Complicações

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Sai do banheiro e botei pra lavar as roupas. Depois fui na cozinha, era 07:00 da noite. Não quis comer comida, então tomei café com torradas.

Mamãe estava na sala.

- Mamãe.

- Oh querida, como você está?

- Estou bem.

- Quer um remédio?

- Não já tomei mamãe.

- Fui levar Casper em sua casa. Tem certeza que não quer nada? Está bem mesmo?

- Estou bem mãe, não se preocupe.

- Elisa, sabe não pude deixar de notar que Casper gosta de você, está acontecendo alguma coisa entre vocês, não é? – Disse minha mãe com seu olhar de gata.

- Veremos mamãe, logo descobrirá. – Disse sorrindo.

Quando subi ao meu quarto sentei em minha cama, olhei a janela, a tempestade estava forte. Deitei pensativa.

Como será o clã de Casper? Como vai ser viajar até o Alasca?

Sonhei que beijava Casper. Então me acordei de repente, olhei a janela e lá estava ele, parecia um deus grego, a perfeição era tanta que parecia uma tela de pintura. Casper virou-se pra mim e abriu um sorriso estonteante, mas o sorriso não chegava aos olhos e algo me dizia que ele não havia esquecido acontecimento de horas atrás.

Ele veio até mim e sentou-se na cama.

- Não quis te interromper, você dormia tão bem. – Ele sussurrou serenamente.

- A quanto tempo está aqui? – Perguntei sonolenta.

- Desde a 01:00. – Ele deu um sorrisinho.

- Porque não me chamou?

- Como eu disse, gosto de vê-la dormir. E você é interessante enquanto dorme. – Ele falou ironizando.

- Ok, que tipo de mico terei de passar agora? – Falei corando.

- Você falou meu nome enquanto dormia e sorriu pelo menos umas dez vezes. O que você sonhou? Achei que fosse pesadelo, mas você estava feliz. – Ele disse com uma expressão de terror sarcástica.

- Sonhei que te beijava.

- Sabia que só podia ser bobagem...

- Não é bobagem.

- Ok, ok não é bobagem. – Ele disse sarcástico.

Já havia parado de chover. Da janela entrava uma luz fantasmagórica azul, a luz do luar. A luz iluminava um pouco a pele pálida de Casper, olhei seus olhos azuis. Beleza extraordinariamente perfeita.

- O que foi? – Perguntou ele.

- Nada, a luz do luar cai bem à você. – Falei o admirando.

- Pra você também. - Ele disse sorrindo. Seu sorriso foi interrompido por um olhar triste. – Como está sua costela?

- Está melhor, bem melhor nem sinto dor.

- Eu nunca quis te machucar.

- Eu sei Casper, eu nunca ficaria perto de você se fosse um sádico. – Falei o tranquilizando.

- Mas...

- Casper eu te amo, sei que você me ama também e nunca irá querer me machucar. – Falei convicta.

- Tá bom me desculpe, mas é que eu enlouqueceria se algo acontecesse a você.

- Eu sei querido. – Falei encostando a mão em seu rosto. – Quero te pedir uma coisa, mas prometa que fará. – Completei empolgada.

Blood and Moon - A PredestinadaWhere stories live. Discover now