Capítulo XII

502 37 21
                                    


"Foi um fim de uma vida e o inicio de uma ao teu lado. Sofreste, sofremos, mas a minha vida nunca seria tão boa como foi se tu não estivesses comigo sempre. Só de pensar que tu estiveste à beira da morte para mim para mim foi o pior momento."

Passou uma semana desde que tudo se sucedeu. O Francisco e eu estamos recuperados do susto e só já pensamos no nosso plano para tentar descobrir mais algumas informações acerca do que se está a passar. A minha mãe já está a trabalhar diretamente com a policia inglesa e a par da investigação que está a decorrer ao processo da morte do meu pai. O Francisco já adiantou o trabalho por cá e já está a acabar de preparar as malas, assim como eu, para seguirmos viagem para Inglaterra, a fim de acompanharmos de perto as investigações e também para tentarmos, por nós, investigar algumas coisas. No entanto, ninguém está de acordo com aquilo que queremos fazer, mas ao mesmo tempo não nos conseguem deter. Vamos partir do Porto daqui a pouco e vamos deixar cá o Miguel Coimbra e o Miguel Cristovinho, que vão ficar a adiantar trabalho da banda.

-Já tens os bilhetes contigo, Kasha? – Pergunto-lhe atarefada a carregar as malas para o táxi.

-Sim! – grita ele, saindo do hotel com o Miguel Cristovinho. Já o Coimbra vai ter com a minha mãe diretamente ao aeroporto.

A viagem não foi muito longa e rapidamente chegamos ao destino. Nunca tinha cá estado e foi uma estreia. Procuramos a porta de embarque e chegou a horas das despedidas.

-Bem, pessoal, agora é a hora das despedidas! – Digo-lhes, cumprimentando a todos com um abraço sentido.

-Tenham cuidado! Por favor! Em breve vamos ter com vocês! – Exclama a minha mãe para nós. – Francisco, por favor, toma conta dela!

Com estas palavras da minha mãe dirigimo-nos para dentro do avião. As nossas armas foram bem guardadas nas nossas malas e conseguimos passar pela segurança com um truque muito velho, mas que muita gente cai quando há uma mulher à mistura.

São três horas da tarde e estamos a aterrar em Inglaterra. Saímos do aeroporto de Londres, mais propriamente do aeroporto Heathrow e ficamos hospedados num dos hotéis que ficam bastante perto dos transportes que nos levam à minha antiga casa. Almoçamos qualquer coisa pelo e levamos café para o caminho.

Agora é que as coisas começam a apertar. Cada passo que damos em terra Inglesa faz-me lembrar tudo o que aqui passei, todas as dores que tive de suportar sozinha e sem apoio nenhum... Nada da minha infância faz sentido, mas pior de tudo é ter que reviver parte dela por causa de um suposto reaparecimento de alguém que supostamente estava morto. Claro que ainda não há certezas de nada, mas a minha mãe nunca ia mentir em relação a um assunto como este e faz todo o sentido tendo em conta o que ele me dizia sempre. Apesar de nos terem dito que devíamos de passar primeiro na policia fomos diretamente à minha antiga casa.

A nossa viagem foi calma, sempre rodeados de pessoas que estão com pressa para ir para os seus empregos ou então turistas que estão a visitar a cidade.

-Sofia, estás bem? – Pergunta-me preocupado com o meu estado emocional.

-Sim. Para já! Só espero que quando cheguemos lá não apanhemos alguma surpresa desagradável. – Comento com ele.

-Digo o mesmo! Ele não iria a esse ponto, iria? – Diz, ficando um pouco nervoso com o que temos planeado fazer.

Saímos numa paragem bastante perto da minha antiga casa e essa é a nossa primeira etapa, visitar e averiguar se há alguma pista lá que nos possa levar ao meu pai, para posteriormente eu conseguir falar com ele. Isto se se confirmar realmente que é ele que está atrás de nós. Acredito que a casa deve de estar um pouco desgastada e mais antiga. Já a deixamos há uns anos, mais propriamente há cinco anos...desde a suposta morte do meu pai para ser mais precisa. No entanto, o que esperávamos encontrar não é o que realmente encontramos. A casa estava realmente um pouco desgastada com o tempo que ela tem desde a morte do meu pai, mas a porta está arrombada e nota-se que alguém esteve ou está lá dentro.

Amar, sonhar, sorrir e chorar ||D.A.M.A (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora