Pressão

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Porque eu fiquei tão furiosa por ele estar se divertindo com aquelas mulheres? Porque eu me importava? Porque o beijo dele me devastou? Tantas perguntas sem respostas!

Droga! Não estou focando nos meus objetivos! Tenho uma profecia à cumprir, tal profecia que Bernard é contra. Tenho que salvar Casper, fugir da Inglaterra! Não posso ficar e virar uma maldita do inferno como eles!

Qual é o jogo de Bernard? Ele ama Katrina e eu o Casper, não posso ceder! É Casper quem eu amo, não quero outra pessoa. É só o Casper e mais ninguém!

Mas então porque Bernard mexe comigo? Nossa química é fogo e pólvora que em um beijo se consomem. Será que William Shakespeare sabia o que era esse sentimento quando o escreveu? Não posso me permitir sentir nada por Bernard é errado.

O beijo... Não sai de minha cabeça... O que Bernard está fazendo comigo? Ele é cruel por me fazer passar por isso! Como Bernard pode me beijar com tanta paixão mesmo depois de ter estado com aquelas três mulheres? Ele sabe tanto sobre esses sentimentos e eu... Não sei nada... É isso, sou uma criança aos seus olhos, uma criança que ele só quer brincar.

Porque ainda dói? Porque ainda o odeio com tanto desejo de toca-lo? Era pra mim estar enojada... Que confusão... Nunca me senti assim.

Eu queria que Casper estivesse aqui para me tirar dessa situação! Estou à um mês nesse lugar e sou humana, fraca, logo não resistirei as investidas de Bernard.

Se eu me permitir sentir, estarei ferrada. Não posso! Eu estou odiando tudo isso! Minha vida está pior que uma privada. Odeio Casper não estar aqui, odeio ter de estar aqui, odeio ter saído do meu país, odeio Bernard, odeio aquelas vadias que ele andou, odeio o que sinto por ele e principalmente odeio essa maldita profecia!

Caiam lágrimas novamente dos meus olhos, senti tanta confusão dentro de mim, eu estava frustrada , precisava descontar em alguém, em algo... Ou ficaria louca!

Peguei um vaso de flor e joguei contra a janela, quebrei o vaso e o vidro da janela. Ainda não tinha saído toda minha frustração, precisava destruir mais.

Joguei tudo da cama no chão, derrubei cadeiras, criado mudo, quebrei espelhos, quebrei tudo o que fosse quebrantável e então senti que algo dentro de mim queria se libertar, estava pressionando-se para fora de minha cabeça, meu corpo e então soltei o grito mais alto de minha vida. Aliviou o sentimento, percebi no mesmo momento que nada mais queria libertar-se de dentro de mim.

A porta do quarto se abriu, Waden e Claus entraram seguidos por Bernard e mais uma penca de vampiros, ninguém se aproximou de mim por causa do sol, mas logo estaria anoitecendo, os vampiros me olhavam como se eu fosse um rato desordeiro. Havia mais em seus rostos, medo? Mas do que?

Eu estava fora de mim, histérica.

- Odeio todos! Todos! – Gritei. – Porque não me deixam em paz?! Ou melhor! Me matem! Eu não aguento mais essa prisão! Eu não aguento mais vocês suas criaturas repugnantes!

Todos lá estavam também cansados de mim só não me matavam pois eu estava na claridade do sol e isso para eles doeria pra caramba.

Olhei para janela estava aberta e com o vidro quebrado... Isso mesmo... Eu poderia fugir! Comecei a correr até a janela e então quando estava na beira dos estilhaços pulei, era alto muito alto, tinha certeza que morreria. Fiquei com medo e fechei os olhos. Mas então senti alguém segurar meu braço e puxar-me de volta.

Fitei meu salvador nos olhos, Bernard estava com o rosto e os braços queimados, fiquei muito preocupada com ele, que estupidez eu havia cometido. Ele apressou-se fechando as cortinas, mandou que todos saíssem do quarto e bateu com a porta. Virou-se para mim, as queimaduras já haviam sarado milagrosamente.

Blood and Moon - A Predestinadaजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें