dormiu antes dela.

Assim que Camus atingiu o banheiro e viu toda a confusão ele constatou que talvez seu melhor amigo estivesse metido na situação, a cor nem estava tão ruim, mas ela estava completamente molhada por causa da água que Aiolia havia jogado nela.

Marcus tentava ajudar Aiolia a levantar, mas ele insistia dizer que já estava morto e aquela era só sua alma. Guilherme adentrou o banheiro correndo, e sem explicação alguma voou para cima de Ly a derrubando no chão, a culpa tinha pesado em sua consciência, e como Milo não podia deixá-lo sozinho, vinha logo atrás, mas parou ao lado de Camus para observar a situação.

— Você está bem? Ta respirando? Fala comigo? — o escorpiano mais novo balançava a menina como se quisesse reanimá-la. — Que bom que está viva. — sem pensar muito o garoto se aproveitou e roubou um selinho da amiga. — Desculpa, eu não queria te matar…

— AHHHHHHHHH — a virginiana soltou um grito quando percebeu que seus lábios tinham tocado os do mais velha. — QUE NOJO! — e assim como fez com Aiolia, atingiu as partes baixa do menino com o joelho. — SAI DE CIMA DE MIM!

— Ai… — na hora o mais velho mudou totalmente de cor. Com o braço bom a garota o empurrou para o lado e se levantou. — Meus filhos…

Enlouquecendo seus Ídolos - O Começo (Cavaleiros Do Zodíaco) Where stories live. Discover now