Blood and Moon - A Predestinada

Um Vestido para o Baile

Observação: O vestido da imagem não é idêntico ao da minha descrição, ele é apenas uma base.

Quando voltei pra casa, minha mãe estava preocupada pela minha demora e contei a ela o que havia acontecido, ela ficou horrorizada e com um pouco de medo.

A noite estava silenciosa. Nem um ruído se quer, parecia que as corujas, os insetos, os cães... Todos estavam temendo algo.

Estava em um sono profundo quando ouvi um barulho pesado no telhado da casa, eram passos? Unhas? O que afinal era? Estavam arranhando o telhado.

Fiquei ali sentada parada na cama ouvindo de olhos arregalados no escuro. Pelo jeito o céu já estava limpo, o brilho da lua redonda e cheia atravessava o vidro da janela. Um brilho branco contrastando com a escuridão da noite tornando-se azul espectral. Era uma madrugada muito bela, mas eu nem notara, pois estava me borrando de medo.

Um vulto passou rapidíssimo pela janela bloqueando por alguns milésimos de segundos a luz. Ouvi-me gritando, mas a voz não saia.

Devagar levantei da cama e passo por passo fui ver o que havia do outro lado da janela. Não havia nada, olhei de todos os ângulos para certificar-me e não havia nada. Então decididamente abri a janela, tinha certeza de que não estava ficando louca. Pus a cabeça para fora da janela e não vi nada.

Eu fechava a janela, quando algo chamou minha atenção. Comprimi meus olhos e fixei a visão para ter certeza do que eu via. Entre algumas árvores havia um par de olhos dourados que quase brilhavam na escuridão, sim, realmente parecia um lobo... Só que estava em pé e era enorme. Estava escuro e ele se resumia em uma silhueta. Esfreguei os olhos com as costas das mãos para ter certeza que não era minha imaginação e quando retornei a olhar, a silhueta havia sumido.

Voltei confusa para cama, minha imaginação nunca teria a capacidade de criar um par de olhos fumegantes e muito menos aqueles barulhos. Mas acabei adormecendo.

Escutei o despertador, o desliguei e fiquei mais um pouco na cama pensativa. Mais um dia dificil. Ter de enfrentar Casper e sua arrogância e agora os ataques animalescos, afinal o que foi aquilo ontem no lado de fora da minha casa? Eu não era maluca... Não mesmo. Teria de descobrir, mas enquanto nada de estranho acontecia fui me arrumar para a escola.

No estacionamento da escola havia um daqueles carros caríssimos que só se vê em filmes e de dentro saiu Casper e Suzana. "Fala sério! Quantos carros eles tem?"

Era coisa da minha cabeça ou Casper estava aliviado em me ver? Ele parecia estar tenso, mas quando me viu, sentiu alivio. Realmente ele era bem esquisito.

- E então já comprou seu vestido? – Perguntou Leslie.

- Não. E você?

- Também não... Ei, e se nós combinássemos de ir comprarmos juntas? – Perguntou ela.

- Alguém falou em compras? – Perguntou Joenna se juntando a nós.

- Estávamos pensando em comprar nossos vestidos juntas. Quer vir? – Perguntei sorrindo pras duas.

- Ótima ideia. Que tal hoje? – Falou Joenna dando pulinhos de alegria.

- Pra mim tudo bem. – Falou Leslie animada.

- Idem. – Falei.

- Então está combinado. – Falou Leslie. – Ei Elli, tudo bem?

- É, aconteceu algo? – Perguntou Joenna.

- Não é nada, só que... Ontem os cavalos foram atacados lá na fazenda do meu tio e mataram a égua que era da minha prima.

- Oh, sinto muito Elli. – Disse Leslie.