Visitando Belinda

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– Só toma cuidado para não magoar os sentimentos dela. Ela se faz de durona, mas é frágil como porcelana.

– Belinda está ciente desse jogo. Nenhum dos dois sairá machucado.

– Tem certeza disso?

– Absoluta. Só não conta nada para sua namorada. Nanda adora dar uma de defensora das amigas.

– Você pensa que ela já não sabe?

– Belinda não falou nada.

– Como tem tanta certeza?

– Se Belinda tivesse falado, sua namorada já teria vindo aqui me bater.

– Espero ansiosamente o dia em que você vai se apaixonar de verdade.

– Não conte muito com isso.

– Não perderei a fé na humanidade.

Nós dois rimos.

– Preciso ir agora. Tenho que escolher o novo repertório com a Nanda. Aparece na sexta lá no Zunk.

– Vou sim.

– Espero mesmo.

– Preciso comemorar. Sou o novo solteiro do Braz Cunha.

*

N final da tarde, depois mandar alguns emails para os clientes do meu pai e falar com meu professor sobre minha falta, fui ver Belinda.

Pensei que a encontraria com a cara enfiada na tela do computador, mas quando entrei na sala, ela estava dormindo no sofá. Ela era a única que ficava até mais tarde, sempre.

Usava calça jeans clara e uma regata rosa. O tecido estava levemente erguido, mostrando um pouco da sua barriga. Não estava usando maquiagem, e ainda assim, estava linda. Como eu nunca havia percebido antes?

Tentei não fazer barulho enquanto ia até sua janela para fechar as cortinas. Seu computador estava desligado, o que me deixou admirado. Ela deveria estar mesmo cansada.

Aproximei-me e fiquei olhando para ela por alguns minutos antes de acordá-la.

– Bela adormecida, acorde do seu sono. – brinquei.

Ela resmungou algo, mas não abriu os olhos.

– Sei que está acordada.

– Dá um tempo Kadu. Estou estourando de dor de cabeça. – ela falou baixinho. – O que está fazendo aqui?

– Falei que passaria aqui para te mostrar as fotos.

– Pensei que você teria algo melhor para fazer.

– Até tenho, mas não agora.

Belinda abriu os olhos e fechou novamente fazendo uma cara de dor.

–Ai, droga.

– O que foi? Está tão ruim assim?

– Meus olhos ardem quando abro.

– Então que tal se levantar e ir para casa?

– Eu vou assim que melhorar. Deitei aqui para ver se minha dor de cabeça passava e acabei dormindo. Ainda tem alguém aqui?

– Não vi ninguém quando cheguei. Diferente de você os outros estagiários têm uma vida fora daqui.

– Muito engraçado.

– Vem, eu te ajudo. – falei pegando sua mão. – Caramba! Você está queimando de febre.

– Não seja tão exagerado.

– Belinda, não sou médico, mas sei diferenciar o estado de um corpo febril. Você precisa tomar algo. Na verdade, deveria ir ao médico.

– Lá vem você de novo com essa história. Devo ter pegado uma virose. Vou para casa tomar um banho, engolir um xarope e dormir. Amanhã estarei recuperada.

Belinda fez um grande esforço para se levantar e caminhou até sua mesa, pegando sua bolsa e virando-se em minha direção.

– Já pode parar de ser legal comigo. Está me assustando - ela sorriu.

– Assim você me magoa. Vou te acompanhar até o seu apartamento.

– Não tem necessidade disso. Consigo muito bem ir sozinha.

– Eu vou e ponto final.

– Meu Deus! Como você é chato garoto. Vamos logo. Faz algo de útil e tranca a porta. – disse jogando a chave para eu pegar.

Quando estávamos atravessando o gramado do campus, Marcelo veio em nossa direção.

– Belinda, pensei em te procurar mais tarde...

– Ela não poderá ir. Está com dor de cabeça.

– Kadu, acredito que ainda estou em condições de responder por mim – ela me olhou séria e depois voltar seu olhar para o imbecil do Marcelo. – Podemos conversar amanhã? Estou meio que indisponível no momento.

– Claro. Te ligo depois para ver se você melhorou.

Marcelo me olhou e depois depositou um beijo no rosto de Belinda, pegando-a de surpresa. Eu a puxei para meu corpo e olhei para ele.

Se ela pensou em me afastar, não fez isso. Deixou-se ser conduzida até seu apartamento sem resmungar uma palavra. Jessye estava na cozinha quando entramos.

– Até que enfim. Por que não atendeu minhas ligações, Belinda?

– Desculpa amiga, acabei apagando no sofá.

– Você apagando? Conta outra. – ela riu.

– Belinda está com febre e dor de cabeça. – falei.

– E você resolveu bancar o bom samaritano e trazê-la em casa? Aliás, quero saber o que vocês estão fazendo juntos.

– Jessye, eu respondo suas perguntas outra hora. Vou tomar um banho e cair na cama.

– Você não disse que tomaria um remédio?

– Uma coisa de cada vez Kadu. Primeiro um banho, depois remédio, nessa ordem. Obrigada por me acompanhar. Amanhã conversamos, ok?

Belinda se despediu e foi para o quarto.

– Vê se ela vai mesmo tomar o remédio.

– Hum... Vou tentar.

– Boa noite Jessye.

– Boa noite Kadu.

Despedi-me e fui para o meu apartamento.

Antes de você - Livro 3Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ